Ricardo Lima voltou a sentir Alta Competição.
A recente convocatória do barreirista para o Europeu de ar livre surgiu cinco anos depois de Ricardo Lima quase ter sido medalhado no Europeu de sub-23. Até aqui atravessou vários obstáculos...
No passado domingo Ricardo Lima via o seu esforço recompensado, depois de alguns anos “perdido” nos meandros do atletismo, entre as várias decisões de vida tomadas. Os 50,84 segundos alcançados pelo sportinguista neste ano de 2012 estão, apesar de tudo, mais lentos que os 50,44 segundos em que correu a distância em Debrecen, corria o ano de 2007.
O seu quarto lugar nos 400 metros barreiras do Europeu de sub-23, em Debrecen, abriu-lhe algumas portas, entre elas a possibilidade de poder estudar nos EUA e praticar a modalidade no sistema desportivo norte-americano. Não deixaria de ser um sonho americano, como já outros atletas portugueses viveram, mas este foi um sonho americano abortado, com o atleta a ser obrigado a seguir no Ensino Superior português, na área das línguas. Também este curso acabaria por não o satisfazer e acabaria por concorrer à polícia, sem expectativas e ... entrou!
Mas foquemos-nos na progressão do barreirista nacional, que tem hoje 27 anos, mas que corria a distância aos 16 anos em promissores 52,64 segundos. De 2002 até 2007 as suas marcas iriam variar entre os 50 e os 53 segundos, com o seu auge a ocorrer com 22 anos, quando no Europeu de sub-23 correu a distância em 50,44 segundos. Com tantos percalços e decisões de vida o atleta acabaria por não ir além de 51,53 segundos em 2008, piorando em 2009 para 54,01 segundos. Nos anos seguintes esteve instável, com 52,23 segundos (2010) e 53,99 segundos (2011). Aquilo que parecia uma carreira completamente estragada, entretanto com a entrada na Polícia, acabaria por ser invertido nesta época, agora com o atleta a treinar com Carlos Silva, o técnico mais especializado nos 400 metros em Portugal. Antes de Carlos Silva o atleta passou por Paulo Oliveira e por João Ribeiro, este último tinha sido o treinador de Edivaldo Monteiro, hoje técnico nacional de barreiras.
O BARREIRISTA QUE PRESTA CONTAS AO SEU COMANDANTE...
Como elemento novo na Polícia, Ricardo Lima é submetido aos primeiros trabalhos da carreira, normalmente mais exigentes no que toca à disponibilidade de tempo. Enquanto perseguia os mínimos para o Europeu foi dando conta na sua esquadra de que estes podiam mesmo acontecer, mas com os seus colegas a não acreditarem : ”Haviam colegas meus que brincavam com a situação quando lhes dizia que estava a seis centésimos dos mínimos”. Tem contado com a compreensão do comandante de esquadra, pessoa a que fez questão de fazer referência pela flexibilidade de tempo que o atletismo exige. Desse ponto de vista Ricardo Lima não tem dúvidas que ”não é impossível de conciliar o trabalho com o atletismo de alta competição”, ele que passa várias horas de pé para conseguir cumprir a sua função de polícia.
Agora tem pela frente o Europeu, um desafio que enfrenta depois de algum tempo de ausência das “lides” internacionais, onde será um dos três barreiristas nacionais a realizarem a prova dos 400 metros barreiras, em conjunto com Jorge Paula e João Ferreira, ambos a disputarem também um lugar pelo Jogos Olímpicos.
A verdade é que mal terminou a entrevista Ricardo Lima foi para a sua esquadra, num domingo à tarde, cumprir a sua profissão que é para muitas crianças um sonho, mas que será para Ricardo Lima o desafio de partilhar um dos mais altos deveres Estado...com a alta competição no atletismo!
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(mas pronto, quer-se é arranjar texto)
espero que vas mais rapido e mais longe meu amigo...
ajudaste-me na epp, apoio-te agora...
alguma coisa e so apitar