Meetings internacionais começam a mostrar resultados.
A pista coberta está definitivamente lançada, agora que os principais meetings de pista coberta começam a ter lugar.
As pistas cobertas de todo o Mundo começam a entrar na sua fase mais importante e na Europa o entusiasmo aumenta, com o Europeu de pista coberta a um mês de ser realizado, em Gotemburgo. Alguns países já realizam os seus campeonatos nacionais, mas têm sido os meetings a dar que falar nos tempos mais recentes. Conheça os mais recentes resultados obtidos desde o início de fevereiro.
KARLSRUHE E BOSTON VALERAM SETE MÁXIMOS MUNDIAIS
Karlsruhe (Alemanha) e Boston (EUA) receberam meetings a contar para o circuito da IAAF, dois meetings continentais que, no entanto, envolveram a habitual presença de atletas de vários continentes em cada um dos eventos.
Já é habitual Karlsruhe acolher um grande meeting de pista coberta, este ano não foi diferente. Destaque para os melhores registos mundiais do ano através do espanhol Kevin López (1.46,72 minutos nos 800 metros), do cubano Orlando Ortega (7,54 segundos nos 60 metros barreiras), das etíopes Genzebe Dibaba (4.02,25 minutos nos 1500 metros) e Meseret Defar (8.35,28 minutos nos 3000 metros). Além destes destaques pela melhor marca mundial do ano, o meeting teve outras vitórias ilustres, como a do francês Mahiedine Benabbad (3.36,95 minutos nos 1500 metros), do norte-americano Bernard Lagat (7.34,71 minutos nos 3000 metros), ou do francês Renaud Lavillenie (5.83 metros no salto com vara). A prova não teve presença de qualquer atleta português.
Em Boston as contas para as melhores marcas mundiais do ano também se fizeram em bom ritmo. A etíope Tirunesh Dibaba (Etiópia) obteve o máximo mundial nas 2 milhas do outro lado do Atlântico em relação à sua irmã Genzebe, que esteve nos 1500 metros. Ainda a norte-americana Jennifer Suhr (4.76 metros no salto com vara) chegou ao máximo mundial, num ano em os atletas europeus estarão focados no Europeu que será disputado em Gotemburgo. Outros dois resultados merecem referência, nas vitórias femininas nos 60 metros (Murielle Ahoure correu em 7,07 segundos) e nos 60 metros barreiras (Janay Deloach foi rápida, com 7,97 segundos).
Também na Rússia, no habitual encontro anual “Russian Winter”, se chegaram a máximos mundiais, curiosamente nenhum na posse de atletas russos. Estas marcas mundiais foram obtidas pelo etíope Mohammed Aman (1.15,60 minuto aos 600 metros), pelo queniano Bethwell Birgen (3.35,25 minutos nos 1500 metros), pelo qatari Moutaz Ahmed (2.37 metros no salto em altura) e ainda a ucraniana Anzhelika Schevchenko (2.36,84 minutos nos 1000 metros). Nesta prova aconteceram outros bons resultados, numa altura em que se preparam as grandes competições continentais em pista coberta. Foram os casos do regressado Kim Collins (6,57 segundos nos 60 metros), do russo Pavel Trenikhin (46,09 segundos nos 400 metros), dos russos Konstantin Shabanov e Sergey Shubenkov (7,59 e 7,60 segundos nos 60 metros barreiras), das atletas dos 60 metros femininos (Mariya Ryemyen e Ruddy Milama correram as duas em 7,12 segundos), da russa Yuliya Kondakova (7,93 segundos nos 60 metros barreiras), da britânica Holly Bleasdale (4,75 metros no salto com vara) e ainda dois dos astros russos no salto em comprimento : Olga Kucherenko (6.83 metros) e Darya Klishina (6.80 metros).
PORTUGUESES COM BOM DESEMPENHO NOS MEETINGS INTERNACIONAIS
Em Tampere (Finlândia) realizou o Star’s Game, com a presença da portuguesa Patrícia Mamona. A participar no triplo salto a portuguesa não melhorou, ficando por 13.46 metros, mas num segundo lugar motivador, só atrás do astro russo Tatyana Lebedeva, que saltou 13.82 metros. De resto o meeting teria pouco relevância internacional, exceptuando-se o caso do sul africano Godfrey Mokoena (8.01 metros no salto em comprimento).
Pelo menos a contar para as cores nacionais, um dos melhores meetings do fim-de-semana foi o de Gent (Bélgica), prova onde Rasul Dabó chegou a novo recorde nacional dos 60 metros barreiras, com 7,74 segundos, apesar de acabar desclassificado na final. Também desclassificado, mas nos 60 metros planos, esteve Yazaldes Nascimento, além de Arnaldo Abrantes (6,83 segundos). Abrantes acabaria por chegar a um máximo nacional de sempre, nos 300 metros, correndo em 33,70 segundos, numa prova que foi de preparação para o belga Jonathan Borlée (32,84 segundos). Hélio Gomes também estaria em evidência ao ser o segundo classificado nos 1500 metros, com carimbo para Gotemburgo (3.43,20). No plano internacional, destaque para o jovem holandês Thijmen Kupers, vencedor nos 800 metros com 1.47,99 minuto. Do lado masculino a espanhola Natalia Rodriguez saiu vencedora dos 1500 metros (4.14,00), enquanto que nos 60 metros barreiras a belga Eline Berings foi uma das atletas em evidência, ao triunfar isoladamente em 7,95 segundos. Jovem foi também um dos principais destaques do meeting, com a queda do recorde do Mundo de juniores de Pentatlo, obtido pela belga Nafissatou Thiam, que chegou aos 4558 pontos.
Com a presença da portuguesa Sónia Tavares (7,52 segundos aos 60 metros), o Meeting de Mondeville, em França, foi animado pela melhor marca mundial do ano nos 60 metros masculinos, por intermédio de Yuniel Pérez (Cuba), com 6,51 segundos, dois centésimos melhor que o francês Jimmy Vicaut, que chegou a um novo recorde pessoal, numa altura em que Christophe Lemaitre estagia em Portugal.
OUTROS MEETINGS DE DESTAQUE TIVERAM LUGAR EM TODO O MUNDO
Na Alemanha reuniram-se os melhores atletas de salto em altura, com vitória isolada no lado masculino do russo Aleksey Dmitrik (2.36 metros), enquanto que no setor feminino se assistiu a luta renhida Ruth Beitia (Espanha) e Anna Iljustsenko (Estónia), ambas com 1.94 metro e a vencedora Tia Hellebaut (Bélgica), que saltou 1.96 metro. Ainda na Alemanha realizou-se ainda um encontro de lançamento do peso, onde Ralf Bartels (19.94 metros) e Christina Schwanitz (19.20 metros) se mostraram, sem ainda deslumbrar.
Em Tallin (Estónia) realizou-se um encontro pertencente ao circuito europeu, destinado a provas combinadas. As provas tiveram presenças massivas de atletas da casa, a Estónia, mas também de outras nacionalidades, entre eles brasileiros. As provas serviram para preparação de alguns dos atletas que representarão os seus países nas provas combinadas no próximo Europeu de pista coberta, em Gotemburgo. A vencedora feminina, no pentatlo, foi uma dessas atletas, de seu nome Laura Ikauniece (Letónia), com 4296 pontos, numa prova onde outra das que marcará presença em Gotemburgo, a russa Kristina Savitskaya desistiu. Também desistente, mas na prova do setor masculino (Heptatlo) esteve o sérvio Mihail Dudas que terá feito um mau ensaio em Tallin, prova ganha pelo atleta da casa Mikk Pahapill (6024 pontos).
Enquanto isso na Austrália decorre a época de Verão ao ar livre, onde se começaram a bater os máximos mundiais do ano, numa altura onde quase todo o restante Mundo se dedica à pista coberta. Destaque para as lideranças mundiais dos australianos Nicholas Hough (20,92 segundos nos 200 metros), Ryan Gregson (1.49,08 minuto nos 800 metros), Mitchell Watt (7.54 metros no salto em comprimento), Hamish Peacock (78.75 metros no lançamento do dardo), da australiana Milly Clark (10.09,65 minutos nos 3000 metros obstáculos) e do irlandês Paul Robinson (3.42,54 minutos nos 1500 metros).
|