«Penso que podemos passar esta crise com menos preocupações.»
Na ronda pelos clubes de pódio em Nacionais de Clubes fomos falar com Paulo Reis, que nos falou do projecto da JV e a sua perspectiva sobre o futuro.
Na discussão do papel dos clubes em Portugal, o Atleta-Digital está a levar a cabo a ronda por alguns clubes de 1ª Divisão, que alcançaram os pódios na época passada. No seguimento da entrevista com Abreu Matos, sobre o projecto do Sporting, continuamos esta radiografia aos clubes portugueses, numa altura de dificuldades financeiras, que permitirá fazer a antevisão dos nacionais de clubes de 2012.
A JOVEM IRREVERÊNCIA CRESCEU PARA UM CLUBE DE REFERÊNCIA EM PORTUGAL
A Juventude Vidigalense nasceu para o atletismo como muitos clubes o fizeram no passado. Em 1986 entre os três jovens que fundaram a ideia para este clube estava Paulo Reis, ainda hoje líder de um projecto que só tem conhecido crescimento. Foi em 1992 que o clube foi oficialmente fundado e com os tempos saiu da localidade de Vidigal para a cidade de Leiria, um processo que decorreu de forma gradual e natural..
Atleta-Digital : Como foi a mudança de Vidigal para Leiria, onde actualmente realizam todo o trabalho?
Paulo Reis: A mudança ocorreu por fases. Numa primeira fase tínhamos toda a actividade centralizada no Vidigal. Depois passou a ser um ponto de encontro para as provas, mas já íamos treinar algumas vezes a Leiria, quando o clube começou. A partir do momento em que a pista de Leiria levou tartã e passámos a ter a possibilidade de termos gabinetes dentro do Estádio, aí fomos de ‘armas e bagagens’ para o Estádio de Leiria. Já não temos nada em Vidigal. O clube tem as origens no Vidigal e muitos sócios são desta zona. Há alguma proximidade com as origens que não é tanta como gostaríamos que fosse.
Os sucessos da Juventude Vidigalense somam-se há muitos anos, onde Paulo Reis destaca a ida de Vânia Silva a dois Jogos Olímpicos. Além dos três pódios séniores em nacionais de clube, o principal destaque vai mesmo para o sector mais jovem do clube : ” Ao nível das equipas juvenis, juniores e sub-23 temos seis títulos consecutivos em juvenis masculinos, três não consecutivos em juvenis femininos e temos um em juniores masculinos e outro em sub-23 masculinos”. Mas este sucesso deve-se fundamentalmente à estrutura técnica deste clube, uma estrutura única em Portugal, considerando o número de técnicos envolvidos e a dinâmica ao nível do incentivo que faz com que a comunidade do atletismo, principalmente os atletas, fiquem seduzidos pelo projecto da Juventude Vidigalense. Um sistema de “crédito” ao nível da aquisição dos equipamentos, com direitos regulamentados e um plafond para gastos com a actividade desportiva para os atletas séniores de maior valia são formas de sedução sem gastos avultados e com certeza da canalização do investimento para a actividade desportiva. Além disso um novo Departamento Médico promete dar mais apoio aos atletas.
Atleta-Digital : Explique-nos como é estruturada a equipa técnica para o alcance dos sucessos...
Paulo Reis : Temos duas áreas que estão devidamente balizadas, a formação e a competição. Na formação temos os benjamins, infantis e iniciados. O trabalho é geral, os treinadores treinam só os atletas daquele escalão etário. Para colmatar uma dificuldade que fomos tendo, que era ter muitos atletas e não conseguirmos dar um apoio tão próximo, criámos a Academia de Atletismo que visa dar acompanhamento aos atletas que vão aparecendo e que se vão destacando mais. Temos umas marcas de acesso em que os atletas passam a ter uma sessão extra de treino num grupo mais reduzido com a ajuda de um técnico para dar acompanhamento mais próximo. Depois no escalão de iniciados já temos a funcionar as escolas, que visam dar mais um treino na área para a qual eles vão demonstrando mais aptidões, numa perspectiva de dar uma abordagem à técnica mais aprofundada. Temos a escola de lançamentos, de meio-fundo e marcha, de salto com vara e de salto em altura. Quando passam a Juvenis mudam de treinador e aí já se tenta especializar por áreas.
Atleta-Digital : Têm-se sentido o terceiro grande em Portugal pelo trabalho desenvolvido nos últimos anos?
Paulo ReisPodemos ser. Na formação julgo que já somos há algum tempo dos melhores. Ao nível sénior não somos um clube que se baseia em grandes apoios económicos para ter as equipas que têm. Penso que nós poderemos passar por um período de crise de uma forma mais descansada que clubes que pedem um grande patrocinador e cuja permanência dos atletas é temporária. Penso também que podemos passar esta crise com menos preocupações e que nos podemos afirmar como a terceira ou a quarta maior equipa. Acho que há quatro ou cinco equipas que estão muito equilibradas e a médio prazo umas vão-se afirmar, outras desaparecer, e nós esperamos essa afirmação.
Atleta-Digital : Como se tem convencido as várias Direcções e os órgãos camarários da necessidade da existência da JV a este nível?
Paulo Reis : As Direcções do clube tem sido mais fácil. Tem sido gente que gosta do clube, bastante dinâmica e as últimas Direcções têm sido cada vez melhores, que incluem ex-atletas, pais de atletas e pessoas ligadas à modalidade. O atletismo é uma modalidade muito particular, que exige uma entrega de muitas horas, os eventos são prolongadas. As pessoas são escolhidas de forma muito criteriosa. Ao nível autárquico não temos dificuldade em persuadir o município e as juntas de freguesia. O problema neste momento é efectivamente que não há recursos. Não há má vontade, há sempre interesse em apoiar e incentivar, só que não há recursos. Tem de se repensar um pouco o movimento associativo localmente porque efectivamente temos de ser cada vez menos depende dos subsídios do Estado…
Atleta-Digital : A Juventude Vidigalense não é um clube que aposte em grandes contratações, embora tente aglutinar bons atletas nas equipas jovens. É esta a estratégia de contratações do clube?
Paulo Reis Tem sido e vai ser cada vez mais. Tínhamos em Leiria um apoio do município que se chamava contrato de Elite em que tínhamos um apoio extra consoante as classificações das equipas seniores na 1ª Divisão. Não era significativo mas no ano passado chegou aos 8500 euros e este ano já fomos informados que esse apoio vai terminar. Nós tentávamos com esse valor fazer as equipas para os anos seguintes. À partida na próxima época teremos mais dificuldade em gerir as nossas equipas. O futuro é capaz de ser um pouco difícil e a nossa estratégia é arranjar mais valias locais que façam perceber os atletas que é possível ficar no clube em vez de estar a sair.
Atleta-Digital: Não sente que o trabalho que a JV faz acaba por ser utilizado por outras equipas nacionais, sem que existam grandes contrapartidas? Como acha que poderia fixar mais os atletas?
Paulo Reis : Mais do que pensarmos fixá-los no clube, temos a preocupação de os fixar à modalidade. Fizemos uma análise dos últimos anos e percebemos que não estávamos a ter o sucesso que deveríamos ao nível da fixação dos atletas à modalidade. Alguns chegam à altura de fazer opções na vida e optam por outros caminhos, mas também há outros que nós achamos que fazendo algumas alterações internas os podemos fixar mais tempo à modalidade. As saídas do clube até não têm sido significativas, principalmente aqueles que fizeram toda a formação no clube, são meia-dúzia de casos, embora sejam os melhores. Temos conseguido ser eficazes em fixar os atletas proporcionando-lhes condições locais que eles percebam que não vale a pena aceitarem uma proposta mesmo que seja um pouco maior porque depois aquilo que perdem é realmente mais do que aquilo vão ganhar. É essa a nossa filosofia neste momento…
OS EVENTOS E AS PARCERIAS ESTRATÉGICAS QUE TENTAM ENVOLVER A CIDADE
A proactividade da Juventude Vidigalense é apontada por Paulo Reis como uma das maiores qualidades do clube, que tem tentado chamar a si a comunidade de Leiria, apesar de ter descoberto que apenas um terço da população de Leiria conhece o clube. “Sabemos que cerca de 33% da população nos conhece, que era uma das coisas que eu achava que estávamos ligeiramente acima. A minha expectativa era de 50%”, diz-nos Paulo Reis que conheceu estes números através de um projecto ligado ao Ensino Superior. Com o Ensino Secundário e Superior também tem conseguido estagiários a trabalhar no clube, que em Janeiro e Fevereiro terá nove pessoas a tempo inteiro, quatro destas funcionários.
Atleta-Digital: A ligação às Escolas e às Universidades têm sido uma preocupação constante da JV. Que frutos têm tirado daí?
Paulo Reis : Muitos. Foi uma das melhores ideias que tivemos. Temos na Direcção um elemento cuja função é a ligação ao meio escolar. Ao nível da ligação com Escolas Secundárias as grandes mais valias é a presença de estagiários de âmbito curricular. Ao nível da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais tivemos alunos do curso de Desporto e Bem-Estar que estiveram a fazer estágios curriculares e mais tarde profissional e alguns deles vão ficando como técnicos. E temos uma parceria ao nível do atletismo universitário. Ao nível da Escola Superior de Tecnologia e Gestão talvez tenha sido aquela em que conseguimos tirar ainda mais benefícios. Quer ao nível da Biomecânica, quer ao nível do curso de Informática, quer ao nível do Marketing e Gestão, em que ficámos a saber quanto vale a nossa marca em Leiria. Para o ano que vem já estamos a trabalhar com a Engenharia Electrotécnica, numa tentativa de fazer células fotoelétricas e ergo-jumps. Existe lá o conhecimento em geral, mas não o conhecimento específico da modalidade. Nós com o conhecimento específico da modalidade reunimos e vamos aprendendo uns com os outros. É algo para continuar e recomendo a outros clubes que o façam…
A Organização de eventos é outro dos aspectos relevantes deste clube, que têm um evento de captação, o Mini-Craque, que Paulo Reis considera “evento de bandeira”, já que visita todas as escolas de 1º ciclo do concelho de Leiria. Na promoção da modalidade são organizados o “Atletismo em Família” e a “Taça JV de Iniciados”, neste último caso ”para começar a preparar os nossos jovens para provas de cariz colectivo”. Eventos como o Meeting de Leiria e o Torneio de Lançamentos, tal como noticiado ontem pelo Atleta-Digital, são eventos que sendo importantes estão em risco de não se realizarem em 2012 pela alteração das regras no Estádio de Leiria e no Centro Nacional de Lançamentos. Na calha está a eventualidade de a Taça dos Clubes Campeões Europeus de Juniores voltar a Leiria. Paulo Reis explicou-nos os motivos...
Paulo Reis: No que respeita a TCCE de Juniores nós definimos de há alguns anos a esta parte que este era um evento prioritário para nós. Com o apoio das juntas de freguesia, da família, fomos levando as nossas equipas lá fora, o que trouxe mais aspectos positivos que negativos. A partir do momento em que os apoios reduziram tínhamos duas hipóteses, ou deixávamos de participar ou então organizávamos. Optámos por organizar e não correu tão bem como queríamos, porque a adesão das equipas não foi a que esperávamos. Demos conta disso no relatório que enviámos à Associação Europeia de Atletismo. Não descartamos voltar a organizar em Setembro de 2012 a competição, juntando os grupos B e C. Queremos realizar o evento mesmo que não participemos com as nossas equipas. Queríamos junto da comunidade leiriense limpar um pouco uma certa má imagem que ficou porque sentimos que existem pessoas que julgam que vendemos gato por lebre. Organizar uma competição em que só estiveram seis equipas e duas delas eram nossas, ficou um pouco aquém...
DO PRESENTE AO FUTURO...MAS COM SAUDADES DOS TEMPOS DO BAIRRO DOS ANJOS
Apesar do optimismo de Paulo Reis, que transmite toda a segurança num projecto que não se encerra só ao nível puramente competitivo, há uma temática que o incomoda, mais do que a crise nos apoio ao clube : as infra-estruturas. Há muitos anos que a Juventude Vidigalense tem no Estádio Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria, a sua principal actividade, além do uso frequente do Centro Nacional de Lançamentos, que fica numa zona anexa. Mas este pode ser um cenário que pode mudar de repente, apesar de Paulo Reis sentir que existe a preocupação de proteger os interesses da Juventude Vidigalense.
Atleta-Digital : Como está o processo do Estádio de Leiria relativamente à Juventude Vidigalense e que limitações se esperam num futuro próximo?
Paulo Reis: Cada dia que passa mais limitações. Primeiro a hipótese de a Câmara Municipal de Leiria vender o estádio, que não se concretizou. Agora há a solução de fechar a empresa municipal que gere o espaço, a Leirisport, mas depois não se sabe bem como irá ser gerido. Nós próprios já nos disponibilizámos para gerir o Centro Nacional de Lançamentos, fazendo nós próprios a gestão. Antes de começar a época havia uma directriz em que todos os praticantes teriam de pagar 1.75 euro mais uma taxa de 25% de utilização, nos casos dos treinos se realizarem à noite o que era algo que inviabilizava por completo a nossa existência. Era uma regra para todas as instalações desportivas e conseguiu-se que o município só cobrasse aos atletas séniores. Neste momento há um custo que assumimos com os melhores atletas séniores e no Centro de Lançamentos é pior ainda porque é 3.50 euros mais 25% de taxa de utilização nocturna e aí como temos mais seniores está a ser um pouco pesado porque são cerca de 90 euros mensais por atleta de custos de utilização. Paralelamente a isso nós tínhamos abertura quase total para os eventos que queríamos organizar no Estádio e percebemos na semana passada que as regras tinham mudado e que a dificuldade de organizar eventos com seniores a competir passaria a ser muito maior. Esta é a área em que tenho mais preocupações em relação ao futuro. Se efectivamente esta questão das taxas alastra a todos os escalões nós deixamos de ter 200 atletas e passamos a ter 40 ou 50 porque temos consciência que a maior parte dos nossos atletas não tem capacidade de pagar e o clube com os apoios e subsídios a reduzir também não terá possibilidade para isso.
A época está a começar, o mês de Janeiro será já mês de competições nacionais na pista coberta e os apuramentos para o Nacional de Clubes começam já aí. Tal como no ano passado a aposta é mais no sector masculino, embora em 2012 a equipa feminina deva estar mais equilibrada, mas não na pista coberta, devido a algumas lesões. A preocupação pelo sector feminino é grande porque ” começámos por perder algumas atletas importantes quando fomos ao pódio pela primeira vez, com as saídas da Irina Rodrigues, Vânia Silva e a Vera Lavrador. Temos tido uma dificuldade muito grande em fixar raparigas com algum talento. Houve outras que entenderam que era o momento para terminar a carreira, como por exemplo a Cátia Ferreira e a Lilian Silva este ano está a passar uma fase em que irá treinar muito pouco” , indica-nos Paulo Reis. Já no sector masculino o técnico julga que o Girassol é o grande candidato ao terceiro lugar nos Nacionais de Clube, principalmente na pista coberta e justifica o porquê : ” A nossa vantagem ao longo dos anos é ter uma equipa com mais opções e conseguimos colmatar de forma mais simples e eficaz um ou outro atleta que se lesione, um ou outro atleta que não pode participar e vamos tendo recursos para colmatar isso. Ao ar livre, com muitas provas, com duas estafetas e necessidade de envolver mais gente temos alguma vantagem…”
Atleta-Digital : Considera que a rivalidade de clubes como JOMA, SC Braga e Girassol tem sido positiva para a evolução e motivação das vossas equipas?
Paulo Reis : Têm sido. Houve uma fase em que tínhamos uma grande rivalidade local com o Bairro dos Anjos e isso fez-nos crescer muito porque não nos podíamos distrair. Tenho saudades desses tempos embora na altura, por sermos um pouco jovens, tenhamos até exagerado em algumas fases dessa rivalidade. Agora com mais maturidade, se ela existisse, seria muito bom para o atletismo local. A nível nacional assistimos ao crescimentos desses clubes. O Girassol é efectivamente um clube que tem crescido muito, até na formação e penso que será no sector masculino o maior candidato para ir ao pódio. A JOMA já teve uma fase mais áurea e pela minha avaliação será uma equipa que na pista coberta será quase garantidamente terceira, penso que depois ao ar livre quando se alargar o número de provas, já teremos uma palavra a dizer. A esses penso que juntaríamos o Marítimo que é sempre uma equipa a ter em conta. Julgo ser muito bom haver esta competitividade.
PAULO REIS DESTACA FALTA DE ABERTURA DOS CLUBES A VERTENTES NÃO COMPETITIVAS
No bloco de questões fixas que são questionadas aos intervenientes, Paulo Reis usou a sua experiência pessoal para justificar algumas das posições. Depois de ter estado este ano num congresso europeu de clubes, concluiu que os grandes clubes conseguem captar até 1000 praticantes por ano, sendo que apenas 10% desses estão na vertente competitiva. Ao contrário de Abreu Matos, concorda com o actual modelo do Nacional de Clubes, embora gostasse que o espírito colectivo fosse mais abordado em escalões mais jovens...
Atleta-Digital: Concorda com o actual modelo de campeonatos nacionais de clubes?
Paulo Reis: Concordo. Houve uma altura em que havia subidas e descidas na própria época, havendo apuramentos locais para a 3ª divisão. Como no atletismo é possível que apareçam clubes muito fortes repentinamente e outros que desapareçam repentinamente, penso que o nosso modelo está correcto até porque é mais emotivo…Ao nível dos escalões mais jovens poderia haver alguma alteração, aproximando o campeonato mais do formato dos seniores, valorizando mais os clubes que tenham atletas em todas as disciplinas do atletismo, principalmente em juniores. Reconheço que também não é fácil dar uma grande volta ao formato que temos. Olhamos para o nosso calendário competitivo e vemos que já está tão preenchido que não é fácil grandes inovações...
Atleta-Digital : Quais as maiores dificuldades com que se deparam os clubes?
Paulo Reis: A grande dificuldade é na captação de apoios económicos que viabilizem a existência do clube. Os clubes organizados têm de ter técnicos que são remunerados, grandes despesas com transportes e equipamentos. Mesmo que não haja subsídios a atletas, um clube que tenha 200 atletas gasta sempre 20 mil euros só nestas coisas. Os clubes agora não sabem onde hão-de ir buscar o dinheiro. Nas autarquias sabemos como as coisas estão, nas empresas também é praticamente a mesma coisa e as próprias famílias têm dificuldade em colaborar…
Atleta-Digital: Que papel deve ter um clube no actual panorama do atletismo?
Paulo Reis : Penso que o clube tem de ter um papel na captação de valores, quer na própria promoção do clube e da modalidade, principalmente a nível local tendo, se possível, meios de promoção da sua actividade ao nível da internet, das redes sociais e de uma página. Depois procurar criar condições para poder trabalhar no médio e alto rendimento. Há ainda outra área que penso que os clubes de atletismo estão um pouco afastados que tem a ver com a abertura do atletismo à população que não tenha interesses competitivos. Essa é uma área que está um pouco por explorar nos clubes de atletismo. Estamos muito direccionados para a competição e se calhar com estas dificuldades económicas podemos ai buscar alguns meios para alimentar as equipas competitivas.
Perfil actual do clube:
Atletas federados : 200 (15 atletas com sistema de plafond)
Treinadores dedicados ao clube : 17, apenas três não remunerados
Instalações de treino : Estádio Dr. Magalhães Pessoa e Centro Nacional de Lançamentos
Departamento Médico : Espaço próprio, apetrechado e com técnicos especializados
Orçamento anual : 100 mil euros
Edgar Barreira
|