Bekele pode respirar de alívio.
A ameaça da não participação nos Jogos Olímpicos deste ano ficou assim levantada depois da reintegração dos atletas no estágio.
O nervosismo entre os fãs do atletismo etíope ficou, para já, de lado, depois dos 35 atletas etíopes banidos há menos de uma semana, terem tido a sua suspensão levantada. A causadora pela suspensão tinha sido a Federação Etíope de Atletismo, a mesma que agora deixou que os atletas reintegrassem o estágio que insistiram em faltar : “Os atletas prometeram acatar as nossas diretivas a partir de agora”. Entre os atletas estavam os medalhados Kenenisa Bekele, Tirunesh Dibaba, Meselesh Melkamu e Aberu Kebede, nomes sonantes do atletismo etíope que justificaram a ausência por presenças internacionais ou lesões.
Esta atitude da Federação Etíope de Atletismo surge depois de um Mundial de Ar Livre, em Daegu, de má memória face aos fracos resultados (nono classificado, com uma única medalha de Ouro), além das sucessivas derrotas nas Maratonas comerciais em todo o Mundo, com uma forte prevalência para o Quénia, o mais direto rival, mas também para outros países que têm naturalizado atletas, alguns de origem etíope.
Na preparação para os Jogos Olímpicos de 2012, em Londres, a federação pretenderá desta forma limpar e arrumar uma casa, que tem perdido a fama de outros tempos e onde nem Kenenisa Bekele voltou a ser o astro que foi antes de se ter lesionado – relembra-se a história de um Mundial de corta-mato em que depois de perder um sapato voltou para a frente para ganhar confortavelmente...
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