Meeting de Paris teve ainda recorde mundial junior.
A Liga Diamante passou hoje por Paris, seis dias antes de se disputar na cidade olímpica de Londres.
O Meeting de Paris foi o sétimo meeting a realizar-se este ano para a Liga Diamante, onde o grande ausente foi o jamaicano Usain Bolt, a contas com uma lesão que declarou ter ocorrido depois dos campeonatos da Jamaica. Com a principal estrela de fora, outros atletas assumiram a possibilidade de grandes resultados e se nos 800 metros esteve à espreita um recorde absoluto, nos 5000 metros ocorreu mesmo um recorde mundial...de juniores!
MARCO FORTES FOI O REPRESENTANTE NACIONAL EM PARIS
A ausência dos portugueses da Liga Diamante deste ano teve hoje uma quebra com a participação de Marco Fortes na prova de lançamento do peso, dias depois de ter estado num meeting, na Estónia, onde se ficou por 19.63 metros. Hoje o português melhorou relativamente há prova realizada no domingo, apesar de uma regularidade pouco interessante em torno dos dezanove metros e meio. O melhor ensaio de hoje acabaria por cair a uma distância de 19.85 metros, insuficiente para um lugar de pódio do português e provavelmente insuficiente para os seus anseios, até pela ausência dos principais atletas norte-americanos e uma vitória do canadiano Dylan Armstrong, com 20.54 metros.
RUDISHA QUASE DEU O RECORDE QUE PARIS QUERIA...MAS CAIU UM DE JUNIORES
O queniano David Rudisha foi um dos destaques do meeting, ao quase alcançar o recorde mundial da distância, recorde que lhe pertence desde 2010, quando em Rieti correu em 1.41,01 minuto. Hoje venceria com uma vantagem de mais de quatro segundos, sobre o espanhol Antonio Reina, com o tempo de 1.41,54 minuto, a pouco mais de meio minuto do seu próprio recorde. Mas Rudisha acabaria por não ser o único destaque, já que nos 5000 metros se assistiu a queda do recorde mundial de juniores, por intermédio do etíope Hagos Bebrhiwet, que foi segundo classificado com 12.47,53 minutos, recorde que ultrapassa o anterior por mais de cinco segundos, que estava na posse de Eliud Kipchoge. Nesta prova venceu hoje Dejen Gebremeskel (Etiópia), com 12.46,81 minutos, prova onde Kenenisa Bekele voltou a ficar longe do seu melhor, não indo além do 9º lugar. A marca de Gebremeskel foi a melhor marca mundial do ano.
Quem também conseguiu a melhor marca mundial do ano foi o peruano Javier Culson, com 47,78 segundos, embora tenha tido a necessidade de um despique cerrado com o britânico David Greene (47,84), ele que esteve ausente do recente Europeu de ar livre. Voltando a estar bem numa etapa da Liga Diamante, o queniano Paulo Koech correu os 3000 metros obstáculos com um recorde de meeting, com o registo de 8.00,57 minutos, embora fique distante de outras marcas que Koech já obteve neste circuito de meetings.
No plano feminino caíram dois melhores marcas mundiais do ano, a principal através da marroquina Mariem Selsouli, nos 1500 metros, com a atleta a obter o seu melhor de sempre com 3.56,15 minutos, um novo recorde nacional que lança a perspetiva da atleta de ser uma das candidatas ao Ouro olímpico. Melhorando o seu registo do ano, a australiana Sally Pearson parece cada vez mais isolada no favoritismo para Londres na prova de 100 metros barreiras, com a atleta a correr hoje em 12,40 segundos. Também nos 3000 metros obstáculos femininos caiu o recorde de meeting, neste caso através da tunisina Habiba Ghribi, com o registo de 9.28,21 minutos, repartindo as pontuações a contar para a Liga Diamante.
O próximo meeting será realizado no palco dos Jogos Olímpicos deste ano, um meeting que se realizará de novo no Crystal Palace em dois dias diferentes, a 13 e 14 de julho. É aliás o único meeting que goza deste estatuto, ao abrigo de ser ano olímpico e da cidade querer aproveitar para testar algumas dinâmicas para o grande evento do ano.
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