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Portuguesa foi oficialmente apresentada.
A Maratona de Nova Iorque volta a estar em evidência este ano, com a presença de muitos dos principais atletas mundiais, naquela que é considerada a melhor Maratona mundial.
Pelo segundo ano consecutivo os responsáveis da Maratona de Nova Iorque fizeram questão de estar em Portugal, para apresentação do evento. Se há um ano Dulce Félix falhou a sua própria apresentação, na altura com a presença de Jéssica Augusto, desta vez Dulce Félix foi mesmo a única apresentada e a portuguesa em quem as luzes se vão focar durante o sonho americano. Afinal o seu quarto lugar de há um ano ainda é estatuto para os organizadores, mesmo depois de ter tido uma prestação menos boa nos Jogos Olímpicos. “Esta poderá ser uma boa redenção dos Jogos Olímpicos”, acredita Richard Finn, responsável pela estratégia desportiva do evento. Hugo Sousa, empresário da atleta, relembra o carinho que o evento deu à atleta, quando no ano passado a diretora da prova, Mary Wittenberg relembrou a perseverança da portuguesa que na primeira presença em Nova Iorque desistiu, numa época onde também tinha partido um pé.
Dulce Félix é a prova de que esse carinho se sente em Nova Iorque, onde da estadia à comida, tudo é pensado para que os atletas se possam sentir como se estivessem em casa. ”Agradeço o carinho que Nova Iorque me dá e é com orgulho que vou estar lá”, disse sorridente Dulce Félix que considera o público um fator motivacional para quem participa no evento : “Há dois anos queria desistir mais cedo e as pessoas parece que nos empurram para que não desistamos”. De Nova Iorque a portuguesa tem ainda outra boa história dessa primeira edição em que participou, depois da desistência. ”Estava com frio e um senhor ofereceu-me a camisola dele, ficando apenas em t-shirt, levando-me ainda a um dos locais onde estava a Organização. Escreveu-me a morada dele e acabámos mais tarde por lhe devolver a camisola”.
MARATONA DE NOVA IORQUE APOSTA NA QUALIDADE...SEM LEBRES!
É reconhecida a estratégia deste evento em não apostar em lebres, acreditando na valia dos atletas como fator de motivação para um bom resultado, até porque o percurso de Nova Iorque não é propriamente dos mais rápidos, não só pelas subidas, como pelas longas retas. Face ao desafio do percurso, Richard Finn não duvida que o mesmo é atrativo, o que motiva a presença de algumas centenas de portugueses, que desta vez terão em Dulce Félix a única atleta capaz de discutir os primeiros postos.
Mas novamente a tarefa de uma classificação não será facilitada com a concorrência que Dulce Félix terá este ano. Nesta corrida estarão duas medalhadas nos Jogos Olímpicos, a etíope Tiki Gelana e a russa Tatyana Arkhipova, além das duas anteriores vencedoras em Nova Iorque, Firehiwot Dado (Etiópia) e Edna Kiplagat (Quénia). Estarão ainda a vencedora em Bosto, Sharon Cherop (Quénia), a conhecida Kim Smith (Nova Zelândia) e ainda as atletas norte-americanas Julie Culley, Amy Hastings, Janet Bawcom, Michelle Frey, Alisha Williams, Serena Burla e Molly Pritz. Outras atletas como Buzunesh Deba (Etiópia), Valeria Straneo (Itália) e Adriana da Sila (Brasil) marcarão presença.
Na corrida masculina estão anunciados nomes muito fortes também. Meb Keflezighi (EUA) e Gebre Gebremariam (Etiópia) são dois nomes já vencedores em Nova Iorque, em 2009 e 2010 respetivamente. A estes juntam-se o medalhado de bronze em Jogos Olímpicos Wilson Kipsang (Quénia), além de outro queniano conhecido por terras norte-americanas, Moses Mosop, que venceu a Maratona de Chicago no ano passado. Em setembro foram ainda anunciados nomes como Marilson dos Santos (Brasil), Kayoko Fukushi (Japão), Abderrahime Bouramdane (Marrocos) e Scott Overall (Grã-Bretanha). A digna representação norte-americana será ocupada por Abdi Abdirahman, Jason Hartmann e Brett Gotcher.
OS MILHARES QUE TÊM A SORTE DE CORRER NA BIG APPLE
A Maratona de Nova Iorque realiza-se este ano a 4 de novembro, uma cidade que vê nesta prova um dos grandes momentos desportivos do ano, com o número de participantes a caminhar para cima dos 50 mil participantes. A presença é, para a maioria dos atletas estrangeiros, por sorteio, alimentando a expectativa da presença. Além dos cerca de dois milhões de espectadores ao longo do percurso, o evento arrecada ainda uma transmissão televisiva com 330 milhões de telespectadores, fazendo com que o evento seja dos mais rentáveis a nível mundial.
Enviado Especial : Edgar Barreira
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