Doping volta ao atletismo português

Terça, 04 Dezembro 2012
Doping volta ao atletismo português

Elias Leal foi suspenso um ano.

Haverá fortes suspeitas também sobre Rui Teixeira, atleta que recentemente tentou disputar uma das vagas para o Europeu de corta-mato. (atualização) 

Nem sempre o atletismo aparece noticiado pelas melhores notícias e a recente confirmação da punição de Elias Leal voltou a levantar algumas suspeitas sobre a modalidade em Portugal. O experiente lançador de dardo, que se transferiu nesta época para o CA Baixa da Banheira, foi punido pelo Conselho Disciplinar por um período de um ano, após ausência aos controlos anti-doping. Esta era a pena mínima dentro desta sanção e que a ADOP (Autoridade de Antidopagem de Portugal) aceitou. O lançador português, que já foi o recordista de Portugal, não entregou três formulários de localização, no âmbito do Sistema de Localização. Apesar de tudo Elias Leal livrou-se de uma pena superior, dado que a anterior lei previa um mínimo de dois anos de suspensão. Assim, Elias Leal, já com 35 anos, estará ausente das competições até 29 de agosto de 2013, com a sanção a contar desde 30 de agosto de 2012, alguns dias depois de Luís Almeida, atleta da mesma especialidade, ter terminado a sua sanção, também decidida no quadro da regulamentação anti-doping.

O atleta justificou na sua página social o porquê do não envio dos formulários. Segundo Elias Leal ” o último ano, dei mais valor a minha vida profissional que a minha vida pessoal (nomeadamente atletismo)”. Lançador, mas também militar da GNR, Elias Leal lamenta o facto da ADoP ter obrigado a FPA a abrir-me um processo disciplinar que culminou na pena. Justificando que a sua má época nunca poderia ser fruto de qualquer substância dopante, Elias Leal justificou ainda que o facto de ter frequentado ”um dos cursos mais rigorosos das Forças Armadas”, levou a que acabasse por dar prioridade à sua carreira militar, em detrimento da sua carreira no atletismo. Prometendo voltar aos treinos, Elias Leal lamentou também a importância dada à não entrega dos formulários, comparando a sua pena com outras penas por toma de substância ilícitas de inferior período de tempo.

PASSAPORTE BIOLÓGICO DE RUI TEIXEIRA PODERÁ RESULTAR EM SUSPENSÃO POR DOPING

Entretanto hoje o jornal Record noticiou a forte possibilidade de Rui Teixeira estar também envolvido num processo de suspensão, desta feita após análise do seu Passaporte Biológico. A confirmar-se, esta foi a mesma estratégia de despiste do uso de substâncias dopantes que puniu Helder Ornelas no passado e que tem punido outros atletas em todo o Mundo. Rui Teixeira chegou a participar nos crosses de seleção deste ano e terá feito ainda parte do processo de decisão de ida ao Europeu de corta-mato, assim como José Rocha, com ambos os atletas a acabarem por não ser selecionados. Em Portugal a ADOP criou recentemente o painel de especialistas que irão avaliar estes casos que integram a Unidade de Gestão do Passaporte Biológico, da responsabilidade de Luís Horta.

Nota de autor : O conteúdo foi atualizado com a reação do atleta Elias Leal à sua suspensão.

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