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Investigações decorrem no âmbito da luta anti-doping.
Quénia e Jamaica constituem-se potências mundiais no atletismo e levantam dúvidas sobre o cumprimento das normas na luta contra o doping.
A WADA (World Anti-Doping Agency) é o organismo máximo na luta contra o doping e está neste momento a investigar factos que apontam que dois dos países mais medalhados no atletismo internacional dos últimos anos não estarão a cumprir com normas internacionais. Em causa a luta contra o doping, que vai punindo atletas por todo o Mundo, incluindo destes dois países, onde o maior destaque foi a suspensão, por doping, do velocista Asafa Powel.
E foi este caso, associado a uma larga desconfiança sobre os resultados da velocidade jamaicana, que fez a WADA levar a cabo uma investigação local sobre as condições existentes na luta anti-doping neste país. Há três dias foi nomeado um novo responsável da comissão jamaicana de anti-doping, Carey Brown, que receberá os investigadores e que deverá levar a cabo mudanças na estrutura. Esta visita ocorre depois de uma relação conturbada com a WADA, depois do país ter inicialmente rejeitado receber uma equipa da organização internacional.
A irritação internacional vira-se também para o Quénia, o país que mais tem dominado as Maratonas comerciais e que em grandes eventos costuma também estar no top-5 do medalheiro, à custa dos atletas fundistas. A receção da WADA, há um ano atrás, prometia progressos nas investigações , que afinal não ocorreram. ”A procrastinação tem sido frustrante”, alerta Rodney Swigelaar, representante da WADA em África. E o tom duro é claro no discuros que Swigelaar produziu junto da Associated Press: ”Nós temos sido pacientes. Nós temos sido extremamente pacientes”. Está em causa o cumprimento da palavra que este país terá dado à WADA quanto à luta a desenvolver, num dos países que recebe estágios internacionais e onde existirão desconfianças sobre o uso de doping em altitude.
Reveja o artigo de Rafael Lopes, com o título “Dá para acreditar?”
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