Equipa portuguesa foi 9ª classificada.
Portugal ficou distanciado dos melhores lugares com a sua equipa sénior de crosse, que já tinha partido para Belgrado sem grandes expectativas.
A última prova do dia neste Europeu de Corta-Mato era a de séniores masculinos, onde era difícil adivinhar um grande resultado, não fosse alguma surpresa positiva acontecer. Por um lado Rui Pedro Silva era aquele que individualmente parecia ter condições de uma boa surpresa, mas cedo se perceberia que não.
A prova de hoje acabou por ser muito cedo decidida pelo ritmo rápido do espanhol Alemayehu Bezabeh. Mais forte que os restantes, o espanhol ganhou rapidamente vantagem, que imprimiu ao pelotão um ritmo muito forte e raramente quebrado pela altimetria do terreno, que quase não fez clivagens naturais. E este ritmo terá sido fatal para Rui Pedro Silva, que após uma volta grande, em que seguia no 12º lugar, começou a ceder muitos lugares, para uma chegada final muito atrasada, no 51º lugar. A sua oitava presença em Europeus de Crosse ditava, assim, a pior classificação de sempre como sénior e só não foi pior que a sua pior classificação de sempre porque na sua estreia, como júnior, foi 74º, decorria o ano de 1998. Se os factos positivos existem nesta seleção, um deles deve-se a António Silva. 45º classificado há um ano, o fundista fez hoje a sua melhor prestação de sempre, no 38º lugar e foi o melhor português em ação. Licínio Pimentel acabaria três segundos e um lugar depois em relação a Rui Pedro Silva e mais para trás ficou Luís Pinto, a estrear-se nesta prova com o 64º lugar.
Coletivamente esta prestação portuguesa acabou por não ser tão má como há um ano, mas não passando do 9º lugar coletivo, a segunda pior prestação portuguesa no historial da competição. Como única exceção ao domínio britânico, a Espanha seria campeã da europa de corta-mato, muito devido ao coletivo espanhol que fechou a equipa ao 13º lugar, mas para onde contribuiu Alemayehu Bezabeh, vencedor destacado no plano individual, com 21 segundos de vantagem sobre o turco Polat Arikan, segundo classificado. O histórico Andy Vernon (Grã-Bretanha) seria terceiro classificado. A Espanha conseguiu, assim, livrar-se do empate de medalhas de Ouro com a França, no histórico deste escalão, repetindo a vitória de há um ano atrás.
RESULTADOS (Séniores masculinos):
1. Alemayehu Bezabeh (Espanha) – 29.11
2. Polat Arikan (Turquia) – 29.32
3. Andy Vernon (Grã-Bretanha) – 29.35
4. Jeroen D’Hoedt (Bélgica) – 29.35
5. Hassan Chahdi (França) – 29.40
(...)
38. António Silva (Portugal) – 30.42
51. Rui Pedro Silva (Portugal) – 31.00
52. Licínio Pimentel (Portugal) – 31.03
64. Luís Pinto (Portugal) – 31.43
1. Espanha (31) ; 2. Bélgica (49) ; 3. Grã-Bretanha (60) ; 9. Portugal (205)
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Mais uma vez se provou que alguns só vão mesmo passear
O que eu sei é que, na altura da convocatória é só reclamações, e depois na hora da verdade, safa-se 1 ou 2, e normalmente os que não reclamar tanto. Ou seja uns berram os outros trabalham.
1º - O sonho de uma vida desportiva não pode ser, para um jovem atleta, ir a um Campeonato da Europa de Corta-Mato levar banhada como tem acontecido ultimamente, salvo raras exceções, aos juniores e sub-23.
2º- A culpa não é dos atletas , mas sim dos treinadores e pseudo treinadores que deviam pensar a médio/longo prazo, mas não, querem espremer o limão o mais cedo possível.
3º- A fuga à pista retira a capacidade aos tais treinadores ou pseudo treinadores de avaliarem com realismo as capacidades dos seus atletas.
Se analisarem as marcas que os primeiros atletas de cada escalão destes europeus de cross, tem em 3000,5000m e 10000m, EM PISTA, e compararem com as dos nossos jovens e menos jovens( AQUELES POUCOS QUE TEM MARCAS EM PISTA)facilmente vão entender que não é na estrada nem só no cross que se preparam estas provas.
4º- Por fim, sem ter mandato para defender a FPA, considero que se deve ser cada vez mais exigente, não sendo suficiente ficar em 4º ou 5º no Corta-Mato do Seixal, e não tendo mais nenhuma referência de marca de pista, para ser convocado para um Europeu.
Não sejamos ridículos como aqueles de um determinado desporto coletivo que ficaram satisfeitos por "só" terem perdido por 103-0.
Mas o mais "ridículo" é que são sempre estes atletas quem tanto reclama de condições quando são os mais beneficiados. Realmente o meio fundo em Portugal é um mundo à parte do resto do atletismo. Se calhar porque é o único que dá dinheiro a sério ao atleta ( e treinador)