Rússia continua a sua luta contra o doping.
Os casos somam-se na Rússia, em época onde o Mundial terá lugar em Moscovo. Desta vez foram as medalhadas Darya Pishchalnikova e Yelena Arzhakova a ficarem suspensas.
O drama do doping está rapidamente a afetar o atletismo russo, que há muito é uma potência mundial. Ao acolher grandes competições mundiais nos próximos anos, a Rússia aumentou também o seu esforço na luta contra o doping e os casos têm-se somado uns aos outros. O caso da lançadora Darya Pishchalnikova torna-se mesmo dramático, com a federação russa a suspendê-la por dez anos, ela que reincidiu, depois de ter sido suspensa nos de 2008 a 2011. Desta vez a suspensão deveu-se a um esteróide anabolizante (oxandrolona) e terá efeitos desde 20 de maio de 2012. Assim a discóbola fica sem a medalha de Prata alcançada nos Jogos Olímpicos de 2012, subindo a chines Yanfeng para segundo lugar e a cubana Yarelis Barrios para o lugar de Bronze. No historial da russa a medalha de Prata no Mundial de 2007, em Osaka, tinha sido retirada por um caso de doping, permanecendo ainda intacta a medalha de Ouro no Europeu, alcançada em 2006.
Mais jovem, com 23 anos, a também russa Yelena Arzhakova viu todos os seus resultados desde 12 de julho de 2011 anulados, significando a perda do título europeu de 800 metros obtido em Helsínquia no ano passado, além dos títulos europeu alcançados em 800 e 1500 metros em 2011, mas como sub-23. Dessa forma a jovem britânica Lynsey Sharp sobe ao Ouro de Helsínquia, enquanto a russa Irina Maracheva e a bielorrussa Marina Arzamasova subiram um lugar nas medalhas, respetivamente Prata e Bronze. A britânica Sharp ficou também a ganhar em Sub-23, onde passou para Prata no Europeu de 2011, numa prova onde quem beneficiou foi a Turquia, com a subida de Merve Aydin (800 metros) e de Tugba Karakaya (1500 metros) ao lugar cimeiro. Arzhakova foi mais um caso detetado a partir da análise do passaporte biológico, que está a fazer várias “vítimas” em todo o Mundo.
Entrevistado pela Reuters na semana passada, Valentin Balakhnichyov, responsável na federação russa, alertou para a possibilidade de virem a ser conhecidos mais casos : ”Nós fazemos mais testes anti-doping que qualquer outro país. Alguns países apenas fazer 500 testes por ano. Nós fizemos 3500 testes no ano passado e este ano planeamos fazer mais de 4000 testes dentro e fora de competição. Por isso não fiquem surpreendidos se ouvirem falar de mais suspensões nos próximos tempos...”.
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