Bruxelas foi a última etapa da Liga Diamante 2013.
Está concluida a edição deste ano da Liga Diamante, onde Zuzana Hejnová e Sandra Perkovic foram as atletas mais destacadas.
A Liga Diamante voltou a ser um importante palco competitivo para os melhores atletas mundiais. Constituida por 14 meetings, a Liga Diamante voltou a colocar quase todas as disciplinas de pistas em ação, em sete meetins cada, exceção ao lançamento do martelo, que não faz parte deste conjunto de provas. A exigência da regularidade não impediu que 17 dos vencedores da Liga Diamante deste ano tenham-se também sagrado campeões mundiais em Moscovo.
As provas em Zurique (29 de agosto) e Bruxelas (6 de setembro) encerraram, a duplicar nos pontos, a Liga Diamante e consagraram os vencedores de um circuito que promete voltar em 2014, como um dos principais mastros da IAAF, organismo máximo do atletismo mundial. Cada vencedor final levou para casa a atraente quantia de 40 mil dólares, além de um prémio em diamante. A estes prémios somam-se as vitórias em meetings, onde o vencedor leva para casa 10 mil dólares em cada vitória obtida.
ZUZANA HEJNOVÁ E SANDRA PERKOVIC NÃO PERDERAM EM QUALQUER ETAPA
A checa Zuzana Hejnová e a croata Sandra Perkovic estiveram para a Liga Diamante imbatíveis, como estiveram no Mundial de atletismo, alcançando as sete vitórias possíveis. A primeira foi avassaladora nos 400 metros barreiras, melhorando os seus recordes pessoais prova a prova, colocando-se agora como a 12ª melhor atleta mundial de todos os tempos. No lançamento do disco a Perkovic até nem foi a que lançou mais longe em 2013, mas foi focada nos seus objetivos, a Liga Diamante e os Mundiais.
Próximas do objetivo de serem as melhores em todos os meetings, Abeba Aregawi (1500 metros) e Caterine Ibarguen (triplo salto), chegaram às seis vitórias de meeting, ganhando confortavelmente a luta pela Liga Diamante, que se faz pela atribuição de pontos (4-2-1) aos atletas que preenchem o pódio.
A disputa acabaria por ser mais renhida no setor masculino e aqui os atletas com mais vitórias foram Bohdan Bondarenko (salto em altura) e Ryan Whiting (lançamento do peso), ambos com 5 vitórias cada. Não houve, assim, lugar a totalistas de vitórias, num máximo de sete que eram possíveis.
LAVILLENIE E CHEMOS MANTÊM-SE COMO TOTALISTAS NA LIGA DIAMANTE
A Liga Diamante existe desde 2010 e desde aí são os Estados Unidos da América a liderarem o número de vencedores por disciplina, com 30, contra as 21 vitórias quenianas e as 10 vitórias da Jamaica. Nunca nenhum português teve a honra da vitória, até porque na maioria dos meetings os portugueses não costumam marcar presenças, fora dos objetivos pessoais, até pelos compromissos de clube.
Mas a história mostra também que há dois atletas que após este ano, há dois atletas que continuam a manter-se firmes na vitória final, ano após ano, sendo totalistas de vitórias. São os casos do francês Renaud Lavillenie (salto com vara) e da queniana Milcah Chemos (3000 metros obstáculos). Para Lavillenie a vitória final até pareceu fácil, com 22 pontos, contra os 13 pontos do grego Konstantinos Filippidis. A mesma aparente facilidade apareceu por intermédio de Chemos, que com 20 pontos, superou facilmente os 12 pontos de Lidya Chepkurui e de Sofia Assefa.
Essa regularidade nas vitórias ao longo dos anos deixou de acontecer para o queniano Paulo Koech, que nos 3000 metros obstáculos masculinos foi desta vez somente quinto classificado, cedendo a vitória ao seu compatriota Conseslus Kipruto (Quénia), que teve de suar para no último meeting do ano não perder a liderança para Hillary Yego, ainda obtendo em Zurique o terceiro lugar.
No caso dos 5000 metros femininos a hegemonia que a queniana Vivian Cheruiyot vinha imprimindo, com as vitórias em 2010, 2011 e 2012, foi sempre deixado em aberto com a opção da atleta ser mãe. Assim, foi a sua eterna rival, Meseret Defar (Etiópia) a arrecadar uma vitória final que para si lhe permite um importante encaixe financeiro.
Já se falou anteriormente de Zuzana Hejnová, que de forma brilhante arrecadou todas as vitórias nos 400 metros barreiras, não dando qualquer género de hipótese para que a jamaicana Kaliese Spencer voltasse a repetir a vitória final, que vinha a alcançar desde 2010. Os 32 pontos de Hejnová contra os 7 pontos de Spencer ditam bem as diferenças sentidas entre ambas.
OS 15 ATLETAS QUE RENOVARAM OS TÍTULOS NA LIGA DIAMANTE
Da Liga Diamante de 2012, 15 especialidades tiveram a renovação do título final, para o que aconteceu em 2013, das 32 especialidades em disputa. No setor masculino Mohammed Aman (800 metros), Javier Culson (400 metros barreiras), Aleksandr Menkov (salto em comprimento), Christian Taylor (triplo salto), Renaud Lavillenie (salto com vara), Gerd Kanter (lançamento do disco) e Vitezsla Veseluý (lançamento do dardo) foram os felizes contemplados.
O setor feminino teve as atletas Shelly-Ann Fraser-Pryce (100 metros), Amantle Montsho (400 metros), Abeba Aregawi (1500 metros), Dawn Harper-Nelson (100 metros barreiras), Milcah Chemos (3000 metros obstáculos), Silke Spiegelburg (salto com vara), Valerie Adams (lançamento do peso) e Sandra Perkovic (lançamento do disco) as vencedoras renovadas.
Destaque ainda para Shelly-Ann Fraser-Pryce, a jamaicana que à dupla vitória no Mundial de Atletismo (100 e 200 metros), somou as mesmas vitórias finais na Liga Diamante,seguindo a tendência anterior de atletas como Carmelita Jeter (vencedora das mesmas especialidades em 2011) ou de Allyson Felix (vencedora dos 200 e 400 metros em 2010). Mantém-se exclusivamente feminino este feito de dupla vitória em Liga Diamante. Se nos 100 metros Fraser-Pryce ganhou com 14 pontos de vantagem, nos 200 metros teve de se aplicar para levar de vencida Murielle Ahoure, com apenas 3 pontos de vantagem.
MEETINGS DE 2014 JÁ CALENDARIZADOS
A IAAF já tem uma lista provisória da calendarização dos meetings para o próximo ano. Assim as datas previstas são as seguintes: Doha (9 de maio), Shangai (17 de maio), Eugene (31 de maio), Roma (5 de junho), Oslo (11 de junho), Nova Iorque (14 de junho), Lausanne (3 de julho), Paris (5 de julho), Londres (11 e 12 de julho), Mónaco (18 de julho), Estocolmo (21 de agosto), Birmingham (24 de agosto), Zurique (28 de agosto) e Bruxelas (5 de setembro).
VENCEDORES MASCULINOS:
100 m – Justin Gatlin (EUA)
200 m – Warren Weir (Jamaica)
400 m – LaShawn Merritt (EUA)
800 m – Mohammed Aman (Etiópia)
1500 m – Ayanleh Souleiman (Djibouti)
5000 m – Yenew Alamirew (Etiópia)
110 m Barr. – David Oliver (EUA)
400 m Barr. – Javier Culson (Porto Rico)
3000 m Obstáculos – Conseslus Kipruto (Quénia)
Comprimento – Aleksandr Menkov (Rússia)
Triplo – Christian Taylor (EUA)
Altura – Bohdan Bondarenko (Ucrânia)
Vara – Renaud Lavilenie (França)
Peso – Ryan Whitting (EUA)
Disco – Gerd Kanter (Estónia)
Dardo – Vitezslav Veselý (Rep. Checa)
VENCEDORES FEMININOS:
100 m – Shelly-Ann Fraser-Pryce (Jamaica)
200 m – Shelly-Ann Fraser-Pryce (Jamaica)
400 m – Amantle Montsho (Botswana)
800 m – Eunice Sum (Quénia)
1500 m – Abeba Aregawi (Suécia)
5000 m – Meseret Defar (Etiópia)
100 m Barr. – Dawn Harper-Nelson (EUA)
400 m Barr. – Zuzana Hejnová (Rep. Checa)
3000 m Obstáculos – Milcah Chemos (Quénia)
Comprimento – Shara Proctor (Grã-Bretanha)
Triplo – Caterine Ibarguen (Colômbia)
Altura – Svetlana Shkolina (Rússia)
Vara – Silke Spiegelburg (Alemanha)
Peso – Valerie Adams (Nova Zelândia)
Disco – Sandra Perkovic (Croácia)
Dardo – Christina Obergfoll (Alemanha)
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