Yazaldes Nascimento foi o destaque.
Na tarde de ontem assistiu-se no Centro de Alto Rendimento a provas muito competitivas, num hábito que começa a ser motivante para os atletas que se deslocam a estas provas.
Foi novamente o Centro de Alto Rendimento que se assumiu como um dos principais palcos competitivos na época de Inverno. O Jamor é reconhecidamente um dos melhores locais de treino em todo o Mundo, mas é também um bom local para as competições, que têm permitido bons registos.
A prova mais interessante, pela qualidade dos atletas intervenientes, acabou por ser a dos 60 metros planos, numa final em que os atletas disputaram a prova até ao último centímetro. Não há memória de uma final de 60 metros tão rápida, pela profundidade de resultados, em Portugal, considerando que três atletas baixaram dos 6,80 segundos. A vitória pertenceu a Yazaldes Nascimento (Benfica), que venceu com um novo recorde pessoal de 6,72 segundos, a somente cinco centésimos dos mínimos para o Mundial de pista coberta. Venceu assim duas referências do atletismo nacional, Arnaldo Abrantes (6,75 segundos), que este ano não está a apostar na pista coberta e Francis Obikwelu (6,79 segundos), que não está a treinar com tanta frequência nesta altura da época.
A final feminina dos 60 metros trouxe o duelo entre Andreia Felisberto (JOMA) e Carla Tavares (Sporting), desta vez com a sportinguista a levar a melhor com 7,53 segundos, uma marca ligeiramente melhor do que a que realizou no passado fim-de-semana, em Pombal. Nos 60 metros barreiras Andreia Felisberto foi a única a destacar-se das restantes, igualando a sua melhor marca da época de 8,51 segundos, curiosamente com a anterior a ser também alcançada no CAR do Jamor. Desta vez nem Mónica Lopes, nem Eva Vital (esta a recuperar de uma lesão), marcaram presença nesta prova. Ainda no setor feminino, Patrícia Mamona (Sporting) jogava aqui a disputa por um lugar no Campeonato Nacional de Clubes, já que Susana Costa tinha saltado no passado fim-de-semana 13.72 metros. Neste particular a sportinguista parece ter perdido nessa luta, já que venceu com 13.45 metros, apesar de as competições em pista coberta não serem normalmente o seu foco, embora atualmente esteja a preparar-se em Portugal para os Jogos Olímpicos. Quem tentou o recorde pessoal foi Edi Maia (Sporting), no salto com vara, onde acabou por não ir além dos 5.40 metros. O varista ainda tentou os 5.55 metros, quase conseguindo ao último ensaio, mas ainda não foi desta que se encontrou no momento de sonhar com o recorde nacional, já que os mínimos encontram-se em 5.72 metros. Da queda em Alpiarça apenas o pulso ainda apresenta dores, mas poucas, pelo que o sonho do varista persiste...Já a prova de 60 metros barreiras masculino não apresentou nenhum dos principais candidatos, com a ausência de Rasul Dabo e João Almeida, que devem medir forças no Nacional de Clubes.
Enviado Especial : Edgar Barreira (texto e fotos)
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Mas isto é medido pela cor da pele??
Grande oportunidade de estar calado e alavar loiça em casa.
Porque não se escreve que o Yazaldes ganhou e pronto. Será necessário justificar tal vitória? Não me parece
Quanto ao outro comentario concordo e nao considero racismo! Peco desculpa se ofendo alguem mas yazaldes, obikwelu, acium, sao nomes pouco portugueses e gosto de ver atletas como o arnaldo e o carlos, entre muitos outros a dar luta aos NOSSOS lusos-africanos!