Pyrek abandona, Robles ameaça não competir

Segunda, 14 Janeiro 2013
Pyrek abandona, Robles ameaça não competir

O fim de linha para atletas que deixaram marca no atletismo.

A varista que colecionou medalhas colocou termo à sua carreira com 32 anos, enquanto o barreirista ex-recordista ameaça deixar tudo aos 26 anos. 

Serão duas visões distintas, as que Monika Pyrek (Polónia) e Dayron Robles (Cuba) terão da sua carreira. Enquanto a primeira tem no seu medalheiro um total de sete medalhas alcançadas em grandes provas internacionais (Mundiais e Europeus, ao ar livre e em pista coberta), Robles tem no seu histórial recordes mundiais, mas uma só grande medalha internacional, o Ouro dos Jogos Olímpicos de Pequim, além de duas medalhas continentais.

Os motivos dos abandonos acabam por diferir, já que para Pyrek a carreira de varista chegou ao seu fim de forma natural, apenas com a frustração da ausência da medalha olímpica (o melhor que conseguiu foi o 4º lugar em Atenas 2004, 5º lugar em Pequim 2008 e 7º lugar em Sydney 2000. Nos Jogos Olímpicos deste ano Pyrek não passou da qualificação, depois de um Europeu onde já se tinha sucedido o mesmo. Esta atleta, que acabou por não brilhar no ponto mais alto da sua carreira, “tapada” pelo colosso de Yelena Isinbaeva, chegou a passar por Portugal, onde venceu a prova individual de salto com vara no Campeonato da Europa de Equipa, que decorreu em Leiria. Conhecida como consistente, a atleta, que é casada com o seu agente, Norbert Rokita, poderá agora aplicar toda a sua dedicação à família, depois de vários anos de sacrifício, que fizeram intervalo entre a sua estreia ao mais alto nível, no Europeu de Ar Livre de 1998, até ao seu último grande evento internacional, os Jogos Olímpicos deste ano.

Para Dayron Robles os motivos parecem ser outros, ainda que se levante a dúvida sobre os reais motivos. No início do ano, o treinador de Robles indicava a possibilidade de abandono do seu atleta, depois de uma intensa luta contra as lesões, que não chegaram a fazer dele um atleta estável nos feitos pessoais. Entre 2007 e 2011 obteve 13 vitórias individuais nos meetings da Liga Dourada/Liga Diamante e no Mundial de Ar Livre, em Osaka, acabaria mesmo por chegar ao 4º lugar, quando ainda só tinha 21 anos de idade. Isto parecia promissor e acabaou por sê-lo no ano seguinte, com a vitória nos 110 metros barreiras dos Jogos Olímpicos de Pequim. No mesmo ano, em 2008, o barreirista chegava também ao recorde da prova, com 12,87 segundos. A sua carreira poderia ser relançada em 2011, não fosse uma irregularidade na final dos Mundiais, com o toque no chinês Liu Xiang, que transformou a sua vitória em desclassificação. Antes disso teve ainda oportunidade de ser campeão mundial de 60 metros barreiras, em pista coberta, no ano de 2010.

Há dois dias o treinador Robles trazia novos motivos para cima da mesa, indicando que o atleta não irá mesmo competir em 2013, não só por questões físicas, mas por uma decisão pessoal, relacionada com a forma como o regime cubano está a gerir o desporto do país e o reconhecimento ao seu papel no desporto, depois das lesões. O treinador Santiago Antúnez confessou ter tentado demover o barreirista da decisão, mas esta parece mesmo irreversível para o atual ano...

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