Para nenhum dos dois está equacionado fim de carreira.
O Sporting divulgou hoje o boletim clínico dos dois atletas lesionados no Nacional de Clubes, depois de avaliada a lesão de Francis Obikwelu e depois de realizada a operação a Naide Gomes.
O Nacional de Clubes foi fatídico quer para o Sporting, que viu as suas duas principais “joias do reino” lesionarem-se e ao mesmo tempo para a seleção nacional, que contaria com os dois atletas quer para o Europeu de ar livre, quer para os Jogos Olímpicos. Se dúvidas houvessem, os relatórios clínicos indicam claramente que ambos estarão ausentes de Helsínquia e se Naide falhará com toda a certeza os Jogos Olímpicos, já Obikwelu terá uma réstia de esperança nessa participação, embora também essa pareça uma hipótese remota...
Obikwelu só hoje foi avaliado em termos da sua lesão, já que era necessário um período de 48 horas após a lesão para a verificação ao certo do que motivou as dores que o impediram de fazer toda a reta de 100 metros. Confirmou-se a ruptura na perna direita, mas em dois locais diferentes, o que obrigará o atleta leonino a uma paragem entre quatro e seis semanas, ou seja em limite poderá estar nos Jogos Olímpicos, mas provavelmente fora de forma, dificultando também a tarefa de Portugal ter uma estafeta de 4x100 metros em Londres, já que precisará de marcas que estejam entre as 16 melhores seleções mundiais.
Quanto à saltadora, foi operada com sucesso no Hospital de Loures no tendão de Aquiles, o local que a tem apoquentado durante uma boa parte da carreira e que desta feita rompeu de forma muito significativa. A intervenção de que foi alvo tem vários meses de recuperação, o que invalida a presença nos Jogos Olímpicos, que poderiam até vir a ser a sua última oportunidade de medalha, embora a atleta tenha sempre tido a capacidade de regeneração e de regressar a um bom nível competitivo. Eventualmente, no estabelecimento de novos objetivos, o Mundial de ar livre possa ser equacionado, mas para já a atleta deverá estar focada na recuperação, tendo saído já do Hospital.
Abreu Matos, seu treinador e técnico responsável pelo atletismo leonino, não tem dúvidas sobre o seu regresso às competições. ”A Naide é um exemplo como mulher e como desportista, até porque é desta forma que a maioria das pessoas a conhece. A carreira desportiva da Naide é uma lição de vida para todos nós”, considerou Abreu Matos, que apesar de reconhecer que os 32 anos da atleta já obrigam a pensar no atletismo de outra forma, considera que a atleta ”é uma verdadeira guerreira”.
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E como está o atleta?