EUA fizeram história nos 4x100 metros femininos.
O dia foi pródigo em grandes resultados, com o alcance de três recordes olímpicos, um deles o recorde mundial da estafeta norte-americano.
A jornada de hoje foi uma das melhores a que se assistiu em todo o Mundo, com quebra de vários recordes, que foram do Mundial a Olímpico e a recordes nacionais. Parece desta foram provada a tese de que esta é uma das pistas mais rápidas de sempre, até porque as provas de velocidade têm aparecido com resultados de grande valia histórias em termos internacionais.
Pela segunda vez nestes Jogos Olímpicos acabaria por cair um recorde do Mundo, com a prestação das norte-americanas nos 4x100 metros, a prova de estafeta que teve uma superioridade competitiva nunca antes vivida, entre Jamaica e EUA. Apesar de terem saído perdedoras na prova de 100 metros, as norte-americanas hoje foram mais fortes que as atletas jamaicanas e na disputa os 40,82 segundos obtidos derrubaram um recorde mundial que estava a caminho dos 27 anos, um dos antigos recordes obtidos pela República Democrática Alemã. Os EUA apresentaram as atletas Tianna Madison, Allyson Felix, Bianca Knight e Carmelita Jeter. A equipa da Jamaica terminaria no segundo lugar com 41,41 segundos, a terceira melhor marca mundial da história e um novo recorde jamaicano. Quem também chegaria ao recorde nacional seria a seleção da Ucrânia, com 42,04 segundos, numa final de resultados fantásticos.
RECORDES OLÍMPICOS TAMBÉM FIZERAM HISTÓRIA
A obtenção de recordes olímpicos também fez parte do sucesso desta jornada e outra das provas em destaque foi a de salto com vara. Mostrando que o seu favoritismo não foi atribuído em vão, Renaud Lavillenie (França) acabaria mesmo campeão olímpico, chegando a 5.97 metros, um novo recorde olímpico que bateu o anterior por um centímetro. O anterior registo pertencia ao australiano Steven Hooker que hoje, tal como Brad Walker (EUA), não conseguiu ultrapassar qualquer fasquia, ambos falhando 5.65 metros. Melhor estiveram dois alemães, ambos chegando a 5.91 metros. Bjorn Otto e Raphael Holzdeppe mostraram, desta forma, a escola alemã da especialidade, conquistando o segundo e terceiro lugares, respetivamente.
No lançamento do martelo foi a vez de Tatyana Lysenko (Rússia), que chegou ao recorde olímpico lançando ao quinto ensaio 78.18 metros, embora o recorde olímpico já tivesse sido batido no primeiro ensaio com 77.56 metros. Esta foi a receita de Ouro para impedir que fosse a polaca Anita Wlodarczyk a chegar à medalha mais desejada e ao recorde olímpico, já que esta também esteve acima do anterior máximo olímpico, que pertencia a Oksana Menkova desde 2008, com 76.34 metros. Contra isto Betty Heidler limitou-se a ficar no terceiro lugar, com 77.13 metros.
Surpresa foi a vitória nos 4x400 metros masculinos, através da equipa das Bahamas, em 2.56,72 minutos, um novo recorde nacional. Esta vitória foi ainda mais saboroso para esta equipa na medida em que os EUA acabariam apenas segundos classificados, com 2.57,05 minutos, já distanciados de outra equipa que obteve novo recorde nacional, a de Trinidade e Tobago, que foi Bronze com 2.59,40 minutos.
Nas eliminatórias de 4x100 metros, também hoje realizadas, várias equipas chegariam ao recorde nacional. Foram os casos de EUA (37,38), Austrália (38,17), Holanda (38,29), Polónia (38,31), China (38,38) e Saint Kitts and Nevis (38,41). Aliás, os EUA conseguiram esta marca com uma equipa secundária, considerando a ausência de Tyson Gay, tal como a Jamaica esteve presente com uma equipa secundária sem Usain Bolt e Asafa Powel (este ausente por lesão), acabando um centésimo mais lenta que a equipa norte-americana. A final espera-se, por isso, muito competitiva, restando saber se o recorde olímpico cairá na final de 4x100 metros de amanhã, o último dia de provas de pista nos Jogos Olímpicos.
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