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Meia-Maratona de Portugal foi apresentada.
A Meia-Maratona de Portugal, que se disputa dentro de um mês, foi apresentada com Rock’n’Roll à mistura...
A 13ª edição da Meia-Maratona de Portugal terá a sua disputa no local habitual a 30 de setembro de 2012, mas pela primeira vez será acompanhada de muita música e de um apoio importante da Rock ‘n’ Roll Series, do qual o evento pertencerá a partir deste ano. Este apoio, já há muito anunciado, passará a efetivar-se finalmente e para já há uma coisa que mudou alegremente o formato das conferências do Maratona Clube de Portugal : passaram a integrar música. Os convites a João Gil, Luís Represas e Zé Pedro (Xutos e Pontapés) estenderam-se em palco ao diretor da RTP, Nuno Santos e ao próprio Carlos Móia, baterista e guitarrista por um dia.
O presidente do Maratona Clube de Portugal, Carlos Móia, enalteceu, de guitarra ao peito, a responsabilidade social do evento que mais tarde foi prosseguida pelo Secretário de Estado da Juventude e Desporto, Alexandre Mestre : ”em Estocolmo (nos 100 anos das olimpíadas nessa cidade) estiveram 80 atletas portugueses que cantaram o hino português e que começara a correr em eventos como este”. A vitalidade de Móia, que segundo Mestre tem tido ”a capacidade de reinvenção”, ficou hoje patente, considerando também o incremento do orçamento do mesmo, devido à música. ”Nunca pensei que a montagem de tantos palcos custassem tanto dinheiro”, confessou Móia, num evento que vai ter um total de dez palcos, o maior deles localizado junto do local de Meta onde durante duas horas estarão a atuar Alberto Índio, Luís Represas e João Gil e para finalizar Xutos e Pontapés, após o evento.
Quanto à vertente competitiva, essa manter-se-à forte e presentes estarão dois recentes medalhados olímpicos : Rita Jeptoo (Prata na Maratona) e Tariku Bekele (Bronze nos 10000 metros). Estes são os cabeças de cartaz, numa prova que entre portugueses ainda só apresenta oficialmente os atletas do clube organizador, exceção feita a Luís Feiteira. Segundo Carlos Móia, não se espera um aumento da lista dos atletas de elite, até por controlo orçamental.
Fora do âmbito da Elite, são já mais de 10 mil os participantes inscritos, um número recorde se atendermos a distância a que está o evento, com Carlos Móia a relembrar a probabilidade das inscrições esgotarem antes do prazo limite, como aconteceu em março na Meia-Maratona de Lisboa.
RECADOS DA MÚSICA E DA TELEVISÃO NUM MOMENTO DIFÍCIL
A ligação entre a música e o desporto foi hoje aproveitada para algumas considerações dos músicos presentes, com a achega do vereador do desporto do município de Lisboa, Manuel Brito. Segundo este a transformação de salas desocupadas em infra-estruturas camarárias tem dado lugar a escolas de música para zonas carenciadas, uma responsabilidade que seguiu a deixa “largada” por João Gil : ”O ensino do desporto e da música no ensino primário e básico são grandes lacunas em Portugal”. Zé Pedro apontou a sua preparação física como um dos principais responsáveis da sua recuperação rápida do transplante de fígado a que foi recentemente submetido, enquanto Luís Represas traçou o paralelismo entre o palco e o asfalto : ”O palco é violento, é dos sítios que mais puxa por nós em termos físicos”.
Fora do âmbito da música, Nuno Santos (RTP) acabaria por apontar o serviço prestado pela televisão pública nesta Meia-Maratona como uma boa definição de serviço público. Argumentos como as imagens da cidade de Lisboa, a prática desportiva, a preservação da saúde e a música, foram usados por Nuno Santos que não teve dúvidas na hora de estar junto da Organização deste evento. Relembre-se que uma das características que uma prova “Gold Label” tem de ter é exatamente a transmissão televisiva em direto, o que confere um dueto quase ideal, tanto para a estação pública, como para o evento em si.
Enviado Especial : Edgar Barreira (texto e foto)
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