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Desfeitas últimas dúvidas para Dublin.
Hoje realizou-se o meeting de Leiria, prova organizada pela Juventude Vidigalense e que trouxe resultados interessantes, principalmente de atletas cujo destaque era menos provável.
O meeting de Leiria realizou-se hoje no Estádio Dr. Magalhães Pessoal, palco que acolherá o Campeonato de Portugal este ano. Esta era a última prova de observação para escolha dos atletas que representarão Portugal no próximo Campeonato Europeu de Nações e, desse ponto de vista, algumas dúvidas terão ficado desfeitas.
E um dos destaques da competição foi o resultado de João Ferreira, atleta que com 47,47 segundos venceu e não devendo ser o representante português nos 400 metros planos, será um elemento crucial na estafeta portuguesa de 4x400 metros. Quem não estaria nas contas iniciais de João Abrantes e que hoje saiu de Leiria com o segundo lugar, foi Pedro Fontes, ao terminar em 48,23 segundos. Na luta particular entre Ricardo Lima e Jorge Paula, mais um argumento ficou dado, com Lima a ser melhor e a ser o natural candidato à vaga nos 400 metros barreiras. Estes quatro primeiros classificados, serão naturais candidatos à equipa de 4x400 metros em Dublin.
Uma das provas mais interessantes da tarde ocorreu no lançamento do dardo, numa disputa renhida entre Tiago Aperta e Luís Almeida, depois de Almeida ter derrotado Aperta no Nacional de Clubes. Desta vez Tiago Aperta impôs-se e venceu em 74.13 metros, já a menos de dois metros do recorde nacional, depois de uma forte réplica de Luís Almeida, que hoje finalizou com 72.42 metros.
A Organização também tinha adiantado que a prova dos 1500 metros seria lançada para ritmos rápidos, com a lebre de serviço a ser Wilson Conniot. E a verdade é que o ritmo foi rápido e permitiu ao junior Guilherme Pinto chegar a um excelente registo pessoal de 3.47,94 minutos, marca que o coloca bem dentro do Europeu de Juniores e que no caso de hoje levou a que ganhasse mais de cinco segundos a Emanuel Rolim, segundo classificado. Os mínimos para o Europeu de Juniores aconteceram também para Miguel Borges, segundo classificado nos 3000 metros obstáculos, com 9.05,60 minutos, a menos de três segundos do vencedor Daniel Gregório (9.02,69).
Nos 100 metros masculinos também se testava a velocidade dos melhores portugueses, alguns ainda ausentes, ficando a dúvida se Carlos Nascimento ainda será opção para Dublin. A vitória pertenceu a Ancuiam Lopes, com 10,62 segundos, tendo estado melhor nas eliminatórias. Dos atletas a lutar por um lugar na estafeta de 4x100 metros, Diogo Antunes (10,70), Arnaldo Abrantes (10,74) e Pedro Bernardo (10,75) voltaram a estar nos principais lugares. Do lado feminino também a observação estava em jogo, mas com a ausência de Carla Tavares e de Sónia Tavares. Restou para Tânia Duarte uma vitória em 12,04 segundos, também mais rápida na eliminatória, onde correu em 11,99 segundos, segundo clara peça à estafeta de 4x100 metros em Dublin. Susana Santos (12,08) foi segunda classificada e Rute Limpo (12,18) foi terceira, tendo a oportunidade de se redimir da falsa partida que a afastou da corrida no Nacional de Clubes.
Nas provas femininas há a destacar a prova de salto em altura, onde novamente Marisa Anselmo se mostrou estável acima de 1.70, terminando com 1.72 metros, mas onde o destaque foi Cláudia Rodrigues, que igualou a mesma marca e mostrou-se em forma para a presença na Taça da Europa de Provas Combinadas, no final do mês. Também nos saltos, Teresa Carvalho parece ter mesmo agarrado o lugar para estar presente em Dublin, depois de Naide Gomes estar fora da corrida para a seleção que representará Portugal no Europeu de Nações. A jovem atleta chegou aos 6.17 metros, num concurso onde esteve por três vezes acima dos 6 metros, batendo Shaina Mags (6.02 metros).
Imponentes e avassaladoras, Irina Rodrigues (55.87 metros no lançamento do disco) e Vânia Silva (62.07 metros no lançamento do martelo) estiveram com registos dentro do que poderão fazer no Europeu de Nações, ainda que longe dos seus recordes pessoais. Eva Vital também cumpriu nos 100 metros barreiras, ao correr em 13,69 segundos.
A prova de 400 metros femininas também trazia a disputa por um lugar na estafeta de 4x400 metros no Europeu das Nações e das atletas presentes foi Carolina Duarte a mais rápida, com 55,04 segundos, sem chegar ao registo da junior Cátia Azevedo, que terá optado por descansar neste fim-de-semana, já com os olhos em Dublin. Joceline Monteiro (55,33), Dorothé Évora (55,39) e Filipa Martins (56,03) foram as atletas que se seguiram. Tal como na prova masculina, estiveram em ação as principais candidatas ao lugar dos 400 metros barreiras, caso Vera Barbosa não recupere a tempo. A jovem Andreia Crespo (56,78) foi hoje mais rápida que Nádia Gaspar (57,72).
Este foi o ano do regresso do Meeting de Leiria, depois de em 2012 este não se ter disputado por falta de verbas. Ainda assim esta foi uma versão de baixo custo de um meeting que acabou valorizado pela presença de alguns dos principais atletas a atuar regularmente em Portugal, com vista à luta pelos lugares em aberto para o Europeu de Nações.
RESULTADOS (Meeting de Leiria):
Masculinos:
100 – Ancuiam Lopes (SL Benfica) – 10,62 (10,54 nas eliminatórias)
400 – João Ferreira (Individual) – 47,47
1500 – Guilherme Pinto (Sporting CP) – 3.47,94
3000 m Obstáculos – Daniel Gregório (Sporting CP) – 9.02,69
110 m Barr. – João Fontela (Sporting CP) – 14,84
Altura - Roman Guliy (Sporting CP) – 2.06
Vara – Edi Maia (Sporting CP) – 5.30
Comprimento – Gaspar Araújo (Sporting CP) – 7.04
Triplo – Ricardo Jaquité (Sporting CP) – 15.43
Dardo – Tiago Aperta (SL Benfica) – 74.13
Martelo – Pedro Capela (CA Baixa da Banheira) – 57.41
Femininos:
100 – Tânia Duarte (SL Benfica) – 12,04 (11,99 nas eliminatórias)
400 – Carolina Duarte (Sporting CP) – 55,04
100 m Barr. – Eva Vital (SL Benfica) – 13,69
3000 m Obstáculos – Bárbara Ferreira (Juv. Vidigalense) – 11.13,29
Altura – Marisa Anselmo (Sporting CP) – 1.72
Comprimento – Teresa Carvalho (SL Benfica) – 6.17
Disco – Irina Rodrigues (Sporting CP) – 55,87
Martelo - Vânia Silva (Sporting CP) – 62.07
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6,18 com vento contrário servem de estímulo para uma marca além dos 6,30. Se atendermos a que é junior de 1º ano mais promete ainda.
Muito interessante o desempenho de Luis Neves nos 400 metros, grande prova de Guilherme Pinto, assim como dos dois juniores nos obstáculos, ah, também é de mencionar o dardo masculino.
Fico é estupefacto com um atleta que poderia fazer marcas na casa dos 48 segundos nos 400 metros barreiras e mais parece andar a hipotecar a sua carreira: João Ferreira.
Se o meu comentário for injusto por motivos que eu desconheça, as minhas desculpas desde já.
Saudações atléticas
Saudações atléticas
O João já mostrou no passado recente ser capaz de nos surpreender nos momentos menos esperados, por isso vamos "pagar", e esperar para ver, pois eu acredito que aos poucos, e ao fim de um ano de muitos azares e problemas como sei que teve, ele vai voltar a fazer grandes marcas, não esquecendo que só a 2 anos se especializou nessa área dos 400mbarr e só este ano está a treinar com um treinador especializado também.
Por isso como se diz no Poker estou em All-in para com ele
Saudações atléticas
Os 400m foram bons para nós, mas a verdade é que portugal continua muito fraco nesta área! Em Huelva a nossa vizinha espanhã teve 5 na casa dos 46 segundos! O João é sem dúvida um exelente atleta mas também não percebo o porque de fazer 100m, 200m e 400m e não correr a prova para qual apostou forte, ainda por cima está este ano a treinar com um grande especialista. Secalhar está mesmo a "guardar-se" e abrir logo com 48 segundos!! Seria espectacular!! Vamos aguardar.
Observador, este é o 4 ano de 400m barreiras do João, pois já em 2010 fez 50.21s que é a sua 3 melhor marca!
Ao que sei o João tem problemas de alergias, (apesar de já ter sido operado) o que o faz sofrer muito nesta altura, pode ser essa a razão para ainda só ter feito distancias mais curtas, para ir preparando a sua velocidade, e só ontem ter começado a fazer 400m.
Quando ao joao não sabia que nesse ano ele não treinava para as barreiras. Como foi ao Europeu nesse ano e tem a sua 3 marca desse ano, estranhei...mas assim também acho estranho ele ter feito 50.20 e tal em 2010 sem treinar, e neste momento e já especialista só ter duas melhores marcas que essa. Mas assim estou confiante que com este novo treinador poderá rapidamente bater o record nacional! Carlos silva, Maria Carmo, Pedro Rodrigues, Sergio Duro, todos passaram por ele.
Quanto ao acidente nunca ouvi falar nada disso...ano passado vi que correu desde maio até agosto, nos clubes, no europeu, em meetings e nos campeonatos de portugal, logo se tivesse lesão grave não teria corrido...mas se por isso que correu pior, este ano estará certamente de volta. Vai ser bom para Portugal ver Lima, Paula e Ferreira todos na luta.
Ainda bem que entenderam as minhas palavras muito mais no sentido de alentar o João Ferreira do que criticar o atleta.
Se há algo que nos toca quando apreciamos um atleta é vê-lo de alguma forma sub- dimensionado.
João Ferreira, na minha modesta opinião, podia ser um corredor de 400 m barreiras de grande classe europeia, quiçá mundial mesmo.
Assim como Carlos Calado podia ter sido campeão da Europa nas calmas e ter ido além de 8,50 no comprimento.
Assim como Álvaro Silva podia ter sido um oitocentista de classe mundial, mas teve que dar prioridade à sua vida de não atleta por falta de condições.
Força João Ferreira!
Saudações atléticas
Ele nesse 1º ano estava a treinar para 200m e 400m,mas a pedido do ScP começou a fazer 400m barr mas sem treino especifico.
Ou seja o João só no ano em que fez os 49.63 é que foi o ano em que treinou a serio e bem para os 400mbarr, pois o ano passado mal treinou. Vamos ver, o que vai sair este ano, eu sou um espectador e Fã atento do João e acredito muito nele.
Penso que não era necessário justificares publicamente os maus resultados nessas épocas, até porque fica mal...seja lesão, seja vento...etc. De qualquer maneira espero que melhores desses problemas todos e que regresses rapidamente à forma que desejas.
Amigo, ele em Helsínquia correu aleijado para sua informação, já em Marselha, ao que ele disse, estava muito vento e embateu na 5º barreira com muita força e não deu para continuar.