Os 17 mil na ponte Vasco da Gama

Quarta, 18 Setembro 2013
Os 17 mil na ponte Vasco da Gama

37 atletas de Elite compõe próxima meia-maratona.

A Meia-Maratona de Portugal foi hoje apresentada, numa conferência de imprensa que serviu para anunciar praticamente o esgotar das inscrições. 

A apresentação da Meia-Maratona, uma semana depois da apresentação da Maratona, poderia fazer pensar que se tratam de eventos disputados em dia diferente. Mas não, a 6 de outubro as duas provas irão unir-se a partir de Santa Apolónia, em Lisboa, para seguirem juntas até ao Parque das Nações. Somados os inscritos, são já cerca de 20 mil atletas, que poderão subir para 23 mil atletas, só nestas duas provas, depois de autorizada a extensão do prazo de inscrições, atingido que foi hoje o limite de inscritos. Quem o admitiu foi Carlos Móia, presidente do Maratona Clube de Portugal: ” Podiamos fechar hoje as inscrições, mas vamos dar mais um bocadinho para dar espaço às pessoas”. No total devem ser concedidas 20 mil inscrições na prova de meia-maratona...

E o elevado sucesso desportivo é uma das premissas deste evento, que este ano não é descurada. ”Vamos ter 37 atletas de Elite”, referenciou Carlos Móia, orgulhoso por ultrapassar os apenas seis atletas que a IAAF exige para os eventos catalogados como “Gold Label”. Com referências aos melhores empresários mundiais na área do atletismo, ”os vários ‘Jorge Mendes’ do atletismo”, Móia volta a colocar a Elite em estrada na cidade de Lisboa e já divulgou nomes.

Abaixo da hora de corrida são vários os atletas confirmados: Imane Merga e Dino Kemal (Etiópia), Teklemariam Medhin (Eritreia), Wilson Kiprop e Gideon Ngatuny (Quénia). No setor feminino, como habitual, o panorama é menos competitivo, ainda que com várias atletas presentes com marcas abaixo da 1:09 hora: Valeria Straneo e Nadia Ejjafinni (Itália), Firehiwot Dado, Feyse Tadese, Lydia Cheromei, Worknesh Debele e Philes Ongori (Etiópia) e Josephine Chepkoech (Quénia).

E o ataque do recorde do Mundo masculino, que parece pouco provável, pode também depender da contratação de uma lebre para ritmos mais rápidos e para já as ordens na mesa das negociações são para Móia muito claras: ”só pagar à lebre se for atingido o recorde do Mundo”.

O PAPEL DOS PATROCINADORES, QUE ATÉ LARGAM A SUA CONDIÇÃO CLUBÍSTICA

Não é a primeira vez que Miguel Salema Garção (CTT), sportinguista assumido, trata Carlos Móia como um amigo, mas com as devidas diferenças clubísticas, face ao cargo de presidência da Fundação Benfica por parte de Móia. Mas hoje, Salema Garção ficou em clara desvantagem clubística nesta conferência de imprensa, ironizando: ”Entrei e parecia que estava a entrar na conferência de imprensa do Benfica”. O motivo era válido, além de Móia e da habitual colaboração (e presença) de João Gabriel, diretor de comunicação do Benfica, esteve pela primeira vez presente Luís Filipe Vieira, presidente do clube. Este limitou-se a poucas palavras à saída, deixando uma provocação a Móia :” Ele sabe quando eu tenho disponibilidade vou correr com ele, aliás ele já nem me acompanha”. Carlos Móia, que considera que esta é mais uma brincadeira do presidente benfiquista, relevou o uso da prática desportiva como função de relaxar das vidas profissionais: ” Tenho uma vida profissional muito ativa, tenho tanta coisa em cima que se não fosse o exercício físico seria muito mais gordo e provavelmente já teria morrido”.

Salema Garção

O ator Francisco Areosa foi anunciar novidades na corrida Avós e Netos, que passou de pouco mais de um quilómetro para um total de quatro e a presença de Sara Moreira, a animar o evento, é um dos destaques. O principal banco patrocinador, representado por António Araújo, relevou o papel da meia-maratona para potenciar a Maratona: ”a Maratona era a prova que faltava para meter Lisboa no grupo das grandes maratonas mundiais”. A ironia acabaria por acontecer na intervenção do principal patrocinador, marca de telecomunicações, que ouviu na plateia uma música de telemóvel que tinha como refrão “vamos lá”...de uma operadora concorrente.

AS GAFES DE MÓIA NA ANÁLISE DO ATLETISMO PORTUGUÊS EM MEIAS-MARATONAS

Por mais do que uma vez Carlos Móia mostrou-se insatisfeito com a pouca valia das marcas dos melhores portugueses em provas de meia-maratona. ” O atletismo de meio-fundo e fundo ao nível profissional baixou muito”, lamentou o organizador, que fez comparações com o passado.

”O António Pinto correu aqui em 58 minutos e qualquer coisa”, atleta português cujo melhor foi os 59.43 minutos alcançados em Lisboa no ano de 1998, a melhor marca de sempre obtida por um atleta português. Esta gafe aconteceu minutos depois de ter anunciado que em Portugal não se fazem marcas abaixo da 1:05 hora à meia-maratona, com a presença em sala de Sérgio Silva, um dos atletas que nas últimas temporadas baixou dessa marca. Em 2012/2013 Rui Pedro Silva fez 1:04.46 horas em Ovar e na época de 2011/2012 foram mesmo 14 os atletas portugueses a alcançarem registo abaixo desse limiar.

Um erro de análise, que não abalou o lançamento daquela que se aguarda ser a melhor edição de sempre desta prova, este ano disputada no mês de outubro, uma semana depois de decididas as eleições autárquicas.

Carlos Móia

Mascote

Enviados Especiais: Edgar Barreira (texto) e Joana Oliveira (fotos)

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