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Só faltarão dois campeões em relação a Daegu.
Começamos a pré-análise do Mundial deste ano com as provas de velocidade, com e sem barreiras. Com Usain Bolt a poder ser de novo o rei da velocidade, há duvidas sobre o novo sucesso da equipa da Jamaica.
Os períodos mais recentes não trouxeram novidades positivas à velocidade internacional. Depois de confirmada a ausência do jamaicano Yohan Blake, a Jamaica viu-se reduzida na sua possibilidade de grandes resultados, depois de Asafa Powell ter acusado positivo num caso de doping, tal como Nesta Carter. Este é o motivo pelo qual o sucesso da equipa da Jamaica no setor da velocidade parece ameaçado, apesar de os Estados Unidos da América também terem assistido ao fim da época, por doping, para Tyson Gay, o principal velocista da atualidade, a par de Justin Gatlin, que também no passado já foi acusado de doping, mas que está a fazer uma época bem conseguida. Usain Bolt parece continuar sem receios desta luta anti-doping e brincou com a situação recentemente, considerando que não terá problemas que o seu sangue seja congelado durante 50 anos...
USAIN BOLT VAI CORRER NA BUSCA DA LENDA...AO NÍVEL DOS ASTROS DO DESPORTO MUNDIAL
Nada que eventualmente incomode em demasia Usain Bolt (Jamaica), que promete novamente reinar, tanto nos 100 metros, como nos 200 metros, depois da falsa partida no Mundial de há dois anos, quatro anos depois de ter feito a tripla de vitórias, em Berlim. Aliás, nenhum dos atletas de pódio dos 100 metros, em 2011, marcará presença em Moscovo. Cada vez mais em risco parece estar o recorde europeu de Francis Obikwelu, já que tanto o britânico James Dasaolu (9,91), como o francês Jimmy Vicaut (9,95) parecem lançados para um objetivo desse calibre.
Também o francês Christophe Lemaitre pode surpreender a esse nível, ele que parte com o estatuto de medalhado de bronze, na prova de 200 metros. E nessa prova tanto Usain Bolt, como Wallace Spearmon (EUA) poderão igualar o mítico Frankie Fredericks como os mais medalhados de sempre na especialidade.
Já nos 400 metros a luta parece estar entre o líder do ano, Kirani James e LaShawn Merritt, o primeiro a defender o estatuto de campeão mundial, o segundo a tentar voltar ao Ouro, depois da Prata de 2011 e do Ouro de 2009. Mais experiente Merritt joga ainda na tentativa de igualar o número de medalhas do multi-medalhado Michael Johnson. Os irmãos belgas Borlée marcarão também presença, onde Kevin será o natural candidato à medalha, depois do Bronze de 2011, num evento onde Chris Brown (Bahamas) participará pela sétima vez.
Sem presenças de peso, como Liu Xiang ou Dayron Robles, a prova dos 110 metros barreiras promete lutas em aberto, apesar da presença dos dois últimos campeões mundiais: os norte-americanos Ryan Brathwaite (2009), Jason Richardson (2011). São cinco os atletas separados no ranking do ano por menos de dez centésimos, todos eles presentes em Moscovo: David Oliver (13,03), Hansle Parchment (13,05), Orlando Ortega (13,08), Ryan Wilson (13,08) e Aries Merritt (13,09).
Nos 400 metros barreiras há fatores a medir, entre o azar e o brilhantismo de alguns, como recentemente provou a vitória nos Jogos Olímpicos de Félix Sánchez (Rep. Dominicana). E este é mesmo um dos ícones da especialidade que se pode isolar na frente dos mais medalhados de sempre, naquela que será a oitava participação consecutiva em Mundiais. Mas Sánchez está longe dos melhores do ano, numa lista liderada pelo norte-americano Michael Tinsley, o único abaixo dos 48 segundos. A equipa norte-americana conta ainda com Kerron Clement, o terceiro do ano, com o histórico recente de dois títulos mundiais, obtidos em 2007 e 2009. E além de tudo isto todo o pódio de Daegu estará presente, com David Greene (atual campeão), Javier Culson e J. Van Zyl, nomes a ter em conta.
AMANTLE MONTSHO PARECE SER A CAMPEÃ DE 2011 MAIS SEGURA EM 2013
Uma das principais baixas nos 100 metros é Veronica Campbell-Brown, mais uma das que sofreu na pele a intensa luta anti-doping, uma baixa que se amplia também aos 200 metros. Não deixarão de estar presentes na prova mais rápida as anteriores campeãs mundiais, a jamaicana Shelly-Ann Fraser-Pryce (2009) e a norte-americana Carmelita Jeter (2011). Para Jeter pode ser o igualar do número de medalhas da duradoura Marlene Ottey. Apesar de tudo o favoritivismo é de Fraser-Pryce, que já correu nesta temporada em 10,77 segundos, sem que se possa esquecer de Blessing Okagbare (Nigéria) ou de Kelly-Ann Baptiste (Trinidad), esta última medalha de Bronze em Daegu.
E Fraser-Pryce pode muito bem entrar nas contas dos 200 metros, já que também lidera este ranking anual, numa especialidade que tem tido uma forte resposta norte-americana, com a presença de Allyson Felix, campeã em 2007 e 2009, este ano apagada na especialidade. Do lado norte-americano a mais forte do ano é Tiffany Townsend, mas estará ausente. E neste panorama a Jamaica, que no historial do evento está a 23.5 pontos dos EUA, pode muito bem pensar na aproximação, apesar de participar com menos uma atleta.
Curiosamente a prova dos 400 metros parece estar mais livre de uma luta direta entre EUA e Jamaica, já que na liderança mundial está Amantle Montsho (Botswana), campeã em 2011 e que este já correu por quatro ocasiões abaixo dos 50 segundos. Os 50 segundos certos foram este ano já alcançados por Christine Ohuruogu (Grã-Bretanha), campeã na distância em 2007. Também afetada pelos casos de doping, a seleção russa só comparecerá com duas atletas, ambas no top-3 mundial do ano: Antonina Krivoshapka e Kseniya Ryzhova.
Este ano parece muito menos consistente a australiana Sally Pearson, a atual campeã mundial dos 100 metros barreiras, este ano apenas décima atleta mundial do ano. A prova arrisca ter um pódio totalmente norte-americano, tal o domínio já imposto em meetings por intermédio de Brianna Rollins (12,26), Queen Harrison (12,43) e Nia Ali (12,48), que voltaram a deixar a controversa Lolo Jones em casa. A estas soma-se a presença de Dawn Harper (12,53), a medalha de Bronze em Daegu, há dois anos.
Quem parece imparável e que promete trazer um importante Ouro para o continente europeu, é a checa Zuzana Hejnová, que este ano tem batido várias vezes o seu melhor de sempre, até aqui fixado em 53,07 segundos. Este poderio deixa pouco espaço de manobra à atual campeã dos 400 metros barreiras, a norte-americana Lashinda Demus, que volta a marcar presença. Mas duas norte-americanas de 23 anos prometem ser as referências, por se terem fixado no top-5 do ano: Kori Carter (53,21) e Georganne Moline (53,72). E entre esta luta, outra europeia parece bem posicionada para as medalhas, a britânica Perri Shakes-Drayton (53,67).
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![[MOS13] Como será a velocidade no pós-doping?](/images/arquivo/2009/eventos/berlim2009/amantle_montsho.jpg)
"Sem presenças de peso, como Liu Xiang ou Dayron Robles, a prova dos 110 metros barreiras"
O recordista do mundo vai estar presente nessa prova!!!!