O fim da era de Felicien

Sexta, 25 Outubro 2013
O fim da era de Felicien

Multimedalhada em Mundiais disse adeus à modalidade.

Especialista de 100 metros barreiras, a canadiana Perdita Felicien anunciou ontem a sua retirada da modalidade. 

O Twitter foi o veículo utilizado por Perdita Felicien (33 anos) para anunciar o adeus à modalidade, depois de muitos sucessos, dificilmente alcançados por outras barreiristas. ”Para ser franca o tigre que tu precisas de ter dentro de ti, em vez de estar a rugir, começou a ronronar”, reagiu de forma animada. O legado que a atleta deixou nos 60 e 100 metros barreiras, com dois Ouros em Mundiais (Ar Livre, em 2003 e Pista Coberta, em 2004), tal como as duas Pratas (Ar Livre, em 2007 e Pista Coberta, em 2010), fazem de Perdita Felicien uma atleta da história da modalidade. A única mágoa será o menor sucesso em Jogos Olímpicos, depois de não terminar a prova em Atenas 2004 e de não ter competido em Pequim 2008, aqui por lesão. Em Londres 2012 o azar nem teve tempo de lhe bater à porta à chegada ao país de competição, dado que uma falsa-partida nos trials de acesso a deixaram fora de cena. ”Durmo bem todas as noites, sabendo que dei tudo em todos os momentos em que estive em pista e onde fiz tudo o que consegui fazer”, relata a atleta, que olha gloriosamente a sua carreira. E no Twitter foi expressiva no que sentia:”Hoje sinto-me como numa prova. Não tenho apetite, sinto um nervoso miudinho. Feliz”.

Não deixa de ser interessante que a atleta tenha corrido 148 vezes abaixo dos 13 segundos, em provas oficiais de 100 metros barreiras, quatro delas abaixo dos 12,50 segundos, numa prova onde o recorde do Mundo data ainda de 1988, por intermédio da búlgara Yordanka Donkova (12,21 segundos). Ainda assim Felicien é “só” a 26ª melhor atleta de sempre na especialidade, o que fez dela uma atleta mais de carreira, do que esforçada nas marcas.

A atleta passará agora para o lado do jornalismo, numa estação televisiva do Canadá, após ter concluido uma pós-graduação. Assim, o astro apagou-se oficialmente ontem, mas com a sua última competição a ter ocorrido em 11 de julho de 2012, quando foi quinta classificada numa prova em Toronto, na altura já “só” em 12,97 segundos, nos 100 metros barreiras.

SUSANNA KALLUR DE VOLTA, AOS 32 ANOS

Se um astro se apaga, outro reacende-se. Falamos de Susanna Kallur, a sueca que muito fez a comunidade vibrar, também nas provas com barreiras. Depois do recorde mundial que alcançou nos 60 metros barreiras, em pista coberta, em 2008 (7,68 segundos), recorde esse que se mantém ativo, a atleta foi apanhada na vaga de lesões que afetou outras lesões, todas com fratura de stress: Carolina Kluft, Jenny Kallur e Emma Agbonjer. Faria um regresso em 2010, para três provas, a última das quais o Europeu de Nações (1ª Liga), disputado em Budapeste e onde foi apenas quarta classificada.

A campeã europeia do ano de 2006, quando a prova passou por Gotemburgo, encontra-se de regresso com os olhos postos no Rio de Janeiro, quando os Jogos Olímpicos por aí passarem, no ano de 2016. Nessa altura competirá com 35 anos, caso se qualifique, não tendo sido específicos os objetivos intermédios até lá. O certo é que o astro regressou...

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