Reunião da IAAF trouxe mais novidades à modalidade.
Realizou-se nos últimos dias as reuniões da IAAF, que trouxeram uma novidade forte na luta contra o doping: a passagem da pena de 2 para 4 anos de suspensão.
É já um hábito tradicional em todas as edições do Mundial de Atletismo. Antes da sua realização a IAAF junta presidentes das várias federações nacionais (estiveram 208 das 212 federações em Moscovo), para discutirem-se os principais planos da modalidades para os anos seguintes. Este ano o assunto forte foi a luta contra o doping, num momento em que a modalidade registou alguns casos sonantes. A mudança de 2 para 4 anos de suspensão para os habituais casos de doping é a principal decisão da IAAF, que se considerou pioneira na luta contra o doping: ”A IAAF tem sido historicamente a principal modalidade na luta contra o doping. A IAAF começou a sua luta contra o doping, fora da competição, em 1989 e com testes sanguíneos em 2001”.
Outra das decisões mais importantes foi tomada em relação aos Mundiais de 2015, onde o conceito de qualificação para o evento muda radicalmente. A IAAF apenas quer ter 2000 atletas a participar no evento dentro de dois anos e para isso a estratégia está traçada. Haverá um único mínimo, eliminando-se o conceito de mínimo A e mínimo B, prevendo-se que 75% das vagas sejam preenchidas desse modo. As restantes vagas serão preenchidas tendo em conta os rankings mundiais.
A inclusão da prova de 8x100 metros nos Jogos Olímpicos da Juventude é outro dos desenvolvimentos, onde a IAAF pretende a presença não só dos velocistas, mas também de atletas de outras especialidades. Ainda sobre estafetas, mas ao nível sénior, a IAAF passará também a considerar o recorde do Mundo de 4x1500 metros, um recorde que será considerado a partir das primeiras marcas obtidas em 2015.
A reunião terminaria com um jantar oferecido pela presidência da IAAF junto ao Kremlin, onde o seu presidente, Lamine Diack, anunciou pormenores sobre a reestruturação da organização máxima do atletismo mundial, principalmente na sua promoção junto da comunidade juvenil.
NOVA LEI RUSSA EM RELAÇÃO À HOMOSEXUALIDADE NÃO PREOCUPA DIACK
Uma das mais recentes polémicas apanha este Mundial como uma forma de Jacques Rogge, presidente do Comité Olímpico Internacional, questionar como será implementada ao nível dos eventos desportivos, principalmente tendo em conta que a cidade de Sochi irá em 2014 acolher os Jogos Olímpicos de Inverno. Este foi um assunto debatido durante uma conferência de imprensa onde estiveram Rogge e Diack. Para Lamine Diack esta questão não é preocupante: ”A Rússia tem as suas próprias leis. Cada atleta tem a sua vida privada”, disse Diack, minimizando a lei assinada em Junho por Vladimir Putin, presidente russo.
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