O melhor de 2011 (Meio-fundo e Fundo)

Sexta, 06 Janeiro 2012
O melhor de 2011 (Meio-fundo e Fundo)

Provas de meio-fundo e fundo em análise.

No balanço de 2011 o Atleta-Digital continua um pequeno conjunto de artigos que analisam o sucesso global das várias áreas do atletismo. 

Os recordes aconteceram nestas provas em 2011, com a continuação do domínio dos atletas africanos que geram grandes atletas todos os anos. A maioria dos candidatos assumiu esse papel ao longo da época e os destaques foram mais que muitos. Comecemos pelo meio-fundo...

RUDISHA CONFIRMOU NA PISTA QUE RECORDE DO MUNDO EM 2010 NÃO FOI UM ACASO

No meio-fundo, quem se destacou claramente foi o queniano David Rudisha que foi acumulando vitórias atrás de vitórias, sendo campeão do mundo em Daegu numa final que foi sempre à frente da prova, até ao fabuloso tempo de 1.41,33 minutos, marca relizada a 10 de Setembro de 2011 em Rieti. Essa marca a 32 centésimos do seu recorde mundial passou a ser a quinta melhor marca de sempre, provando que a época anterior de Rudisha não tinha sido um “engano” como aconteceu com a sua compatriota queniana Pamela Jelimo de 2008 para 2009. No entanto, uma semana depois de Rieti, Rudisha viu a sua série de 26 vitórias consecutivas ser travada em Milão pelo pequeno jovem etíope Mohamed Aman (apenas 17 anos!), numa prova em que este ganhou em 1.43,50 contra os 1.43,57 do queniano.

Também os 800 metros femininos tiveram um bom nível com três atletas abaixo de 1.57 minuto e onde as russas afirmaram o seu poderio na distância com cinco atletas entre o top-8 mundial do ano. Mariya Savinova foi a campeã e líder mundial do ano com 1.55,87 minutos, marca obtida em Daegu. Nas posições seguintes do ranking mundial ficaram Caster Semenya (1.56,35), que também apostou na mudança da sua imagem dentro e fora das pistas, além de Yuliya Rusanova (1.56,99).

Uma das melhores marcas da época no meio-fundo foi conseguida pelo queniano Brimin Kiprop Kipruto, nos 3000m obstáculos. O atual campeão olímpico da distância aproveitou da melhor maneira uma prova “planeada” para recorde do mundo para colocar o seu nome como segundo melhor de sempre. Foi no Mónaco que Kipruto venceu os seus compatriotas mais conhecidos (Ezekiel Kemboi e Paul Koech) com o tempo de 7.53,64 minutos. O tempo ficou a um mísero centésimo de segundo do recorde mundial e promete para 2012.

Nas provas mais longas, em pista, destaque para a queniana Vivian Cheruiyot que além de campeã mundial nos 5000 e 10000 metros, foi líder do ano na légua com 14.20,87 minutos, a nove segundos do recorde do Mundo. No lado masculino, num mundo dominado por atletas etíopes e quenianos, Mo Farah (inglês nascido na Somália) surpreendeu tudo e todos. Farah chegou ao topo mundial com o ouro em Daegu nos 5000 metros, além da melhor marca do ano nessa distância em 12.53,11 minutos, factos aos quais juntou ainda a medalha de prata em Daegu nos 10000 metros. Nesta distância, o britânico colocou o seu recorde pessoal em fabulosos 26.46,57 minutos (entrando na época com 27.28,86!). Já Kenenisa Bekele chegou um “pouco” atrasado na época mas ainda foi a tempo de ser o melhor do ano nos 10000 metros, com a sua marca de 26.43,16 minutos.

E O MÍTICO HAILE GEBRSELASSIE VIU CAIR RECORDE NA “SUA” MARATONA DE BERLIM

Nas provas de estrada, o ano ficou marcado pelo fantástico recorde mundial na prova da Maratona, recorde obtido por Patrick Makau que até aí era apenas mais um queniano entre tantos outros de grande qualidade. Na Maratona de Berlim, correndo inclusivamente contra Gebrselasie, Makau mostrou-se inconformado com o ritmo das lebres aos 25 quilómetros e decidiu abanar a prova, deixando “Gebre” para trás (este acabaria por desistir com problemas respiratórios) e, mantendo um ritmo impressionante, cortou a meta com menos 21 segundos do que o anterior recorde mundial, fixando-o em 2.03,38 horas.

Um mês mais tarde aconteceria algo impensável. Outro queniano, Wilson Kiprotich, correndo 2.03,42 na Maratona de Frankfurt, ficou a escassos quatro segundos da marca de Makau! Ano após ano, a Maratona tem visto o seu nível aumentar no lado masculino: 11 atletas (todos quenianos) baixaram das 2:06 horas e 25 atletas baixaram das 2:07 horas (dos quais 24 atletas foram quenianos e um brasileiro, Marilson dos Santos).

Na Meia-Maratona, a melhor marca mundial masculina do ano foi novamente feita em Lisboa e pelo eritreu Zerzenay Tadese. Depois de em 2010 ter batido o recorde mundial em Lisboa, Tadese voltou a Lisboa com o objectivo de melhorar a marca mas fez mais nove segundos, acabando a Meia de Lisboa com 58.30 minutos. Se o recorde mundial esteve perto de cair no lado masculino, nas mulheres esse recorde caiu mesmo. Mary Jepkosgei Keitany , do Quénia, “roubou” 35 segundos à anterior melhor marca mundial (1.06,25) da holandesa Lornah Kiplagat, completando a Meia-Maratona de Ras Al Khaimah (Emirados Árabes Unidos) em 1.05.50 hora.

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Comentarios (1)add feed
. : .
não é "um mísero segundo do recorde mundial", mas sim um mísero centésimo de segundo do recorde mundial
Janeiro 07, 2012
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