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Maratona de Londres para preparar Jogos Olímpicos.
A poucos meses dos Jogos Olímpicos, a Maratona de Londres acaba por ser um teste organizativo, mas também um motivo de preparação dos atletas para a olimpíada. Jéssica Augusto é única portuguesa
O dia 22 de Abril marcará a disputa da 31ª edição da Maratona de Londres, evento que pertence ao grupo das maiores maratonas mundiais, onde ainda constam as Maratonas de Boston, Berlim, Chicago e Nova Iorque. Com inscrições esgotadas há muito, a prova tem este ano ainda o papel de servir de teste para os Jogos Olímpicos, não tanto ao nível organizativo, onde os muitos anos já mostraram ser suficientes, mas ao nível protocolar.
O papel social do evento, com a presença de muitas celebridades britânicas, vem já sendo habitual, dentro de um pelotão extenso que abraçará as margens do Rio Tamisa. O percurso é o habitual, apesar de alterações ocorridas ao longo do tempo. A primeira edição, por exemplo, começou entre o Green Park e o Palácio de Buckingham. Entre 1982 e 1993 a prova terminou na ponte de Westminster, com o famoso relógio londrino ao fundo. Com obras a ocorrerem nesta ponte, o término da prova foi sempre no The Mall, até agora. Mas mesmo quando o local de chegada se manteve, a prova teve variações de percurso e chegou mesmo a percorrê-lo no sentido inverso.
A história do evento, já se sabe, já teve alma portuguesa no passado e isso é bem visível dentro da sede do evento, na margem sul de Londres, que possui as chegadas de todos os vencedores que fizeram história no evento. Entre eles estão, naturalmente, António Pinto (vencedor em 1992, 1997 e 2000) e Rosa Mota (vencedora em 1991).
JÉSSICA AUGUSTO É A ÚNICA PARTICIPANTE NACIONAL EM 2012
A preparar-se para os Jogos Olímpicos, Jéssica Augusto aparece este ano como única participante, a uma prova com que até se deu bem há um ano, quando obteve a marca de 2:24.33 horas, onde foi 8ª classificada. Este ano o estágio que a atleta levou a cabo em Mira tem, assim, a dupla missão de preparar a Maratona de Londres, mas sem perder de vista os Jogos Olímpicos, depois de no final do ano passado ter desistido em Nova Iorque. Entre as inscritas a sua marca de há um ano é somente a 15ª na ordem de marcas, estando previstas três atletas com recordes pessoais abaixo das 2:20 horas : as quenianas Mary Keitany (2:19.19) e Florence Kiplagat (2:19.44) e a alemã Irina Mikitenko (2:19.19). Neste particular se Keitany busca a segunda vitória, depois da vitória há um ano, Mikitenko tentará a sua terceira vitória, depois das vitórias de 2008 e 2009. Estão ainda inscritas Edna Kiplagat (2:20.46), Constantina Dita (2:21.30), Atsede Baysa (2:22.04), Ejegayehu Dibaba (2:22.09), Inga Abitova (2:22.19), Korene Jelila (2:22.43), Priscah Jeptoo (2:22.51), Bezunesh Bekele (2:23.09), Isabellah Anderson (2:23.41), Mariya Konovalova (2:23.50), Aberu Kebede (2:23.58), Nadia Ejjafini (2:26.15) e Yuliya Ruban (2:27.00).
Do lado masculino a luta também parece querer tornar-se renhida, com três homens abaixo das 2:05 horas e 16 atletas abaixo das 2:10 horas. Para lá das 2:10 horas, mas possivelmente um dos candidatos em Londres, está o eritreu Zersenay Tadese (2:12.03), que espera em Londres decidir-se por qual das provas farás nos Jogos Olímpicos : a Maratona ou os 10000 metros. Os quenianos Emmanuel Mutai (2:04.40), Patrick Makau (2:03.38) e Wilson Kipsang (2:03.42) são os estatisticamente mais válidos à vitórias, mas a estatística costuma enganar nas provas de grande distância, onde todos os fatores costumam contar. Os atletas de elite considerados pela Organização são muitos e sonantes : Abel Kirui (2:05.04), Vincent Kipruto (2:05.13), Martin Lel (2:05.15), Tsegaye Kebede (2:05.18), Feyisa Lilesa (2:05.23), Bazu Worku (2:05.25), Jaouad Gharib (2:05.27), Marilson dos Santos (2:06.34), Markos Geneti (2:06.35), Yared Asmeron (2:07.27), Samuel Tsegay (2:07.28), Abreham Cherkos (2:07.29), Abderrahim Bouramdane (2:07.39), Adil Annani (2:10.15), Scott Westcott (2:11.36) e Martin Dent (2:12.23).
As provas serão ainda decisivas para a escolha da seleção britânica para os Jogos Olímpicos, que ainda só fez uma pré-seleção de três atletas e que aqui tenta ter concentrados os seus principais valores, com lebres próprias, para tentar o alcance dos mínimos para a prova que se disputará neste país.
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