Prémio foi hoje entregue em Barcelona.
A habitual gala anual da IAAF realizou-se hoje na cidade de Barcelona (Espanha), tendo destacado os melhores atletas do Mundo, em 2012, além de outras distinções.
Estavam candidatos três atletas em cada género, para arrecadarem o troféu de melhor atleta do ano, além dos 100 mil dólares que esperavam os vencedores. Em masculinos estavam nomeados Usain Bolt (Jamaica), David Rudisha (Quénia) e Aries Merritt (EUA), enquanto que em femininos estavam nomeadas Valerie Adams (Nova Zelândia), Allyson Felix (EUA) e Jessica Ennis (Grã-Bretanha).
Pela primeira vez da sua carreira Allyson Felix foi considerada a melhor atleta do Mundo do ano, levando novamente o título para os EUA, país que tinha tido um atleta vitorioso, pela última vez, em 2009. A atleta norte-americana de 27 anos, que já tinha sido campeã do Mundo nos 200 metros em 2005, 2007 e 2009, venceu na mesma distância em Londres, durante os Jogos Olímpicos, tendo ainda sido medalhada de Ouro pelas estafetas de 4x100 e 4x400 metros. Desde 1988 que uma mulher não ganhava três medalhas de Ouro nos mesmos Jogos Olímpicos, no atletismo. ”Sair vencedora significa que estás no topo do teu desporto, que é aquilo pelo qual todos nós lutamos. Finalmente alcançar o objetivo de uma carreira é bastante especial”, disse Felix em Barcelona.
Já para Usain Bolt o prémio é tudo menos novidade, já que foi pela quarta vez que o arrecadou, tornando-se o atleta mais premiado de sempre, ultrapassado o marroquino Hicham El Guerrouj. Os seus 26 anos foram desportivamente muito vividos para o atleta jamaicano e o estatuto de lenda viva foi firmado com a edição deste ano dos Jogos Olímpicos. As vitórias nos 100 e 200 metros, distâncias onde só perdeu por uma vez, em cada, ao longo da época, tiveram a cereja no topo do bolo, com uma vitória coletiva nos 4x100 metros, com a Jamaica a chegar ao recorde mundial (36,84 segundos).”Isto significa muito para mim, neste que foi um dos anos mais difícies para mim”, confessou Bolt, que continua o seu caminho para uma carreira de sucessos.
IAAF PREMIOU OUTROS ATLETAS, ALÉM DE TER JUNTADO VÁRIOS EX-ATLETAS
A Gala deste ano teve como palco o Museu Nacional de Arte da Catalunha, num momento em que esta região autónoma vive um período eleitoral muito importante. Nem por isso a gala foi afetada com as políticas da região e o evento revestiu-se de particular sucesso, festejando-se uma vez mais o centenário da IAAF. Por isso mesmo a IAAF convidou vários ex-campeões, 67 no total, onde esteve a portuguesa Rosa Mota. O seu estatuto internacional, que foi mantendo ao longos dos anos, é também produto de medalhas e de um total de 107 vitórias, a maioria em palcos emblemáticos.
A IAAF decidiu ainda atribuir outros prémios, com outras categorias. David Rudisha (Quénia) obteve o prémio de melhor performance mundial do ano, com o seu recorde do Mundo nos 800 metros, onde correu em 1.40,91 minuto. Do lado feminino, com o prémio a ser atribuído por Ed Moses, a estafeta de 4x100 metros dos Estados Unidos da América viu reconhecido o também recorde do Mundo, em 40,82 segundos. Arries Merrit (EUA) levou para casa o prémio Inspiração do ano, uma distinção atribuida pela IAAF pela regularidade e recorde do Mundo do barreirista. As treze corridas em marcas abaixo dos 13 segundos, obtidas até aos Jogos Olímpicos, foram coroadas com um novo recorde do Mundo no meeting de Bruxelas, onde correria em 12,80 segundos. Keshorn Walcott (Trinidad e Tobago) e Antonique Strachan (Bahamas) arrecadaram os prémios de jovens esperanças do ano.
Outros prémios, secundários, relevantes para outras áreas menos faladas, foram também atribuídos. Elias Makori (Quénia) foi distinguido pela sua carreira jornalística de mais de 20 anos de dedicação à modalidade, prémio atribuído por Sebastian Coe. Treinador dos sucessos jamaicanos na velocidade, Glen Mills (Jamaica) viu o seu trabalho reconhecido, recebendo o prémio das mãos de Sergey Bubka. Rob Lida (EUA) e Lynn Ventris (Austrália) foram considerados os melhores atletas veteranos do ano.
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