[EURO12] 18 líderes europeus ausentes

Sábado, 23 Junho 2012
[EURO12] 18 líderes europeus ausentes

Nove líderes em cada género não competirão em Helsínquia.

Este será o primeiro Europeu realizado com frequência de dois em dois anos, apesar de tudo uma prova bastante participada. 

A génese deste conceito de Europeu a cada dois anos, que foi votada de forma unânime no Conselho Europeu da Associação Europeia de Atletismo, teve o mérito de convencer muitos dos melhores atletas europeus a fazerem na mesma a sua participação, mesmo sendo ano de Jogos Olímpicos. Os países mais poderosos no atletismo europeu chegaram a ponderar não apresentar os seus melhores atletas, mas hoje, analisando os rankings europeus do ano, verifica-se que muitos dos candidatos naturais se encontram presentes. Faz sentido, por isso, as declarações ontem proferidas por Fernando Mota, à margem da apresentação da equipa para o Europeu de Ar Livre : ”Estes não serão os Europeus de segunda”. Claro que outros atletas de primeira linha estarão ausentes, mas nesse casso por nem terem iniciado a sua época internacional, atrasando as suas preparações para estarem num bom momento de forma em Agosto.

De Portugal, como de outros países, de facto não competirão alguns dos melhores atletas, como são os casos de Nelson Évora, Naide Gomes e de Francis Obikwelu. ”Queremos reiterar a nossa solidariedade por esses atletas. Procuraremos que nada falte para que se restabeleçam no tempo que for possível”, disse o presidente da Federação Portuguesa de Atletismo.

Este Europeu estreou ainda um novo procedimento, que permitiu às federações incluir atletas sem mínimos, desde que havendo lugar para os mesmos. Beneficiou desta nova regra o português Marcos Caldeira, que estará na prova do triplo salto sem mínimos. A FPA tentou ainda a inscrição do jovem David Lima, na prova de 200 metros, mas acabaria por ser rejeitado pela EAA. Jorge Salcedo justificou esta nova medida, não só para fins de preenchimento de vagas no evento, mas para também para fins televisivos. ”As competições europeias têm mais espetadores que alguns eventos mundiais. Não havendo eliminação de rondas, beneficiamos o trabalho das televisões”, disse Salcedo, que considera que desta forma se agradam dois lados, a integração de atletas para rodagem internacional e a estabilidade das transmissões televisivas.

LÍDERES DE LESTE DOMINAM AS AUSÊNCIAS DE HELSÍNQUIA

Dos países nórdicos a Finlândia é o país que está mais a Este, fazendo inclusivamente fronteira com a Rússia. Não se poderá, por isso, justificar a distância entre os países de leste e Helsínquia como fator da ausência neste Europeu de ar livre. No total são nove atletas por género, líderes da sua especialidade, a marcarem ausência.

Tanto nos 400 como nos 800 metros masculinos a cidade de Helsínquia não verá os dois primeiros do ranking participar, no primeiro caso com ausência dos gémeos Borlée (Kevin e Jonathan), no segundo caso a ausência dos polacos Adam Kszczot e Marcina Lewandowski. Nos 400 metros barreiras a Grã-Bretanha não apresentará David Greene, atleta que ainda ontem esteve a competir no campeonato britânico. O russo Ivan Ukhov será o ausente de peso no salto em altura, com a Rússia a não apresentar também Lyukman Adams (triplo) e Sergey Morgunov (comprimento), este último tendo batido há três dias o recorde mundial de juniores com 8.35 metros. Também o britânico Greg Rutherford, líder do salto em comprimento, estará ausente de Helsínquia. Nos lançamentos, Tomasz Majewski (peso) e Ivan Tikhon (martelo) serão os líderes ausentes, além de outra ausência importante na prova de lançamento do peso, a do russo Maksim Sidorov. No Decatlo estarão ausentes os dois primeiros do ranking, atletas do centro da Europa, Hans Van Alphen (Bélgica) e Eelco Sintnicolaas (Holanda).

As ausências mais importantes no setor feminino ocorrem nos 400 metros e salto em comprimento. Nos 400 metros as primeiras sete atletas do ranking europeu, cinco delas russas, estarão ausentes, enquanto no salto em comprimento serão as cinco primeiras atletas do ranking europeu a marcar a ausência, quatro delas já tendo saltado este ano acima dos 7 metros. Nos 200 metros será a ucraniana Yelizaveta Bryzhina a ficar de fora. A Rússia terá ainda ausentes Svetlana Podosyonova (1500 metros), Anna Chicherova (altura) e Yevgeniya Kolodko (peos). O salto em altura é aliás outra especialidade afetada, com as quatro primeiras atletas do ranking a marcarem a ausência. A Bielorrússia também não apresentará duas das suas principais “armas”, Nadzeya Ostapchuk (peso) e Aksana Menkova (martelo), enquanto no lançamento do dardo a líder ausente é Barbora Spotakova (Rep. Checa). Tal como no Decatlo, a prova do Heptatlo terá fortes ausências, com as quatro primeiras do ranking europeu a ficarem em casa, o que inclui a ausência da britânica Jessica Ennis.

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