Varista português tentará agora ir à procura do prejuízo das suas varas.
Mais uma vez Edi Maia traz o azar consigo para os grandes evento. Valeu-lhes as varas de Augusto…
Este ano chegou ao recorde de Portugal, com 5.70 metros, mas Edi Maia voltou a não conseguir concretizar uma ida à final do salto com vara, o que principalmente num Mundial poderia ser complicado, embora esta teoria hoje até nem se aplicasse à prática. Desta vez a luta foi mais renhida pelas fasquias que lhe poderiam permitir sonhar com a final. Para o alcançar teria de ter conseguido chegar aos 5.55 metros, mas este foi infelizmente um cenário que não aconteceu, por pouco, dir-se-ia, mas sem sucesso, de facto. Os 5.25 e 5.40 metros foram ultrapassados ambos à segunda tentativa, mas a 5.55 metros o mesmo não se passou.
” Prejudicou muito, se calhar se tivesse cá as minhas varas teria conseguido estar na final”, disse Edi Maia sobre o misterioso desaparecimento das suas varas, que depois de terem sido apontadas a três locais diferentes na Europa, estão agora com paradeiro desconhecido. Frustrado, Edi Maia confessa que até já pensa em ”comprar outras varas novas”, um investimento que espera não ficar ao seu encargo, apontando a mira à companhia aérea onde voou, a Lufthansa. E o prejuízo pode até não ser tão grande, depois de Edi Maia ter alertado a Federação Portuguesa de Atletismo para a necessidade de fazer seguro no transporte das varas, atitude tomada nesta competição, ainda que sem cobrir a totalidade do valor das varas, indicou o saltador português.
Ficou por afastar, assim, aquilo que considera a aparente ”má imagem em relação às minhas provas internacionais”, encaradas dentro da comunidade do atletismo português. Hoje o atleta saiu muito agradecido à federação brasileira, tendo competido com as varas de Augusto de Oliveira, atleta brasileiro que competiu num grupo diferente, mas que passou à final. Os dois estiveram no final da qualificação a arrumar as varas, um ato que permitiu que a participação portuguesa em Moscovo não fosse ainda mais reduzida.
Com o resultado de hoje, Edi Maia fechou o Mundial no 21º lugar, melhor que a sua não classificação há dois anos, em Daegu. Mas hoje foi dia de azar para vários candidatos à final, como o caso do brasileiro Thiago Silva, que também se ficou pelos 5.40 metros ou do italiano Giuseppe Gibilisco, que acabou sem qualquer salto válido, à imagem de outros seis atletas nesta qualificação.
RESULTADOS (Salto com Vara Masc. – Qualificação):
1. Renaud Lavillenie (França) – 5.65
2. Jan Kudlicka (Rep. Checa) – 5.65
3. Malte Mohr (Alemanha) – 5.55
3. Konstandínos Filippídis (Grécia) – 5.55
3. Brad Walker (EUA) – 5.55
(…)
21. Edi Maia (Portugal) – 5.40
Enviados Especiais : Edgar Barreira (texto) e Filipe Oliveira (foto)
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