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Provas Combinadas sem nível internacional.
Apesar dos esforços, a dificuldade em chegar aos recordistas nacionais é notória, já que nem os grandes campeonatos têm portugueses...
Os recordes nacionais do Heptatlo (em femininos) e do Decatlo (em masculinos) seriam nos dias de hoje mínimos ‘A’ para a edição de 2012 dos Jogos Olímpicos. Esses recordes estão na mão de Mário Aníbal (8212 pontos) e de Naide Gomes (6230 pontos) e são estas as duas referências históricas das provas combinadas portuguesas, relativamente recentes, mas que ainda hoje não têm os sucessores internacionais, num grupo muito restrito de atletas a lutar pela permanências nas provas combinadas. As poucas provas combinadas disputadas ao longo da época também ajudam a uma certa heterogeneidade nos rankings...
TIAGO MARTO A TENTAR SEGUIR PISADAS DE MÁRIO ANÍBAL
A treinar com José Dias, técnico nacional de provas combinadas e anterior técnico de Mário Aníbal, Tiago Marto tem sido ano após ano o melhor dos rankings nacionais, tendo como recorde pessoal a marca de 7624 pontos alcançada em 2010. A progressão que realizou de 2008 a 2010, com aproximadamente três centenas de pontos progredidos por ano, prometia um ano de 2011 já encostado aos 8000 pontos, que lhe permitiria sonhar com Londres, mas até ao momento essa marca não ocorreu e em 2011 Tiago Marto ficou-se pelos 7435 pontos. Não será, contudo, uma impossibilidade o sonho com os Jogos Olímpicos desde atleta que possui 25 anos de idade. Mais longe, mas em progressão, tem estado Pedro Santos, ainda que de forma tímida. Em 2008 e 2010 repetiu a marca de 6838 pontos e em 2011 quase atingia os sete milhares, ficando-se pelos 6973 pontos. Só esteve fora do top-3 em 2009, num ano muito baixo no Decatlo português, onde o terceiro melhor português, Helder Pestana, terminou a époc abaixo dos 6000 pontos, enquanto Alberto Fraga arrecadou o segundo lugar com 6380 pontos. O que nunca mais se repetiu foi a razoável profundidade do ano de 2008, onde Cláudio Gama encerrou no terceiro lugar com 6772 pontos, descendo no ano seguinte e com Carlos Santos, irmão de Pedro, a recuperar níveis anteriores, quase batendo o seu recorde pessoal em 2011.
A mais jovem esperança nas provas combinadas é Samuel Remédios, atleta que a fechar o ano de 2011 arrecadou o recorde nacional de juniores e, treinando com Tiago Marto, terá possibilidade de atingir o top-3 nacional muito em breve, um rejuvenescimento que se aguarda com atenção. A grande separação entre os desempenhos de Samuel Remédios e os restantes atletas da sua idade não permitem, para já, vê-los como futuro da especialidade.
Foto : Edgar Barreira / Atleta-Digital
DEPOIS DE NAIDE...TEM SERVIDO A NÃO ESPECIALISTA PATRÍCIA MAMONA
Mais negro é o cenário no setor feminino, setor que depois da saída de Naide Gomes tem tido dificuldade de gerar talentos para o futuro. Tendo realizado o Heptatlo por causa da sua Universidade, nos EUA, Patrícia Mamona foi a melhor portuguesa nos dois últimos anos, inclusivamente chegando ao terceiro do pódio de sempre em 2011, com os seus 5293 pontos. Se é verdade que Patrícia Mamona foi um dos destaques jovens nas provas combinadas enquanto juvenil, também é verdade que a especialidade de Patrícia Mamona é o triplo salto, pelo que a sua passagem pelo topo dos rankings permite sorrir com as marcas anuais, mas não como valor efetivo para o futuro. Antes de Mamona foram melhores do ano Sofia Pires, em 2008 e Catarina Costa em 2009. Sofia Pires desapareceu dos rankings desde ai e Catarina Costa não aparece no ranking em 2011, o que mostra bem a dificuldade na fixação das provas combinadas, muitas vezes por lesão. Cláudia Rodrigues, ainda que instável nas marcas, tem-se segurado no top-3, só não constando em 2010 e Isabel Areias (terceira em 2009 e 2010) e Tânia Caires (terceira em 2011), foram alguns dos valores que passaram pelo top-3 neste ciclo olímpico.
Portugal apresentou este ano duas atletas no Mundial de Juvenis, na prova do Heptatlo, Rafaela Vitorino e Ana Oliveira, podendo ser esperanças para o futuro das provas combinadas, já que em júniores o cenário está longe de ser animador. Mas na história das provas combinadas a manutenção é um dos fatores críticos e que tem transformado em algum insucesso o trabalho realizado por muitos treinadores dedicados a estas provas. Resta aguardar pelo futuro...
Foto : Filipe Oliveira / Atleta-Digital
MÍNIMOS:
Masc. A – 8200 (nenhum atleta) | Masc. B – 7950 (nenhum atleta)
Fem. A – 6150 (nenhuma atleta) | Fem. B – 5950 (nenhuma atleta)
RANKINGS
Masculinos:
2008 – 7098 (Tiago Marto) | 6838 (Pedro Santos) | 6772 (Cláudio Gama)
2009 – 7346 (Tiago Marto) | 6380 (Alberto Fraga) | 5970 (Helder Pestana)
2010 – 7624 (Tiago Marto) | 6838 (Pedro Santos) | 6154 (Carlos Santos)
2011 – 7435 (Tiago Marto) | 6973 (Pedro Santos) | 6317 (Carlos Santos)
Nº de presenças nos Jogos Olímpicos : 2 (1 em 1952 e 1 em 2000)
Melhor marca em Jogos Olímpicos : Mário Aníbal (2000) - 8136
Femininos:
2008 – 5022 (Sofia Pires) | 4869 (Carina Gomes) | 4866 (Cláudia Rodrigues)
2009 – 4780 (Catarina Costa) | 4569 (Cláudia Rodrigues) | 4288 (Isabel Areias)
2010 – 5247 (Patrícia Mamona) |5163 (Catarina Costa) | 4533 (Isabel Areias)
2011 – 5293 (Patrícia Mamona) | 4791 (Cláudia Rodrigues) | 4435 (Tânia Caires)
Nº de presenças nos Jogos Olímpicos : 1 (1 em 2004)
Melhor marca em Jogos Olímpicos : Naide Gomes (2004) – 6151
Nota de autor : Desta forma finalizamos a longa análise sobre todas as especialidades olímpicas do atletismo. O Atleta-Digital deseja a todos os atletas e seus treinadores um bom ano de 2012.
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senão vejamos, na ultima oportunidade de apresentar equipa na Taça da Europa de Provas Combinadas em solo português e no ultimo ano em que a classificação seria separada por gêneros, Portugal APENAS apresentou um atleta quando podia apresentar equipa completa tal qual como se faz nos corta matos...pior ainda seria que feitas as contas retirando 500 pontos aos 4 melhores atletas masculinos da atualidade Portugal teria presença assegurada no pódio, existindo uma forte possibilidade de estar entre as duas melhores seleções do grupo em 2011.......
o que é certo é que as provas combinadas vão passando ao lado do atletismo.....e, tanto no sector masculino como no feminino não admira nada que no próximo ciclo olímpico as marcas dos 5 melhores sejam bastante inferiores á deste ciclo, por falta de investimento e projeção da especialidade...
E a forma de apoio é possibilitar a ida às Selecções a atletas que nem marcas referência (bastante mais fáceis que mínimos) conseguem?
E os resultados obtidos pelos atletas das provas combinadas (tirando Mário Aníbal e Naide Gomes) podem ser comparados conseguidosno o corta mato? Julgo que não, mas não passa de umaopinião. Bom ano
agora levar atletas á selecção de corta mato só para ter equipa não é a mesma coisa que levar atletas de provas combinadas so para ter equipa?
não ha atletas (sem tirar o respeito por eles) que se classificam sempre na ultima metade da tabela e mesmo nos ultimos lugares?
e estar a falar em mario anibal ou naide gomes porquê? ambos ja nao estao na especialidade
é com pensamentos desses que levam os atletas quando juniores não optem pelas provas combinadas...cansa muito, da trabalho a treinar e não ha motivação nem sequer por parte do publico (como é o seu caso que só vê atletismo pelos primeiros planos como citou)
bem haja
Se forem passam a ter mais qualidade, mais tempo para treinar, melhores treinadores, melhores condições, clubes que apoiem?
eu não estou a querer dizer para se andar a "passear" atletas das provas combinadas por todo o lado sem fazerem minimos etc...só acho indignante ver uma competição em portugal e não houve a minima consideração por quem se esforça numa disciplina tão dificil...
estarei errado?
Estarei errado com as seguintes marca referência: Decatlo: 6900 pontos; heptatlo: 5100 pontos
Ou seja, por ser em Portugal, e para haver a “mínima consideração” pelos atletas “especialistas” de provas combinadas, deviam ter participado com marcas a quase 600 pontos (decatlo) e mais de 300 pontos (heptatlo)? E para termos equipas, teriam de participar outros com marcas ainda inferiores.
Mas certamente, estarei errado.
E o mais “interessante” é que o JS escreve que até posso ter razão, em parte, mas não percebo nada de atletismo, muito menos de combinadas! E mais, nunca as vou perceber.
Possivelmente é esse o “problema”, eu só entendo, em parte, o atletismo, e como é algo muito difícil de entender, são muito poucos os que sabem de combinadas!
Os Campeonatos de Portugal foram a 11 e 12 de Junho, e a Taça da Europa passado 3 semanas! Não entendo o argumento!
Para mais quando no ranking feminino, a Patrícia fez a sua melhor marca em Abril, e as duas seguintes no referido Campeonato de Portugal, onde o Carlos Santos fez a sua melhor marca da temporada.
Será que estou errado? É que como não entendo nada de atletismo tive de procurar informações.
dai ter mencionado e questionado o porque de nao se apresentar uma equipa masc e feminina na taça da europa em 2011 realizada no nosso país...daria uma boa imagem (existem países que levam atletas com 5000 e poucos pontos no decatlo...) no nosso território, estimulava os atletas...uma competição colectiva que não tem esse espirito porque so vai um ou 2 atletas...
so pode ser para poupar euros para depois gastar nas equipas de corta mato...será?????
se não se apostasse nas especialidades menos fortes, haveria campeão olimpico de triplo salto em portugal? varias medalhas no salto em comprimento? não, so em 10 000m e maratona...
Ter residência no C.A.R (antes da construção do novo pavilhão) é um factor de obrigatoriedade para fazermos mínimos nas competições? o factor Estudos, vida pessoal, lesão não são relevantes?...enfim
Apesar de eu ser uma das atletas que gostaria de ter estado presente na taça da Europa na Madeira, se não tive 'qualidade' como foi referido por 3ºs e se efectivamente não fiz os mínimos, acho muito bem não ter ingressado na selecção. As provas combinadas não se reduzem a sermos internacionais, eu se for saltadora e não for a um europeu, não vou ter menos mérito ou vontade de continuar a saltar por não ir, apenas é um incentivo extra para trabalhar melhor para conseguir chegar aos meus objectivos. Não vale de nada estar infeliz porque determinados sectores têm 4 estágios ou mais por época enquanto nós apenas temos 1 para 'aperfeiçoar' 7 a 10 disciplinas, ou por não termos facilidade a obter equipamentos e material de treino, isso não vai mudar as nossas convicções. Se não quiséssemos ser especialistas em combinadas, não seriamos os mesmo há mais de 5 anos, e se não somos especialistas disto, o que podemos chamar a alguns sujeitos que têm recordes pessoais nos saltos ou corridas semelhantes a alguém que faz mais 6 ou 9 provas que eles? ah pois, isso ninguém se lembra, afinal, não são só as combinadas que 'andam mal' neste mundo atlético
Bom resto de época!!