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No Domingo, Mundial de Corta-Mato em Punta Umbria.
Em Espanha será disputado o Mundial de Corta-Mato, mas com uma presença europeia sem grande expressão...
Há muito que se instalou no atletismo mundial que o Mundial de Corta-Mato é para os africanos, um estigma que vem afastando as selecções europeias deste evento, que terá a última edição no estilo anual. O Mundial de Corta-Mato passará a ser disputado de dois em dois anos, tentando devolver algum dignidade a esta competição, que é dominada pelos atletas africanos.
Analisando as listas provisórias de inscrição, a Europa apenas conta com quatro selecções com hipóteses de lutar para a classificação colectiva, em cada um dos géneros do escalão de séniores. Aqui Portugal apresenta-se como candidato ao pódio europeu de selecções, uma missão que fica assim facilitada, apesar de algumas baixas importantes, principalmente na equipa feminina, fundamentalmente por outras apostas feitas pelas atletas portuguesas.
O drama é ainda maior nos escalões de juniores, onde também Portugal optou por levar apenas um atleta por género. Rui Pinto, em masculinos e Susana Godinho, em femininos, são assim os únicos representantes portugueses, no escalão de juniores. Tendência semelhantes acontece noutras selecções, que não viram o escalão de Juniores como prioritário.
É neste aparente desinteresse europeu que esta competição se realizará, exactamente em solo europeu e tão próximo de Portugal. As temperaturas estarão altas para esta altura do ano, beneficiando os atletas nascidos em África e o percurso deverá ser extremamente rápido, beneficiando os atletas que normalmente competem em pista, penalizando atletas com mais força que velocidade.
Em masculinos os favoritos são Geoffrey Mutai, Hunegaw Mesfinou mesmo Teklemariam Medhin, este último um conhecido atleta em Portugal depois de ter ganho o Crosse de Oeiras. Colectivamente o Quénia deverá apresentar-se neste Mundial em aparente vantagem, mas nunca se pode esquecer da Etiópia e da Eritreia num momento destes.
Já em femininos, Linet Masai é apontada como grande favorita à vitória, mas sem esquecer outras grandes atletas mundiais como Vivian Cheruiyot, Meselech Melkamu ou Genzebe Dibaba. Dificilmente na luta pelas medalhas, mas certamente na tentativa de um lugar cimeiro, Portugal pode ter a sua palavra a dizer, a confiar no bom momento de forma de Sara Moreira, que colocou este Mundial de Corta-Mato como objectivo, depois de falhar involuntariamente o objectivo do Europeu de Pista Coberta.
ATLETA-DIGITAL PRESENTE EM PUNTA UMBRIA
Como não poderia deixar de ser, novamente o Atleta-Digital estará presente para fazer cobertura deste evento. A partir de Punta Umbria serão escritas as principais notícias e declarações dos atletas portugueses, que poderão ser aqui lidas após as competições.
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![[PUMBRIA11] O Mundial dos africanos](/images/arquivo/2010/eventos/bydgoszcz10/quenia_jun.jpg)
Nos masculinos o verdadeiro favorito é o Geoffrey Mutai, venceu o cross nacional do quénia... (que na minha opinião tem mais valia do que o cross mundial) com 44 segundos de avanço!