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Bolt, Blake, Jeter e Williams-Mills melhores do ano.
No fim-de-semana Kingston (Jamaica) e Kawasaki (Japão) receberam primeiros grandes meetings internacionais do ano.
Em ano olímpico tudo parece começar bem, a avaliar pelos meetings internacionais que têm ocorrido, não só no Brasil, mas também na Jamaica e Japão. Obviamente, com a presença de alguns dos melhores atletas jamaicanos e norte-americanos, Kingston foi mais competitivo que Kawasaki, sendo ambos disputados a contar com o “IAAF World Challenge”, circuito de meetings internacional, embora secundário relativamente à Liga Diamante.
BOLT E BLAKE DESENCONTRARAM-SE, PARA MARCAS PROMISSORAS NOS 100 E 200 METROS
A correrem em casa, Usain Bolt (100 metros) e Yohan Blake (200 metros) fizeram a festa perante um público delirante. Afinal a corrida em 9,82 segundos para Bolt e em 19,91 segundos para Blake são as melhores marcas mundiais do ano, mas mais que isso são marcas que muito prometem para o muito que falta até aos Jogos Olímpicos. Em ambas as provas o domínio foi jamaicano...”Estive melhor que no ano passado e por isso eu estou contente comigo próprio” disse Bolt no final, que teve de se segurar nos blocos para ultrapassar o episódio de Daegu.
As vitórias norte-americanas, no setor masculino, também porque a predominância de jamaicanos era maior, restringiram-se às provas de Bershawn Jackson (48,73 segundos nos 400 metros barreiras), Ben Bruce (8.34,17 minutos nos 3000 metros obstáculos) e Reese Hoffa (20.71 metros no lançamentos do peso).
As outras duas lideranças mundiais do ano aconteceram no setor feminino, para Carmelita Jeter (10,81 segundos nos 100 metros) e para Novlene Williams-Mills (49,99 segundos nos 400 metros barreiras), a primeira norte-americana, a segunda jamaicana. De resto, ao contrário do setor masculino, a velocidade foi dominada pelas norte-americanas, já que além da vitória nos 100 metros, houve vitória nos 200 metros de Bianca Knight (22,49 segundos), numa disputa apertada com a jamaicana Shelly-Ann Fraser-Pryce (22,53 segundos). As restantes vitórias jamaicanas ocorreriam nas provas de barreiras (Brigitte Foster-Hilton fez 12,51 segundos nos 100 metros e Melaine Walker fez 55,28 segundos nos 400 metros) e ainda a eterna rival universitária da portuguesa Patrícia Mamona, de seu nome Kimberly Williams, que venceu o triplo salto com 14.33 metros. As norte-americanas teriam assim de se contentar com outras vitórias, no salto em comprimento (Brittney Reese fez 6.56 metros) e no lançamento do peso (Michelle Carter lançou 19.22 metros).
KAWASAKI SERVIU A PREPARAÇÃO DE ATLETAS ASIÁTICOS, MAS NÃO SÓ...
Em Kawasaki (Japão) estava mais em causa a disputa entre atletas asiáticos, embora aqui e ali surgissem outros atletas de renome internacional, que preferiram rumar ao Oriente. Do lado masculino, embora sem deslumbrar, o resultado mais expressivo foi o de Liu Xiang (China), que venceu os 110 metros barreiras em 13,09 segundos. A liderança mundial acabaria por ocorrer na prova de 3000 metros obstáculos, onde o jovem queniano Jairus Birech correu em 8.18,06 minutos, muito mais rápido do que fez há um ano nesta altura da época.
Do lado feminino a presença da norte-americana Allyson Felix nos 100 metros deu para a vitória, mas lenta, em 11,22 segundos, ainda que sem oposição. A prova de 400 metros teria a presença de uma das maiores especialistas da atualidade, Amantle Montsho (Botswana), que venceu com o tempo de 50,52 segundos. Um dos principais inimigos dos atletas foi neste caso a irregularidade dos ventos, que por exemplo no concurso de salto em comprimento chegaram a atingir perto de 8 metros por segundo (!).
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