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A ausência nos Europeus para aposta nos Jogos.
Rui Silva, já se sabe, estará ausente do Europeu deste ano, depois de perdida a aposta na Maratona olímpica. Agora segue o sonho dos 10000 metros...em Londres.
Mesmo que terminasse a carreira hoje, Rui Silva já teria deixado uma forte marca no atletismo nacional, mas depois de tudo ter apostado para cumprir a sua primeira Maratona, as famosas “canelites” adiaram a sua vontade de ser maratonista, uma vontade que tem há alguns anos e que pode até voltar este ano...A Maratona de Roterdão ficou, assim, para outras núpcias, logo também a sua estreia na distância em Jogos Olímpicos...”O objetivo desta temporada passava por fazer a abordagem à Maratona, mas não foi possível”, lamenta o fundista português. Pelo meio da preparação ainda fez o seu recorde pessoal à Meia-Maratona, em Lisboa, onde correu em 1:02,40 hora, uma marca muito interessante que fazia pensar que baixar das 2.13 horas estava bastante acessível ao português...
”Estive parado um mês e pouco completamente parado a fazer fisioterapia”, diz-nos Rui Silva que no passado fim-de-semana esteve a assistir à prestação dos seus colegas de treino no Meeting de Lisboa. Nesta altura Rui Silva só pensa em Londres, mas na distância de 10000 metros, embora não tenha dúvidas que em breve voltará a tentar a preparação para a Maratona, ”não sei se em dezembro ou na próxima Primavera”. Depois da pausa para recuperar das canelites, os treinos voltaram e os 10000 metros estão a ser preparados com normalidade, diz-nos o atleta focado neste objetivo forçado...
Estará ainda longe de se sentir um maratonista, mas para já Rui Silva é otimista quanto ao treino que precisa de fazer para um dia chegar bem à Maratona. ”Por incrível que pareça senti-me sempre à vontade”, diz Rui Silva sobre a preparação para a mítica distância. Relembrando a sua preparação, o fundista relembra que ”não foi das coisas mais difíceis que fiz até hoje”, comparando até com o treino que fazia para os 1500 metros, que considera ter momentos mais desgastantes. Para esta época considera que a alternativa à Maratona só poderia ser os 10000 metros, mostrando-se pouco à vontade para descer novamente aos 1500 metros, uma etapa que o tornou popular, mas que parece posta de lado para sempre.
Rui Silva fará 35 anos no dia de começo do atletismo nos Jogos Olímpicos, idade que ainda o pode fazer sonhar num sucesso de final de carreira na Maratona e para o ano terá o seu primeiro grande teste internacional, se nada de errado ocorrer, com a participação no Mundial de atletismo.
Helsínquia acabou por ficar de fora para Rui Silva, por opção própria, com o português a querer dar o seu melhor nos 10000 metros, distância em que possui o recorde pessoal de 27.53,55 minutos, marca de 2011. Internacionalmente correu em 10000 metros no Mundial de há um ano, em Daegu, terminando num honroso 11º lugar que o pode fazer sonhar por algo mais em Londres, já este ano...
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