Há com cada uma - 2º Fenómeno |
| Sábado, 02 Janeiro 2010 | |
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O segundo fenómeno que abordarei prende-se com a má organização do Grande Prémio de Natal. Uma prova desta história merece mais. E os seus participantes merecem ainda muito mais, especialmente os que chegam a pagar 10 euros. G.P. do Natal – Esta prova é uma das mais carismáticas do país e quando era jovem, nem sabiam a alegria com que ficava quando sabia que no fim-de-semana seguinte, iríamos ao Grande Prémio de Natal. Talvez pelo nome ser engraçado ou por ser no centro de Lisboa, a verdade é que todos sentíamos uma ansiedade diferente. Fui lá vencedor por duas vezes, em Benjamim e Infantil pelo que tenho um carinho especial por esta prova. Como tal, transtornou-me assistir à chegada da prova dos 10km. De facto, com tanto espaço para receber atletas na Praça dos Restauradores, é inconcebível assistir àquela tristeza. Partida – Eu não estava pelo que só falo do que contam e como o meu pai foi um dos participantes, é claro que não há razões para não acreditar nas suas palavras. Duas situações espectaculares ocorreram na partida. Primeiro, na entrega de dorsais, ao qual transcrevo palavras de Pires, no site “omundodacorrida”: "A minha equipa fez a inscrição nesta prova com 6 atletas, mas para nosso espanto só apareceram 3 dorsais, confrontamos a organização e passo a descrever o diálogo: Eu: Minha senhora a minha equipa tem aqui neste comprovativo de pagamento, 6 atletas inscritos. O que acontece é que só temos 3 dorsais, gostávamos de saber como podemos resolver isso? Senhora simpatia: Neste momento não tenho mais dorsais, a entrega foi ontem (Sábado) e hoje não tenho mais dorsais a não ser estes aqui! (era só uma caixa cheia deles) Eu: Minha senhora eu tenho aqui o comprovativo de pagamento, e tenho apenas 3 dorsais, desculpe mas vai ter de me arranjar os outros 3!! Senhora simpática: O senhor não se preocupe que vai correr hoje, nem que seja sem dorsal. Eu: Minha senhora, eu acho que não está a perceber, se eu tenho aqui uma inscrição paga, o dorsal tem de aparecer! E assim continuou a conversa...ora a senhora que afinal era tudo menos simpática teve de se confrontar com esta mesma situação em pelo menos mais 3 casos!! A coitada da senhora bem que pegava na caixa e mudava de sitio mas como ia um batalhão de pessoas atrás dela pelos mais variados problemas ela começou a sentir bastante pressão e a resolução foi atirar com a caixa dos dorsais para o chão! O resultado foi, self-service...lá tirei 3 dorsais de 3 pessoas que espero que tenham faltado à corrida porque eu fiquei com 3 e houve quem tivesse ficado com 10,20 ou talvez até mais!! Vergonhosa a atitude da senhora, pouco ortodoxa a nossa atitude e desde já peço desculpa aos 3 atletas que provavelmente tiveram de fazer o mesmo que eu!!” Segundo, na zona de partida, num sítio com bastante espaço e que poderia ser melhor aproveitado. Mas não, há que ter um pórtico pequeno e obrigar atletas a formarem muito mais filas do que seriam necessárias com aquele espaço todo. Meta – Estive perto da meta e a partir dos atletas dos 38:30, a fila única feita para receber os atletas (com apenas uma pessoa a passar o “desmagnetizador” pelos dorsais) deu “barracada”… Mais uma vez, deixo a palavra a um dos muitos atletas participantes na prova que mostraram o seu desagrado nos diversos blogues e espaços de corrida. Desta vez, a palavra vai para Mário João Costa: “Mas o mais grave e para mim inconcebível é que após 9.800 metros a correr, a dar o seu melhor, os atletas antes de poderem fazer o que mais se almeja numa prova de atletismo, CORTAR A META, eram obrigados a parar e colocar-se numa fila, onde impacientemente esperavam que mais à frente fosse entregue a tal t-shirt mal amanhada aos atletas que entretanto já tinham atingido o final da prova.” Já Mário Lima da Pontinha escreveu: “ Não vale a pena gastar mais os meus dedos e palavras com gente que não merece. De palhaços, ladrões e o “é uma vergonha” tudo se ouviu.” Nestes casos, é caso de dizer que uma foto vale mais que mil palavras:  Esta situação poderia desculpar-se se tivesse sido uma organização a cargo de amadores mas a organização desta prova esteve a cargo de ditos profissionais do assunto: Juízes de atletismo da Associação de Atletismo de Lisboa, uma das mais (se não mesmo a mais) importantes do País. Mas na foto também podemos ver a tranquilidade de um desses juízes. E não foram poucos os juízes presentes… |
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Continuem a servir-se do Atletismo em vez de servi-lo.
Lembro o Projecto "Viva o Atletismo" onde se possibilitava às escolas participarem livremente nos provas do Triatlo Técnico , Atleta Completo e Olímpico Jovem. Mas de há uns anos para cá, os senhores das AAL proíbem a participação de alunos das escolas(não federados) nestas provas. Isto com a passividade da FPA. Pois afinal de contas são as associações que mandam na FPA, por causa dos votos, claro. Tudo neste país é por causa dos votos.