Franceses apostam na mesma fórmula de sucesso.
Ainda que com duas ausências de vulto, a seleção francesa volta a apresentar-se no elevado nível que vem habituando, prometendo dificultar contas à seleção portuguesa.
A luta entre Portugal e França tem vindo a acontecer muito para lá das medalhas em cada edição do Europeu de corta-mato, mas também na luta pelo histórico das medalhas, no somatório de todas as edições. Na edição de há um ano atrás Portugal acabou mesmo por perder o segundo lugar na tabela de medalhas, estando agora separado da França por uma medalha de Ouro. E é com base neste princípio que em Budapeste se espera uma interessante “luta” entre lusitanos e francófonos.
Se por um lado os ausentes Florian Carvalho (atual campeão sub-23) e Mourad Amdouni (sétimo sénior masculino há um ano) enfraquecem a seleção francesa, por outro é de esperar que Hassan Chahdi volte a tentar a chegada às medalhas séniores, depois de ter feito um percurso multimedalhado enquanto júnior e sub-23. O quarto lugar de há um ano trouxe Chahdi para os holofotes internacionais e tudo se pode esperar deste jovem atleta, que desde junior nunca conheceu outro sabor coletivo que não o da medalha de Ouro. O atleta francês terminou recentemente um estágio no Quénia com a restante equipa sénior e agora o sonho pelas medalhas ficou ainda mais ativo na cabeça de Chahdi : ”Nós temos um objetivo coletivo. Nos estamos mais fortes e mais consistentes em relação ao ano passado”. A equipa sénior conta ainda com a experiência de dois atletas com história e já em fim de carreira, como são os casos de Mokhtar Benhari, há um ano 11º classificado e ainda Driss El Himer, ele que chegou ao bronze em 1998 e em 2000. Denis Mayaud, mais jovem, fez parte da equipa campeã europeia de 2011.
Em femininos só entram duas novas atletas, Magali Bernard e Maryline Pellen. Nas fileiras mantém-se Sophie Duarte, sexta classificada em Velenje (2011) e que em Budapeste deverá procurar um lugar nas medalhas. O quarto lugar que a equipa francesa alcançou há um ano foi tangencial às medalhas, só decidido por melhores classificações da equipa da Alemanha. Christinne Bardelle (11ª em 2011) pode também ser um cartada importante da França, aproveitando algumas lacunas noutras seleções, nomeadamente na seleção portuguesa.
As seleções sub-23 mantêm os seus principais atletas, nomeadamente Simon Denissel (7º atleta masculino em 2011) e Clemence Calvin (8ª atleta feminina em 2011). A equipa masculina, que há um ano chegou ao terceiro lugar coletivo, fica ainda reforçada com a presença de Romain Collenot-Spriet, 4º classificado júnior em Velenje. Desta equipa só dois atletas não marcaram presença no Europeu de Corta-Mato em 2011.
Mais renovadas estão as equipas júniores, onde se verifica um desinvestimento na equipa feminina, com a presença de somente duas atletas, em contraste com a equipa completa masculina.
CONVOCADOS :
Seniores Masc : Mokhtar Benhari, Timothee Bommier, Hassan Chahdi , Driss El Himer, Riad Guerfi, Denis Mayaud
Seniores Fem : Christine Bardelle, Magali Bernard, Sophie Duarte, Severine Hamel, Maryline Pellen, Laurane Picoche
Sub-23 Masc : Sofiane Boulekouane, Romain Collenot-Spriet, Simon Denissel, Michael Gras, Matthieu Lonjou, Tanguy Pepiot
Sub-23 Fem : Sandra Beuviere, Clemence Calvin, Noemie Claeyssens, Marion Testault, Clemence Tavernier
Junior Masc : Francois Barrer, Djilali Bedrani, Felix Bour, Hamza Habjaoui, Emmanuel Roudolf-Levisse, Alexandre Saddedine
Junior Fem : Cecile Jarousseau, Liv Westphal
|