18 atletas entre 16 primeiros orgulham responsáveis.
A ausência de medalha não defraudou expectativas iniciais e afinal até existiram destaques interessantes...
A cidade de Daegu tinha um forte desafio para o atletas portugueses, sem tantas omeletes produzir o mesmo número de ovos...Com menos convocados, a selecção que marcou presença em Daegu era fundamentalmente constituída por atletas com capacidade de resultados e nesta perspectiva muito se poderia aguardar, acerca da confirmação desta capacidade.
Os números são muito claros, dos 24 convocados um total de 18 alcançaram o antigo estatuto de lugares de semifinalistas, entre os 16 primeiros e relativamente a Berlim foram cinco os finalistas, em vez dos quatro, mas sem a desejada medalha...Esta foi, aliás, a quinta vez que Portugal acabou sem medalhas, na história dos Mundiais, um marco negativo , que só se pode juntar aos anos de 1983, 1991, 1997 e 2003.
Se for consultada a tabela oficial dos 8 melhores desempenhos por evento, onde a medalha de Ouro vale 8 pontos, até chegar a 1 ponto no oitavo lugar, Portugal até no global pode considerar ter tido um bom resultado, dado que passou para o top-25 de sempre, subindo um lugar recuperado à selecção da Bulgária, mas nem por isso se pode dizer que foi a melhor edição de sempre. Por sete ocasiões Portugal conseguiu melhores pontuações ao nível destas tabelas : 34 pontos em 1997, 30 pontos em 1995, 20 pontos em 1999, 19 pontos em 2005,2007 e 2009 e 18 pontos em 1987. Agora a equipa portuguesa persegue na tabela de todos os tempos a Suécia e a República Checa, as mesmas equipas com quem tem disputado os lugares no Campeonato Europeu das Nações.
ESTAFETA CONSEGUE MELHOR RESULTADO PELA TABELA...NELSON O MELHOR NA CLASSIFICAÇÃO
Na relação entre os pontos alcançados por cada prestação portuguesa e as suas classificações efectiva há de facto algumas diferenças a assinalar, como é normal. Com 1366 pontos a estafeta portuguesa de 4x100 metros terá mesmo conseguido um dos melhores resultados de sempre perante a tabela de pontuação da IAAF, enquanto que a final de Nelson Évora, no triplo salto, lhe valeu um total de 1193 pontos, a segunda marca portuguesa mais pontuada neste Mundial.
Nas classificações os finalistas Nelson Évora (5º), Susana Feitor (6º), Marco Fortes (6º) , Ana Cabecinha (7º) e Dulce Félix (8º), destacaram-se pela positiva e Nelson Évora foi mesmo o maior dos troféus, não só por ter sido o melhor português, mas também porque representa uma recuperação física e psicológica importante de um atleta que poderá muito bem ser candidato à medalha nos próximos Jogos Olímpicos. Fora dos lugares de finalistas ficaram Jorge Paula (21º), Vera Barbosa (24º), Leonor Tavares (25º) , Vânia Silva (25º), Patrícia Mamona (27º) e Arnaldo Abrantes (40º).
TOP-30 MUNDIAL NA CLASSIFICAÇÃO POR LUGARES (8 PRIMEIROS)
1. EUA - 2800.5 (1º)
2. GER - 1929.5 (2º)
3. RUS - 1706 (3º)
4. KEN - 1067 (4º)
5. GBR - 939 (5º)
6. JAM - 883.5 (7º)
7. URS - 793 (6º)
8. CUB - 603.5 (8º)
9. FRA - 581.6 (9º)
10. ETH - 552 (11º)
11. ITA - 528 (10º)
12. POL - 478.8 (13º)
13. ESP - 478 (12º)
14. CHN - 465 (14º)
15. UKR - 423.1 (15º)
16. BLR - 384 (16º)
17. AUS - 356.3 (17º)
18. MAR - 313 (19º)
19. ROU - 301 (18º)
20. JPN - 277 (22º)
21. FIN - 276 (20º)
22. CAN - 274.5 (21º)
23. CZE - 244.5 (24º)
24. SWE - 241.7 (23º)
25. POR - 224 (26º)
26. BUL - 221.5 (25º)
27. BAH - 211.5 (27º)
28. GRE - 203 (28º)
39. RSA - 188 (33º)
30. BRA - 183.5 (29º)
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