Lisboa marca transição organizativa

Sexta, 24 Fevereiro 2012
Lisboa marca transição organizativa

Meia-Maratona de Lisboa hoje apresentada.

Foi novamente no Hotel Tiara que a Meia-Maratona de Lisboa foi apresentada, onde novamente Zersenay Tadese se deverá assumir como o principal protagonista... 

A aposta na imagem é, cada vez mais, uma preocupação das provas de meia-maratona disputadas na cidade de Lisboa e com carimbo do Maratona Clube de Portugal, clube de atletismo que neste fim-de-semana tem a importante missão de superar a Conforlimpa no Campeonato Nacional de corta-mato. Hoje a conferência de imprensa foi diferente do habitual e em vez da tradicional mesa cheia de convidados, estava montado um púlpito onde, à vez, os principais responsáveis do evento foram falando.

Esta é apenas uma das alterações que se acrescentam à mudança de site e entrava em força nas redes sociais, uma sugestão do grupo Competitor que a partir de setembro passará a dar outra dinâmina às “meias” de Lisboa e Portugal. Assim a distinção de “Gold Label” parece ainda mais assegurada, mas segundo Carlos Móia, com uma equipa mais profissional e onde passará a fazer menos a bem do desenvolvimento do conceito destas provas. A 22ª edição do evento terá a sua realização no próximo dia 25 de março, dentro de um mês.

Sentimentalista, Carlos Móia, presidente do Maratona Clube de Portugal, começou por lamentar a pouca força de iniciativas em Portugal nesta altura de crise : “num Mundo em que tudo está a correr mal, a Meia-Maratona de Lisboa está a correr bem”. Mas confessaria mais tarde que na passada 4ª feira, quando o grupo Competitor esteve em Portugal para mais um encontro, Móia estava apreensivo com a queda de inscrições, mas que em dois dias foi recuperada e “as inscrições superam as do ano passado”. Móia foi mesmo considerado um exemplo para o país e Salema Garção foi mais longe ainda, fazendo uma comparação com a frase recentemente dita pelo primeiro-ministro Passos Coelho : “não desista, porque nós não somos piegas”.

Salema Garção

MARY KEITANY AUSENTE...TADESE IRÁ LUTAR POR PRÉMIO DE 50 MIL EUROS

O recorde do mundo da meia-maratona, no setor masculino, pertence ao eritreu Zersenay Tadese e depois de este ter ficado a sete segundos desse recorde, o eritreu volta para tentar mais um recorde em Lisboa. É para ele que está reservada a possibilidade de obter um cheque de 50 mil euros, até porque no setor feminino Mary Keitany estará ausente, ao contrário do que era esperado: “esperemos que esteja em forma para o ano”.

Com um total de 12 atletas com marcas na casa do minuto 59, esta edição promete ser das mais interessantes de sempre, ao nível competitivo. Do estrangeiro virão Zersenay Tadese, Teklemariam Medhin, Yared Asmeron, Kidane Tadese (Eritreia), Martin Lel, Peter Kamahis, Titus Masai, Gideon Ngatuny, Gilbert Masai, Sammy Kigen, Lucas Rotich, John Mwangangi (Quénia), Abraham Feleke e Dino Sefir (Etiópia), Dickson Marwa (Tanzânia), Aleksey Reunkov (Rússia), Mohamed Trafeh (EUA), Moogas Tasama e Zimro Zohar (Israel). Já no setor feminino estão confirmadas Edna Kiplagat, Peninah Arusei, Priscah Jepleting, Rita Jeptoo, Lynet Chepkurui, Priscah Jeptoo, Peninah Kigen, Joyce Chepkirui, Diana Chepkemoi , Pauline Njeri (Quénia), Shalane Flanagan (EUA), Nadia Ejaffini (Marrocos), Lornah Kiplagat (Holanda), Vanesa Veiga (Espanha) e Aselefech Medessa (Etiópia).

De Portugal estão confirmados os atletas do Maratona Clube de Portugal, de onde se destacam Dulce Félix, que não confirma que vá tentar novo recorde nacional : “é um bocado difícil. No ano passado estava em forma por causa da prova de Maratona”. No setor masculino, campeão de estrada, esteve hoje presente também Manuel Damião.

A corrida de cadeira de rodas, em ano de Jogos Paralímpicos, deverá ser uma das provas mais disputadas e com as dificuldades de manter a mesma qualidade de apoio a todos os atletas, o Maratona Clube de Portugal já fechou inscrições para essa prova. Salema Garção, que representou hoje os CTT nesta apresentação, confirmou que a empresa esteve para não apoiar de novo o evento, mas a justificação foi clara : “Pensámos seriamente se valeria a pena continuar a apoiar esta prova. Mas esta prova gera ruido internamente e um mês antes já estamos a receber mails de colegas que nos perguntam quando se podem inscrever na prova”. Desta forma Salema Garção justifica a existência de um forte apoio, numa altura em que os orçamentos terão um ano difícil...

MULHERES COMPARTIDAS SEPARADAS DOS HOMENS

Com a nova regra da IAAF, que só permite novos recordes femininos caso as partidas sejam dadas a horas diferentes e sem possibilidade de ‘lebres’ masculinas, a Meia-Maratona de Lisboa implementará essa medida já nesta edição. Assim as mulheres (só de Elite) partirão 15 minutos da prova masculina, com a prova de cadeira de rodas a partir antes da prova feminina.

De resto poucas novidades existirão, a não ser o aumento da feira, que é apenas mais uma sugestões do grupo Competitor, que parece estar a revolucionar o conceito deste evento. Através da marca desportiva a prova terá ainda treinos em mais do que um ponto do país, enquanto a t-shirt volta a ser técnica para a prova de meia-maratona e tradicional na mini-maratona.

Carlos Móia não deixou de alertar os participantes a, no dia do evento, não partirem no último transporte, uma situação que tem sido recorrente nos últimos anos.

Manuel Damião e Dulce Félix

Enviados Especiais : Edgar Barreira (texto) e Joana Oliveira (fotos)

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