Velocista benfiquista passa a médico da Federação.
Não é o adeus de Arnaldo Abrantes às pistas, é sim mais uma tarefa deste recém-formado médico, que sempre combateu a teoria de que desporto e estudos são incompatíveis ao mesmo tempo.
A reformulação do Departamento Médico da Federação Portuguesa de Atletismo era um dos setores sensíveis a resolver, principalmente quando a demissão do anterior responsável, Dr. Pedro Branco, aconteceu dias antes da partida da seleção para o Mundial de Atletismo. A resposta definitiva a este problema aconteceu com o anúncio do novo líder médico, o Dr. Ricardo Antunes, que ocorreu no final de novembro.
No final da semana passada a Federação Portuguesa de Atletismo anunciou a restante equipa médica, composta por um coordenador de fisioterapia, Ricardo Paulino, apoiado por Pedro Santos e Diogo Cunha (Jamor) e ainda por Rui Bispo (Maia). Dois massagistas, Norberto Fonseca (Jamor) e António Vieira (Maia) estão também confirmados na estrutura. Ao nível médico foram incluidos os doutores Nuno Coutinho e Arnaldo Abrantes (Jamor) e Rui Capucho (Maia).
Arnaldo Abrantes tem aqui nome de doutor, mas é ao mesmo tempo um dos atletas no ativo com mais relevância na equipa do Benfica e na seleção nacional. ”O convite surgiu por parte do Dr. Ricardo Antunes e posso dizer que fiquei surpreendido mas bastante contente. Assim que soube que ele seria o Diretor do Departamento Médico e de que estava a reunir uma excelente equipa, nem pensei duas vezes e respondi logo que sim!”, respondeu-nos Arnaldo Abrantes.
Esta não é uma missão nova para o atleta que sempre conciliou o curso de medicina com os treinos ao mais alto nível. ”Eu já sou médico no ativo há 2 anos, aliás quando estive em Londres, em 2012, já era médico formado, já exercia no Internato do Ano Comum e neste momento vou para o meu segundo ano de formação complementar em Medicina Geral e Familiar”, disse Arnaldo Abrantes, convicto que este é apenas um efetivar de uma missão que até já cumpria junto dos seus colegas, ao mesmo tempo que aprende com os mais experientes. Quando em janeiro de 2012 o atleta Nelson Évora sofreu uma grave lesão, na Nave do Jamor, Arnaldo Abrantes foi um dos primeiros a chegar ao local e a tentar estabilizar a situação do saltador português.
”Em primeiro lugar foi decidido pelo Dr. Ricardo que para já não irei realizar consultas programadas e que só em casos pontuais poderei dar apoio na área médica a alguns atletas”, indicou Arnaldo Abrantes que, assim, pode dedicar-se também à sua carreira desportiva.
Uma das mensagens mais fortes fornecida por Arnaldo Abrantes ao longo dos tempos é acerca da compatibilidade de estudos com desporto. Reforçou essa mensagem na entrevista ao Atleta-Digital: ”Nunca senti que prejudiquei a minha carreira de atleta por ser estudante, médico ou vice-versa e essa é também uma mensagem que tento sempre transmitir. “
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No entanto, e tendo por exemplo, os campeonatos de Portugal de pista, o que devem fazer os clubes de Leiria, Aveiro, Coimbra, Guarda, Castelo Branco, Açores, Madeira, quando precisam dos préstimos dos srs. doutores? Deslocar-se a Lisboa ou ao Porto. E enquanto os clubes ricos(SCP e SLB) têm os seus próprios médicos e ainda os têm da Federação, os outros clubes , os pobres, tem de se deslocar às cidades grandes para obter alguma benesse médica. Isto tudo para no final do ano, os bons atletas irem para os clubes ricos.
Sempre os mesmos a ganhar, sempre os mesmos a penar.
Mas aparte disto tudo, parabéns ao Dr. Arnaldo e muita sorte
A competir no Campeonato nacional de clubes temos o Clube de Cultura e Desporto de Ribeirão(Distrito de Braga) que conta já com 12 participações consecutivas em finais sendo as ultimas 9 na 2ª divisão. A Escola do Movimento tem 3 participações duas na 3ª divisão e uma na 2ª divisão. O Sporting Clube de Braga ganhou este ano a 3ª Divisão. Vejamos agora no lado feminino, O Maia e a Escola do Movimento foram à 2ª Divisão 3º e 7º respetivamente.
Agora para alem dos clubes(que considero que não é o mais importante)...
Vejamos onde estão os melhores internacioanais Portugueses... Talvez sejam todos do Norte!!!
COnvocados para o europeu de corta-mato
Catarina Ribeiro
Silvana Dias
Carla Salomé Rocha
Sónia Ferreira
Luis Miguel Borges
Susana Godinho
Marta Martins
José Costa
Rui Pinto
Licínio Pimentel
Rui Pedro Silva
Norte=13 Centro e Sul=11
é preciso mais para justificar o motivo do apoio medico na Maia?
1 - Se leu bem o meu comentário, verá que eu escrevi que no Porto há 2 ou 3 clubes relevantes. No Porto, não em Braga, Viana do Castelo, ou Vila Real.
2 - Mesmo assim vai de encontro ao que escrevi, deu-me 4 clubes nas 3 divisões. Se formos por ai, quanto teremos de contar da zona centro sem que haja assistência alguma? Coimbra: Gira Sol: Guarda: CA Seia e Sra. Desterro, Aveiro: Cucujães, Grecas, Campismo, Mozelense; Leiria: JV, Vermoil, Arneirense, Castelo Branco: Donas. E só estou a contar com os que foram às divisões de pista.
3 - Porque só nomeou atletas de corta mato? Sabe que há outras disciplinas no atletismo além do corta mato?
A situação é que, na minha opinião, justifica-se mais o apoio médico em Coimbra ou Aveiro que no Porto. Mas como disse, é só a minha opinião