A fechar o especial do Europeu de Corta-Mato.
A Grã-Bretanha voltou a ser a equipa mais medalha, isolando-se cada vez mais na frente da tabela de medalhas, enquanto Portugal perdeu segundo lugar da história do evento.
A prestação portuguesa, boa, mas apenas no sétimo lugar das medalhas, não foi suficiente para continuar a garantir o segundo lugar da tabela de medalhas. Para o manter a selecção nacional tinha de obter dois Ouros, para fazer face ao poderio da França nesta especialidade. Nenhuma medalha de Ouro ficou pendurada no peito de qualquer atleta português, mas o Bronze de José Rocha e a Prata de Dulce Félix tornaram esta uma edição muito proveitosa, se for tomado em linha de conta as equipas que se deslocaram a Velenje, com ausências importantes.
Por outro lado a Grã-Bretanha foi novamente a raínha do dia, o país onde o corta-mato foi impulsionado e que ainda hoje, tal como foi título de uma das notícias do Atleta-Digital, antes do evento, tornam a tradição uma moderna realidade. Ontem foi um total de 12 medalhas, metade delas de Ouro, o que mostra a terrível eficácia destas selecções, que teimam ser super favoritas do lado feminino. Por curiosidade, depois da equipa sénior feminina ter estado desde 2004 sempre no segundo lugar, este ano quebrou o “feitiço” batendo a selecção portuguesa. Desde 2004 as portuguesas tinham ganham colectivamente cinco vezes, alternando com outras selecções, como Rússia e Espanha.
A Espanha foi uma das grandes derrotadas do dia, só com duas medalhas (uma de Prata e uma de Bronze), ambas em séniores masculinos, depois de resultados colectivos muito fracos nos restantes escalões : Júniores femininos (7º), Júniores masculinos (8º), Sub-23 femininos (6º), Sub-23 masculinos (4º), Séniores femininos (7º) .
Mais feliz foi a França, que honrou o estatuto de nova segunda equipa na história das medalhas, obtendo em Velenje precisamente o segundo lugar. Todas as medalhas foram alcançadas no sector que mais poder tem, o masculino, com nenhuma medalha alcançada em femininos. Destas metade foram de Ouro, que permitiram ultrapassar Portugal na tabela de sempre, das medalhas.
As surpresas foram as selecções da Rússia e da Noruega. A primeira parece finalmente ter levantado algum do “divórcio” que vinha demonstrando nos últimos anos. Desta forma a selecção russa levou também para casa quatro medalhas, como as selecções de Portugal, França e Alemanha, uma delas de Ouro, através de Ilgizar Safiulin, em júniores masculinos. A Noruega voltou também a apostar forte no corta-mato, onde já tinha demonstrado um bom momento no Campeonato Nórdico, que este ano decorreu na Dinamarca. O improvável Ouro apareceu, para esta equipa, na colectiva da prova de sub-23 masculinos, derrotando as fortes selecções britânica e francesa.
Após este Europeu de Corta-Mato, que bateu mesmo o recorde de participantes, a lista das medalhas de sempre ficou assim ordenada:
[País (Ouro | Prata | Bronze) – Total]
1. Grã-Bretanha (38 | 34 | 20) – 92
2. França (20 | 17 | 22) – 59
3. Portugal (19 | 19 | 16) – 54
4. Espanha (13 | 17 | 14) – 44
5. Rússia (12 | 20 | 12) – 44
6. Ucrânia (11 | 2 | 6) – 19
7. Turquia (8 | 3 | 6) – 17
8. Hungria (5 | 0 | 1) – 6
9. Roménia (4 | 10 | 11) – 7
10. Itália (4 | 3 | 5) – 12
11. Holanda (4 | 2 | 2) – 8
12. Irlanda (3 | 3 | 3) – 9
13. Bélgica (3 | 2 | 6) - 11
14. Alemanha (2 | 3 | 9) – 14
15. Noruega (2 | 3 | 2) – 7
16. Polónia (1 | 4 | 4) – 9
17. Suécia (1 | 3 | 5) – 9
18. Jugoslávia (1 | 2 | 7) – 10
19. Finlândia (1 | 2 | 2) – 5
20. Suíça (1 | 2 | 0) – 3
21. Dinamarca (1 | 0 | 0) – 1
21. Letónia (1 | 0 | 0) – 1
21. Eslovénia (1 | 0 | 0) – 1
24. Sérvia (0 | 3 | 2) – 5
25. Áustria (0 | 1 | 1) – 2
26. Bielorrússia (0 | 1 | 0) - 1
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