Passaporte biológico faz mais nove “vítimas”.
A IAAF divulgou hoje o nome de mais nove atletas cujas análises passadas levantaram suspeitas e se revelaram irregulares face ao perfil do atleta.
A eficácia do passaporte biológica deixou de ter apenas protagonismo português, depois de Helder Ornelas ter sido o primeiro atleta em todo o mundo a ser acusado por doping, através da mais recente técnica de deteção. Desta vez a IAAF anunciou nove nomes de atletas cujas análises exibem um estranho e irregular perfil. Abderrahim Goumri (Marrocos), Iríni Kokkinaríou (Grécia), Meryem Erdogan (Turquia), Svetlana Klyuka, Yevgenina Zinurova e Nailiya Yulamanova (Rússia), Inna Evtimova (Bulgária), Nataliya Tobias e Antonina Yefremova (Ucrânia) foram os atletas anunciados com penas de doping por cumprir. Destes atletas, alguns são destaques internacionais e baixas importantes para os seus países. O perfil foi traçado com as análises realizadas desde o ano de 2009, numa operação onde foram reanalisadas as análises obtidas nos Mundiais de há um ano, em Daegu.
Abderrahim Goumri vinha sendo um destaque das equipas marroquinas e, apesar de nunca ter chegado a medalhas importantes, correu a distância da Maratona em 2:05.30 horas, corria o ano de 2008. Com 36 anos o atleta marroquino poderá abandonar a modalidade. Esta semana já é o segundo caso de doping em atletas marroquinos, depois do caso de Selsouli. A turca Meryem Erdogan também vinha mostrando qualidades, apesar dos seus jovens 22 anos. Em 2010 tinha sido campeã europeia de corta-mato, em sub-23, prova que se realizou em Portugal. No caso da russa Svetlana Klyuka, trata-se de uma atleta que já foi vice-campeã europeia de 800 metros e que há quatro anos foi 4ª classificada em Pequim, nesta mesma prova, uma baixa importante entre as atletas russas. A búlgara Inna Evtimova, que nunca singrou como sénior, é uma ex-medalhada enquanto júnior, que tem estado nos principais eventos internacionais, nas disciplinas de 100 e 200 metros. Mas talvez a principal baixa tenha sido a ucraniana Nataliya Tobias, atleta que há quatro anos foi medalha de bronze na prova de 1500 metros e que deixa o seu país sem capacidade de voltar a estar em bom nível nesta prova.
Todos os atletas visados receberão penas de quatro anos, por se considerarem factos que agravaram as penas, embora estas penas tenham começos anteriores à data de hoje, ou seja, na prática muitas das penas terminarão já em 2014.
”O programa do Passaporte Biológico, promovido pela IAAF, está agora totalmente operacional e tem vindo a ser uma ferramenta incrivelmente útil para detetar atletas com casos de doping”, disse fonte da IAAF, organismo que tem investido bastante na luta contra o doping.
GREGA AFASTADA DA SUA SELEÇÃO POR COMENTÁRIOS RACISTAS
Entretanto, antes mesmo dos Jogos Olímpicos deste ano começarem, já se iniciaram as primeiras polémicas. Neste caso foi a atleta grega Voula Papchristou que ao fazer comentários racistas na sua conta Twitter, acabou afastada da comitiva que se iria deslocar a Londres. "Com tantos africanos na Grécia... Pelo menos os mosquitos do Nilo Ocidental vão comer comida caseira!!!", terá sido o comentário da grega, que mais tarde pedia desculpa pelo incidente. Mas o pedido de desculpa já não funcionou a seu favor, a grega ficará mesmo a acompanhar os Jogos Olímpicos, em casa...
|