Em ano de Jogos o teste foi ultrapassado com sucesso.
Sem alguns dos atletas principais Portugal conseguiu, ainda assim, chegar a um dos melhores resultados na história da participação portuguesa em Europeus.
A vinda de 37 elementos ao Europeu deste ano, em Helsínquia, acabaria por tornar-se numa boa prestação genérica no final. O 14º lugar na tabela de pontuação acaba por ser positivo, embora entre os países que para o ano terá de superar na 1ª Liga do Campeonato da Europa de Seleções, para tentar a subida à Superliga.
”Foi uma participação globalmente positiva”, disse-nos ainda em Helsínquia o selecionador nacional, José Barros. Portugal alcançaria três medalhas (ouro, prata e bronze) e nove presenças nos oito primeiros lugares, o que ainda assim não deu para superar Barcelona, há dois anos. Pelas contas do selecionador foram 24 atletas presentes nos 16 primeiros lugares, realçando o atingir de três recordes de Portugal. O responsável máximo pelas seleções voltou a assumir plena confiança nos treinadores para a preparação dos atletas para os Jogos Olímpicos : ”é um processo que estamos a construir em equipa”.
Para os Jogos Olímpicos deste ano, cujo prazo para mínimos termina no próximo domingo, com a disputa do Campeonato de Portugal, José Barros considera que ”não é alterada a qualidade dos atletas, apenas é alterado o cenário”, um cenário mais exigente e que dificultará mais a classificação dos portugueses.
Relembremos que neste Europeu a seleção nacional conquistou o 11º lugar na tabela de medalhas, em igualdade com as seleções da Hungria e da Itália. Na tabela de pontuação, que usa os oito primeiros classificados por prova, Portugal acabaria no 14º lugar, com 38 pontos, os mesmos pontos que a Noruega.
No entanto José Barros, como Carlos Santos (responsável pela Alta Competição e Desporto Escolar), mostraram preocupações relativamente à forma como o Governo quer alterar a carga letiva dos professores de Educação Física. Numa altura em que a Federação Portuguesa de Atletismo tem o Dossier do Ensino do Atletismo no contexto escolar preparado, o número de horas destinadas ao desporto reduziu significativamente. ”Muitos dos nossos atletas têm nos professores a forma de ligação à modalidade”, diz José Barros, que deu os exemplos de Patrícia Mamona, Marcos Caldeira e Marcos Chuva, atletas que estiveram em Helsínquia, como exemplos de atletas que vieram do desporto escolar.
PRESIDENTE DA REPÚBLICA DÁ OS PARABÉNS AO ATLETISMO
Hoje mesmo o Presidente da República, Cavaco de Silva, felicitou os três medalhados portugueses. Num comunicado da Presidência da Répública Portuguesa o alto responsável do país felicitou os medalhados (Ver comunicado abaixo).
"Quero felicitar as atletas Dulce Félix, Patrícia Mamona e Sara Moreira pela conquista, respetivamente, de uma medalha de ouro na prova de 10.000 metros, de uma medalha de prata na prova de triplo salto, e de uma medalha de bronze na prova de 5.000 metros.
O feito alcançado por estas atletas honra o Desporto nacional, pelo alto nível desportivo atingido, confirmado pelos resultados obtidos neste Campeonato Europeu de Atletismo, em Helsínquia.
Estas vitórias testemunham que a dedicação e a perseverança desportivas são o melhor caminho para o êxito e confirmam o potencial de sucesso de Portugal em várias modalidades, tornando-se um país de crescente excelência no desporto."
Enviado Especial : Edgar Barreira
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