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No Mónaco ocorreu do melhor e do pior...
Os meetings do Mónaco e Barcelona (Espanha) decorreram ontem, com resultados interessantes, mas com portugueses a vacilarem, com algumas excepções...
Perto de uma dezena de atletas portugueses estiveram ontem em acção, em busca de uma preparação para o Mundial de Ar Livre ou ainda a tentativa de acesso a este Mundial. Se em Barcelona o meeting não fazia parte de grandes contas, apesar de constar no calendário europeu, o meeting do Mónaco fazia parte da Liga Diamante e os resultados representaram bem o que este circuito mundial de meetings presente, qualidade.
MARCO FORTES MELHOR QUE RESTANTES PORTUGUESES NO MÓNACO, ONDE OBIKWELU ENFRENTOU BOLT
Foram três os portugueses presentes no Mónaco : Francis Obikwelu (100 metros), Marco Fortes (lançamento do peso) e Naide Gomes (salto em comprimento). Claramente Marco Fortes acabou o mais destacado, não só pelo seu 4º lugar, mas também por novamente subir com consistência acima dos 20 metros, com três lançamento acima desta marca e a melhor a ser de 20.39 metros. Desta forma Fortes parece bem preparado para o Mundial de Ar Livre, apesar de faltar mais de um mês para o principal momento da época.
Nos 100 metros, a difícil tarefa de Francis Obikwelu acabou mesmo por ser da forma imaginada e o português acabaria no 7º lugar. A concorrência dos jamaicanos Usain Bolt (1º), Nesta Carter (2º) e Michael Frater (4º), do norte-americano Michael Rodgers (3º) e dos europeus Christophe Lemaitre (5º), Jaysuma Saidy Ndure (6º) e Churandy Martina (8º) acabariam por ditar um 7º lugar, com 10,21 segundos, uma marca ainda longe do que necessita para vingar no Mundial.
Por fim Naide Gomes, que no salto em comprimento viu todas as suas adversárias, excepto Bianca Stuart (Bahamas) classificarem-se à sua frente, consequência de um único salto válido e numa distância curta de 6.48 metros. Os dois primeiros lugares acabariam ocupados por duas das maiores adversárias deste ano, Brittney Reese (6.82 metros) e Darya Klishina (6.79 metros).
O meeting ficou marcado por grandes marcas, nomeadamente sete melhores marcas mundiais do ano. Elas ocorreram por intermédio de Renaud Lavillenie (5.90 metros no salto com vara), David Rudisha (1.42,61 minutos nos 800 metros), Silas Kiplagat (3.30,47 minutos nos 1500 metros), Mo Farah (12.53,11 minutos nos 5000 metros), Brimin Kipruto (7.53,64 minutos nos 3000 metros obstáculos), em masculinos, além de Amantle Montsho (49,71 segundos nos 400 metros) e Barbora Spotakova (69.45 metros no lançamento do dardo), em femininos. Destas marcas destaca-se a prova dos 5000 metros, onde Mo Farah conquistou um novo recorde britânico, arrastando consigo o norte-americano Bernard Lagat que conquistou um novo recorde continental (12.53,60 minutos), além da melhor marca de sempre jovem, por Isaiah Koech (12.54,18 minutos). Brimin Kipruto, nos 3000 metros obstáculos ficaria a um centésimo do recorde mundial, ficando assim com recorde africano, pela sua condição de queniano como nacionalidade.
Os 1500 metros, onde Silas Kiplagat acabaria também com o melhor de época, ficou marcado por um raro conflicto entre atletas, que levou a agressões mútuas entre Mehdi Baala e Mahiedine Benabbad, sem que se entenda o motivo. Ambos os atletas já foram suspensos provisoriamente pela federação francesa de atletismo, num conflicto que ocorreu antes de um salto de Renaud Lavillenie, também ele francês, numa altura em que tentava superar 6.05 metros. Sem dúvida uma raridade e que incomodou o público do Mónaco...
O TERCEIRO DE VERA BARBOSA E O RECORDE PESSOAL DE HÉLIO GOMES EM BARCELONA
Na pista que acolheu há um ano o Europeu de Ar Livre disputou-se um poderoso meeting onde estiveram sete atletas portugueses. Destes, a melhor classificada acabou por ser Vera Barbosa (56,72 segundos), nos 400 metros barreiras, que não atingiu novamente o recorde nacional, mas onde foi apenas secundada por Vania Stambolova (54,38 segundos) e Anna Jessien (56,39 segundos).
Os portugueses também estariam em destaque, mais pelas marcas, nas provas dos 1500 metros. Em masculinos Hélio Gomes obteve um novo recorde pessoal na distância, com 3.40,62 segundos, quarto lugar na série secundária. Já Sara Moreira aproveitou a distância para ganhos de ritmo e quase fazia recorde pessoal ao completar em 4.07,29 minutos, numa série onde também ia Ercília Machado que ao correr em 4.16,14 minutos estabeleu novo recorde pessoal. Ungudi Quiawacana esteve nos 200 metros para sub-23, completando em 24,71 segundos, no terceiro lugar.
Desistentes, Rui Silva (5000 metros) e Pedro Ribeiro (3000 metros obstáculos) acabaram por fazer uma deslocação inglória a Barcelona, apesar do primeiro já possuir mínimos na légua, com Pedro Ribeiro ainda em busca da primeira marca válida nos 3000 metros obstáculos nesta época, depois de há um ano ter competido por Portugal, nesta mesma pista, no Europeu de Ar Livre.
RESULTADOS :
Meeting do Mónaco (Liga Diamante)
100 m – Francis Obikwelu (7º) – 10,21
Peso – Marco Fortes (4º) – 20.39
Comprimento – Naide Gomes (8º) – 6.48
Meeting de Barcelona
1500 m (B) – Hélio Gomes (4º) – 3.40,62
5000 m – Rui Silva (DNF)
3000 m Obstáculos – Pedro Ribeiro (DNF)
200 m (S23) – Ungudi Quiawacana (3º) – 24,71
1500 m – Sara Moreira (12º) – 4.07,29 | Ercília Machado (16º) – 4.16,14
400 m Barr – Vera Barbosa (3º) – 56,72
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