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Atleta de obstáculos alegou falta de apoio.
A sportinguista Clarisse Cruz reclama de falta de apoio na preparação para os Jogos Olímpicos de 2016, competição para a qual alega não ter sido incluída.
O atletismo português, já se sabe, vive dias difíceis, que levaram a vários cortes impostos pela Federação Portuguesa de Atletismo, até ao nível da representação internacional. Também os apoios aos atletas reduziram, uma tendência também verificada nos principais clubes, principalmente o Sporting, clube que Clarisse Cruz representa. Por tudo isto e também por um vencimento que não recebeu da Câmara Municipal de Ovar quando em maio passado fez um estágio em altitude, Clarisse Cruz decidiu deixar bem vincada a sua opinião, garantindo não querer voltar a representar Portugal. Por outro lado a Federação Portuguesa de Atletismo veio esclarecer que foi o seu treinador que indicou o abdicar do salário desse mês: ”A Clarisse abdica do ordenado durante este tempo, 28 de abril a 27 de maio de 2013”.
”Eu fiz a minha escolha, não para ganhar a simpatia de quem não simpatiza comigo, mas para continuar com a minha dignidade”, indicou a atleta em página pessoal, garantindo que foi a decisão mais difícil da carreira. Com 35 anos Clarisse Cruz foi uma das agradáveis surpresas nos Jogos Olímpicos anteriores, disputados em Londres, quando atingiu a final dos 3000 metros obstáculos (11º lugar). Foi uma época onde a atleta esteve em evidência, também com uma boa presença na Taça dos Clubes Campeões Europeus e onde acabou por atingir um bom nível competitivo.
A fundista portuguesa tem também ganho muitos eventos de estrada, em Portugal e no estrangeiro e sente que aos 35 anos ainda estará em momento para tentar mais uma ida aos Jogos Olímpicos, mas sem se conformar com os 150 euros mensais recebidos pela Federação Portuguesa de Atletismo, além dos 825 euros anuais, para lá da ausência de apoio no âmbito da preparação do Rio 2016.
Em extremo a atleta pondera representar outra seleção nacional, mudando de naturalização, uma polémica diferente, mas que traz à memória o caso de Rosa Mota, quando por diferendo com a Federação Portuguesa de Atletismo, por ter rejeitado estar no Mundial de Estrada, na altura assunto resolvido com intervenção governamental. Desta vez não é provável que o mesmo venha a suceder e o braço de ferro pode mesmo ser difícil de ultrapassar.
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Também não poderá ir aos Campeonatos da Europa?
Calculando que deve haver muito erro por parte da Federação, é porem altura de deixarem de considerar a FPA como Santa casa da Misericórdia.
A atleta tinha direito a bolsa do Comité olimpico até Dezembro. A partir de Janeiro de 2014 tinha direito a....zero.
A Federação, e bem, entendeu atribuir-lhe por conta própria para 2014 uma bolsa mensal de €150 (para uma atleta com 35 anos, só cá
O treinador da atleta escreveu que ela dispensava que a Federação lhe pagasse o mês de salário perdido e a federação pagou perto de 500€ na deslocação para o referido estágio.
Sem ter qualquer procuração de defesa da Federação, esta entidade é que será a má da fita?
Gostava que me esclarecessem porquê