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Subida de divisão é provável, mas difícil de segurar...
Após a análise da lista de inscritos, todas as previsões apontam para uma subida dos três países que desceram há um ano Superliga, mas Portugal não se poderá distrair. (com previsão incluida)
O Europeu de Nações irá disputar-se neste fim-de-semana, distribuído em quatro divisões que enquadram a maioria dos países europeus. A Superliga, divisão de onde Portugal desceu no ano de 2011, será realizada na cidade britânica de Gateshead, onde os 12 equipas disputarão um evento que tem estado sob domínio russo e alemão. Na 1ª Liga estará Portugal, que disputará o evento com outras 11 equipas em Dublin (Irlanda), no Estádio de Morton. A 2ª Liga será realizada com oito equipas em Kaunas (Lituânia) e a 3ª Liga terá disputa em Banská Bystrica (Eslováquia), com as restantes equipas europeias. O evento tem-se disputado desde 2009, tendo sido interrompido em 2012 no ano em que se realizou o Europeu de Ar Livre e os Jogos Olímpicos.
SUÉCIA, REPÚBLICA CHECA E PORTUGAL PODERÃO VOLTAR À SUPERLIGA
O sistema de subidas e descidas entre divisões parece apontar o regresso das mesmas três equipas que há dois anos desceram da Superliga, quando a prova se disputou em Estocolmo. A previsão foi feita pelo Atleta-Digital, embora uma competição por equipas possa trazer alguns imprevistos, nomeadamente com a disputa de quatro provas de estafeta (4x100 e 4x400 metros nos dois géneros). E se os dois primeiros lugares parecem assegurados para República Checa e Suécia, já Portugal tem o seu terceiro lugar preso por quatro pontos de vantagem sobre a Holanda, oito pontos sobre a Irlanda e nove pontos sobre a Roménia. Esta é, para já, apenas uma previsão com base num modelo desenvolvido pelo Atleta-Digital, que não pondera azares. Este ano são os atletas masculinos a darem o maior contributo à seleção nacional, ao contrário do que anteriormente foi hábito, fruto de algumas ausências e também da presença de equipas femininas fortes: Roménia, Suécia e Rep. Checa. No setor masculino a equipa mais forte será a da República Checa, seguida da equipa portuguesa e da Suécia.
Para os lugares de descida estão os seguintes países: Estónia, Finlândia, Bulgária e Hungria. Estónia e Bulgária foram os países que subiram da 2ª Liga em 2011 e que, assim, correm o risco de regressar à divisão inferior. Este sobe-e-desce também poderá ocorrer muito provavelmente ao nível da Superliga, onde as três equipas que vieram da 1ª Liga (Grécia, Turquia e Noruega) estão em risco de descer, pelas previsões realizadas pelo Athletics Weekly. No topo a vitória na Superliga promete ser renhida, entre Alemanha e Rússia, com a França à espreita.
MAIS DE METADE DOS PAÍSES COM ELEVADAS PROBABILIDADES DE VITÓRIA INIDIVUAL
A competição da 1ª Liga terá a presença de muitos atletas de referência e que estarão a preparar o Mundial deste ano para posições cimeiras. São dez os atletas com 90% de probabilidade de vitória, dentro da previsão realizada pelo Atleta-Digital, representando sete países diferentes, onde Portugal não tem qualquer atleta. O belga Jonathan Borlée (200 metros), os estónios Tiidrek Nurme (3000 metros) e Gerd Kanter (lançamento do disco), o romeno Mihai Donisan (salto em altura), os checo Jan Kudlicka (salto com vara) e Vítezslav Veselý (lançamento do dardo), os húngaros Krisztiá Pars e Éva Orbán (ambos no lançamento do martelo), a búlgara Ivet Lalova (100 metros) e a sueca Emma Green (salto em altura) são os atletas que constam na lista dos que têm maiores probabilidades de vitória individual.
Portugal não apresenta qualquer atleta dentro dessa lista dos 90% de probabilidade, mas apresenta fortes possibilidades de vitória em cinco especialidades, principalmente no setor feminino. Dulce Félix, campeã europeia de 10 mil metros, apresenta-se como forte candidata aos 12 pontos na prova de 5 mil metros, num momento em que se prepara para o Mundial de Ar Livre na distância de 10 mil metros. Susana Costa tem iguais probabilidades de vitória, mas na prova de triplo salto, apesar de como candidata à vitória ter a seu lado a romena Cristina Bujin, a única que, além da portuguesa, tem um recorde pessoal acima dos 14 metros, embora com menor marca até agora, nesta época. No lançamento do disco é Irina Rodrigues a candidata mais forte à vitória final, apesar de se esperar uma luta muito aproximada com Jitka Kubelová (Rep. Checa), Sofia Larsson (Suécia) e ainda Nicoleta Grasu (Roménia). Provando que está em destaque, também Hélio Gomes parece ser um dos mais fortes candidatos à vitória nos 1500 metros embora, neste caso, se deva jogar com o fator tático que esta distância costuma ter, mas onde Hélio Gomes não se tem mostrado com dificuldades. O jovem belga Pieter-Jan Hannes é a maior das ameaças, já tendo corrido este ano em 3.35,97 minutos, mas a experiência tática coloca a prova do lado do português. Alberto Paulo é também o forte candidato à vitória nos 3000 metros obstáculos, apesar de não ser o que tem a melhor marca de 2013 entre os presentes, destaque que pertence ao jovem búlgaro Mitko Tsenov, embora seja o português o que tem melhor recorde pessoal, marca que terá de se aproximar se quiser marcar presença no Mundial deste ano.
Entre os restantes, que poderão aspirar mais facilmente aos 12 pontos, embora menos favoritos, estão ainda o varista Edi Maia, que dificilmente chegará ao checo Jan Kudlicka, o saltador Nelson Évora, que enfrentará o romeno Marian Oprea no domingo, não se sabendo se não terá mesmo de estar no sábado na prova de salto em comprimento e Marco Fortes, que apresenta a terceira marca entre os presentes no lançamento do peso. No setor feminino esta proximidade às pontuações mais altas é provável para Jéssica Augusto, nos 3000 metros, uma distância na qual é uma incógnita qual o seu momento de preparação, embora esteja presente com o estatuto de capitã de equipa.
PREVISÃO PARA A I LIGA (Dublin) - por Edgar Barreira
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