O melhor de 2011 (Saltos e P.Comb.)

Quarta, 04 Janeiro 2012
O melhor de 2011 (Saltos e P.Comb.)

Saltos e Provas Combinadas em análise.

No balanço do ano de 2011, o Atleta-Digital inicia aqui um pequeno conjunto de artigos que analisam o sucesso global das várias áreas do atletismo.  

Os setores dos saltos e provas combinadas conheceram alguns sucessos no ano de 2011 e os recordes foram tentados…Além da França, que tem colocado atletas franceses de referência nos saltos, são os países de leste a dominarem saltos e provas combinadas e quando assim não foi a excepção veio quase sempre do outro lado do Atlântico…

TRIPLO E VARA FORAM DESTAQUES MASCULINOS, CHICHEROVA APROXIMOU-SE DO RECORDE

O evento masculino de saltos que teve o resultado mais espetacular foi mesmo o triplo salto e não foi por causa do suspeito do costume, o francês Teddy Tamgho. Na verdade o saltador francês, após ter saltado 17.92 metros em pista coberta, começou bem a época de ar livre, prometendo novamente passar os 18 metros, quando em Junho obteve os 17.91 metros. No entanto, o francês acabou por se lesionar, nem participando no Campeonato do Mundo. O grande (e muito supreendente) resultado do ano acabaria mesmo por acontecer em Daegu, durante o Mundial, por Christian Taylor, um jovem de 21 anos que saiu da Universidade para saltar 17.96 metros e ser campeão do mundo. Derrotou inclusivamente Phillips Idowu que fez em Daegu a melhor prova da sua carreira, com seis saltos válidos entre 17.38 e 17.77 metros.

O salto com vara masculino teve mais um ano produtivo em termos de marcas com três atletas a passarem a fasquia dos 5.90 metros. Quando todos esperavam que o francês Renaud Lavillenie ganhasse mais um título mundial, foi Pawel Wojciechowski, polaco de 22 anos, o surpreendente campeão do mundo com 5.90 metros (ao qual juntou a liderança anual com 5.91 metros). Neste evento, os polacos estão em grande, colocando três jovens (com idades inferiores a 24 anos) nos oito primeiros do ano (com 5.91 metros , 5.85 metros e 5.75 metros). No lado feminino Yelena Isinbayeva regressou às competições mas parece que os “fantasmas” não a deixaram… Voltou a ser orientada pelo seu primeiro treinador e prometeu bastante com 4.85 metros em pista coberta mas ao ar livre esteve longe do seu recorde mundial e nunca “dominou” como era habitual. Ficou-se pelos 4.75 metros e em Daegu quedou-se na 6ª posição. Jennifer (Stuczynski) Suhr aproveitou para ser a líder do ano com 4.91 metros e a brasileira Fabiana Muhrer para ser campeã mundial com 4.85 metros.

No salto em altura o grande destaque foi a russa Ana Chicherova que, além de vencer o ouro em Daegu, saltou 2.07 metros. Chicherova tornou-se assim a terceira melhor de sempre no evento, empatada com Lyudmila Andonova, a escassos dois centímetros do recorde mundial de Stefka Kostadinova. Foi pena não ter havido uma Blanka Vlasic em melhor forma que pudesse provocar um despique que levasse uma das duas atletas ao “velhinho” recorde mundial. No lado masculino, Jesse Williams venceu em Daegu (2.35 metros) e foi líder mundial com um salto a 2.37 metros, num ano em que “nasceu” um novo nome a ter em conta para o futuro, o jovem Mutaz Barshim do Qatar.

No salto em comprimento o destaque vai para três mulheres acima dos 7 metros. A norte-americana Brittney Reese fez a melhor marca do ano (7.19 metros) e foi campeã mundial (6.82 metros). Acima dos sete metros também estiveram as russas Darya Klishina (7.05 m) e Olga Zaytzeva (7.01 m). Nos masculinos, o único a passar 8.50 metros foi o australiano Mitchell Watt (8.54 m) mas o campeão mundial, pela quarta vez na sua carreira, foi o norte-americano Dwigth Phillips.

DOIS AMERICANOS ACIMA DOS 8600 PONTOS NO DECATLO, CHERNOVA AFIRMOU-SE NO HEPTATLO!

Ashton Eaton e Trey Hardee foram os atletas mais completos no ano de 2011. A liderança anual foi para o jovem Ashton Eaton com 8729 pontos (100m – 10,33 s ; Comp – 7.80 m ; Peso – 14.14 m ; Altura – 2.05 m ; 400 m – 46,35 s ; 110 m barr – 13,52 s ; Disco – 41.58 m ; Vara – 5.05 m ; Dardo – 56.19 m ; 1500 m – 4.24,10) à frente de Trey Hardee (8689 pontos). Contudo, em Daegu as posições inverteram-se e Hardee superiorizou-se a Eaton (8607 vs. 8505 pontos). Leonel Suaréz de Cuba foi o terceiro do ano com 8501 pontos feitos em Daegu, marca que lhe valeu a medalha de bronze.

No Heplato, a russa Tatyana Chernova ,de 23 anos, foi a atleta em maior destaque em 2011 com três das cinco melhores marcas do ano, sendo a líder anual com 6880 pontos (100 m barr -13,32 ; Altura- 1.83 m ; Peso – 14.17 m ; 200 m – 23,50 s ; Comprimento– 6.61 m ; Dardo – 52.95 m ; 800 m – 2.08,04). A esperança britânica para o ouro olímpico em Londres 2012, Jessica Ennis, foi a segunda do ano a escassos 90 pontos de Chernova e a 33 do seu recorde pessoal. A pouca distância de diferença no valor global destas duas atletas promete muito para 2012.

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