O treinador assume pontualmente o cargo de Selecionador.
Com a entrada da nova Direção, certas foram as mudanças ao nível do cargo de Selecionador Nacional. Na primeira seleção pós-eleições é João Abrantes é o primeiro selecionador de 2013...
Durante a campanha eleitoral, Jorge Vieira assumia desde logo uma certeza, a mudança na organização da Direção-Técnica Nacional e do cargo de Selecionador Nacional. Percebia-se, desde início, que o objetivo não era só retirar José Barros, anterior selecionador, do cargo, mas também reorganizar o cargo.
A primeira resposta foi dada com a nomeação de João Abrantes para a seleção da equipa portuguesa que no início de Março irá competir em Gotemburgo (Suécia), durante o Europeu de pista coberta. ” O que me explicaram é que ao contrário do que acontecia antigamente deixaram de haver os cargos de DTN e Selecionador Nacional. Relativamente às funções de selecionador nacional elas vão sendo distribuidas pelos Técnicos Nacionais, conforme as situações”, explicou João Abrantes ao Atleta-Digital, após no passado fim-de-semana ter observado atentamente as prestações nacionais no Campeonato de Portugal. Com a saída de João Ribeiro, João Abrantes acumulou o cargo de Técnico Nacional de Barreiras, ele que hoje é o treinador dos dois principais barreiristas nacionais : Rasul Dabó e João Almeida. Também no meio-fundo Pedro Rocha substitui Sameiro Araújo dentro da DTN.
”Quando forem competições mais abrangentes em princípio escolhe-se um técnico para ser o responsável”, explicou João Abrantes, que foi o primeiro dos treinadores nacionais a subir a este cargo pontual. A sua missão é, contudo, limitada aos mínimos que foram definidos para a competição que, ao contrário de outros anos, deverão impedir a convocatória de atletas que estejam perto do mínimo, mas que ainda não o possuam.
SELEÇÃO PODE AINDA SUBIR ACIMA DAS 10 PARTICIPAÇÕES
Esperançado em mais mínimos obtidos, João Abrantes espera que pelo menos mais dois ou três atletas venham a consegui-lo, pela proximidade que alguns demonstraram. ” Tenho muita esperança na Eva Vital, porque acho que era muito importante ela, neste ano que está a relançar a carreira. As marcas que ela obteve são muito boas”, considerou João Abrantes, esperançado nos dois eventos que ainda terá até ao próximo domingo. O mesmo sentimento foi referido relativamente a Susana Costa e a Diogo Ferreira :”ele já mostrou ter hipóteses de conseguir os 5.50 metros”.
A velocidade masculina pode também dar o seu sinal, depois de Diogo Antunes ter demonstrado um momento de forma que convenceu João Abrantes :”O Yazaldes Nascimento e o Carlos Nascimento têm na quinta-feira e no meeting de Pombal duas derradeiras oportunidades. E ainda o Ricardo Monteiro e que também vai correr as próximas duas provas”. O treinador de Carlos Nascimento admitiu ainda não saber se o jovem velocista competirá em Lisboa, sendo certa a sua presença em Pombal. Salomé Rocha, que ficou a dois segundos dos mínimos dos 3000 metros, poderá também tentar mínimos no Meeting de Pombal. Também no próximo fim-de-semana (sábado) se disputará o Campeonato Universitário, mais uma oportunidade para obtenção de mínimos.
Quem parece ter abdicado de Gotemburgo é Leonor Tavares, na prova de salto com vara. A atleta tem tido dificuldade em estar num bom momento de forma e já terá colocado de parte a presença no Europeu de pista coberta, para se preparar para as competições de ar livre.
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