AAL pondera realizar provas de pista, com marcas manuais.
A Associação de Atletismo de Lisboa apresentou ontem aos clubes as suas dificuldades, com presença do novo Diretor Técnico Regional.
Aquela que, por grandeza de alguns clubes nela inscritos, é a mais importante associação regional de atletismo do país, encontra-se em dificuldades e prepara-se para uma das mais difíceis épocas de sempre. Ao topo da hierarquia continua Marcel de Almeida, líder dos destinos de uma associação que no seu mandato já fez passar atuais responsáveis de clube, como Ana Oliveira (Benfica) e Bernardo Manuel (Sporting), enquanto Diretores Técnicos Regionais. À altura era José Barros o Diretor Técnico Nacional, agora líder da área técnica na Associação de Atletismo de Lisboa. [ver reportagem amanhã no Atleta-Digital]
Ontem foi, assim, o momento para debater um dos ofícios mais polémicos que o atletismo lisboeta já produziu nos últimos anos, numa reunião com os clubes. O primeiro dos pontos aponta para as dificuldades financeiras, agravadas pelo corte das verbas transferidas entre a Federação Portuguesa de Atletismo e as associações regionais. ”Se, no decorrer da sua execução, os mesmos não se concretizarem, ver-nos-emos obrigados a eliminar algumas provas, sobretudo aquelas de natureza colectiva, que a FPA “aconselha” às AARR, mas que ela não realiza, a nível nacional…”, diz o ofício produzido no passado dia 6.
Mas um dos pontos mais polémicos é referido no terceiro parágrafo do ofício onde o tom não muda, em relação a todos os restantes pontos: ”Os Senhores Agentes Desportivos deverão ter em atenção que as provas de preparação são isso mesmo: preparação e que os resultados são uma mera indicação da evolução da forma do atleta, podendo alguns (resultados) não serem “obtidos” electronicamente”. Esta situação tem motivado a ira de treinadores e atletas, principalmente nos setores de velocidade e barreiras, que não compreendem de que forma esta é uma solução vantajosa quer desportivamente, quer financeiramente. Em causa estará a utilização de pistas no distrito de Lisboa, onde só a competição na pista da Alta Lumiar permite poupanças ao cofres da Associação de Atletismo de Lisboa. Mas o novo Diretor Técnico Regional acalma os mais preocupados, apesar de a decisão ser de responsabilidade dos órgãos diretivos: ”Para as competições mais importantes queremos ver as melhores condições técnicas possíveis”. Inclusivamente fica a aposta nos principais eventos ao Ar Livre, onde se equaciona a utilização pontual do Estádio Universitário de Lisboa, que custa cerca de 40% do duodécimo mensal atribuído à Associação de Atletismo de Lisboa.
A onda de insatisfação não se sente só entre atletas e treinadores, mas também entre juízes, uma das classes mais afetadas pelos cortes e que ainda aguarda pagamentos de competições anteriores, sabendo-se de antemão que esta é ainda uma situação por regularizar e que pode colocar em causa as competições em 2014, com a promessa de muitos juízes de não atuarem caso as dívidas fiquem por saldar.
O primeiro campeonato regional a acontecer nesta nova temporada será o Regional de Marcha em Estrada, a 4 de janeiro de 2014, um fim-de-semana antes do Regional de Inverno, com local de disputa ainda por definir.
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Isto é voltar aos anos 90, onde muito se lutou para que a cronometragem eletrónica existisse sempre. Será que a cronometragem eletrónica é mais cara do que 8 juízes no escadote( 4 para a s chegadas e 4 para os cronómetros)?
Tenho duvidas.
Espero que esta decisão lamentável não vá em frente para o bem do atletismo português em geral e o de Lisboa em particular.