Por descobrir ainda o que lhe causou a queda...
O atleta Bruno Gualberto, que protagonizou o caso clínico mais preocupante do último Nacional de Clubes, continua hospitalizado, sem alta à vista...
Foi das provas de 100 metros mais “dolorosas” de ver, do que há memória em Portugal, aquela que aconteceu no passado sábado no Nacional de Clubes. Por um lado ficou a desistência de Francis Obikwelu com uma lesão visivelmente intensa, mas muitos acabariam por não se aperceber da queda de Bruno Gualberto que cortou a meta em 10,97 segundos, o que até se poderia considerar um bom resultado pessoal do atleta, se forem considerados os quase dois anos de paragem por lesão, uma prova e marca que afinal até podem não ficar na sua memória...
Logo após o sucedido, Arnaldo Abrantes e a sua namorada acorreram ao local, até porque, ao contrário de outros eventos, a Federação Portuguesa de Atletismo não fez deslocar qualquer médico ao Estádio Universitário de Lisboa, apesar da presença de fisioterapeutas. A presença da equipa médica não é, contudo, uma obrigatoriedade das federações. Os paramédicos do INEM acabariam por chegar não muito tempo depois e, depois de estabilizado, Bruno Gualberto acabaria por sair de ambulância para o Hospital de Santa Maria, que fica do outro lado da estrada...
Bruno Gualberto acabaria por só ficar consciente no Hospital, com a queda a “massacrar-lhe” a zona das costas, pescoço e cabeça, ficando para todos os presentes a incógnita do diagnóstico. Não tendo sido identificadas lesões incapacitantes, o atleta acabaria por ser transportado para o Hospital de Coimbra, onde desde o início da semana se tenta despistar o que provocou a queda após o cruzar da linha de meta, já que parece praticamente assumido que o atleta perdeu os sentidos antes da queda.
BRUNO GUALBERTO DEVERÁ PERMANECER INTERNADO POR TEMPO INDETERMINADO
De parte parecem estar lesões graves decorrentes da queda, passadas mais de 48 horas sobre o traumatismo crânio-encefálico que Bruno Gualberto sofreu. O internamento, além do seu regresso à normalidade, servirá ”para perceber o que provocou a queda”, diz-nos Paulo Reis, responsável pelo atletismo da Juventude Vidigalense, clube que Bruno Gualberto representa. Para já estão a decorrer variados exames e, por isso, ”é provável que ele vá estar em observação algum tempo”.
Dia após dia Bruno Gualberto parece estar em melhoria e um dos fatores positivos é o facto de se movimentar bem, o que depois da queda aparatosa parece ser animador. Provisoriamente afetada parece estar a memória a curto prazo, um problema do qual o atleta vem recuperando aos poucos. Sobre os momentos antes da queda, Paulo Reis relata que o atleta leiriense se “lembra de correr, mas mais nada”.
A recuperação total pode ser, assim, algo demorada, até porque para Paulo Reis o mais importante é perceber o que realmente originou a súbita perda de sentidos, até para evitar problemas futuros. Relembre-se que apesar de Bruno Gualberto ter participado na prova de 100 metros, é nas barreiras que o atleta se sente melhor. O seu recorde pessoal nos 400 metros barreiros data de 2009, quando correu a distância em 51,14 segundos, com apenas 20 anos de idade.
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Nota :O Atleta-Digital deseja ao atleta Bruno Gualberto as rápidas melhoras e o seu regresso em pleno ao atletismo
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Um abraço para ti.
Grande abraço...
Força!