Benfica e Sporting limitam orçamentos

Terça, 11 Junho 2013
Benfica e Sporting limitam orçamentos

Época de 2013/2014 promete orçamentos mais baixos.

A contração financeira do país, que chegou aos clubes, afetará mais uma vez o atletismo, principalmente no atletismo leonino. 

Disputado que está o Nacional de Clubes e com os compromissos coletivos dos clubes esgotados, a nova temporada está já à vista para os responsáveis dos principais clubes portugueses, principalmente Sporting e Benfica, que se classificaram nos dois primeiros lugares da competição de pista. Esta será a altura do planeamento de algumas das contratações a apresentar em setembro, mas o mercado para os dois maiores clubes portugueses não parece ser nem em quantidade, nem em quantias elevadas, que pode até levar a baixas salariais, uma hipótese ainda por confirmar.

O caso mais complicado parece ser mesmo o do Sporting, campeão nacional no setor feminino e vice-campeão no setor masculino. Com uma forte contração orçamenta imposta pela Direção às modalidades, o atletismo do Sporting poderá ter um dos anos mais baixos dos tempos mais recentes, apesar de ser a modalidade que mais contribuiu até aos dias de hoje pelo clube. ”Já temos algumas ideias em relação à próxima época, que vai ser de dificuldades”, referiu Abreu Matos, atual responsável técnico da secção, que pode até não conseguir manter a organização da corrida, que tem colocados alguns milhares de participantes a correr.”Espero que em próximos anos seja possível reatar um orçamento melhor”, diz Abreu Matos esperançado, mas avisando que a próxima época será mesmo feita ”de alguns ajustamentos”. Descansando os atletas que compõem as fileiras da equipa, o técnico leonino mantém, ainda assim, firme o objetivo de ”manter o atletismo do Sporting com a máxima dignidade e não fugir muito do que fizemos este ano”. Uma das soluções avançadas é prescindir de alguma profundidade, mantendo os principais atletas da equipa e lutar pelos objetivos da pista coberta, pista ao ar livre e também no corta-mato, versão curta. O clube vive ainda uma fase complicada ao nível da marca desportiva, a Asics, que deixou de apoiar as modalidades do clube.

Mais otimista está Ana Oliveira, responsável da secção de atletismo benfiquista, ainda assim considerando também mudanças para a próxima época. ”Penso que esta cojuntura fará alterações e todos seremos obrigados a alterar”, considerou Ana Oliveira que assumiu cortes na próxima época: ”o Benfica também tem um plano de contensão, mas sempre cumprindo junto dos seus atletas”. A responsável benfiquista realçou que os investimentos que têm sido realizados nas camadas jovens têm permitido aumentar a profundidade das equipas séniores, o que deverá permitir manter as ambições e continuar a desenvolver os atletas em ascensão.

A situação económica tem levado a medidas extraordinárias por parte da Federação Portuguesa de Atletismo, que há duas épocas que leva a cabo a disputa do apuramento para a final do Nacional de Clubes em cinco locais, em vez dos habituais três, incluindo uma só destinada aos clubes da Madeira, região que também passa por uma grave crise de financiamento aos clubes. Mas esta federação vive também dias difíceis, com fortes cortes em relação às verbas transferidas do Estado português, que pode provocar um ano crítico para a modalidade, que tem sobrevivido durante esta época, mas com fortes restrições. O circuito de meetings não ocorreu e um dos mais importantes meetings portugueses, em Lisboa, não terá edição este ano.

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