[VELENJE11] Dulce ‘foi à guerra’ e trouxe Prata

Domingo, 11 Dezembro 2011
[VELENJE11] Dulce ‘foi à guerra’ e trouxe Prata

Prata colectiva é justo prémio para selecção de renovação.

A veterana Ana Dias ainda foi fundamental para as cordes nacionais, numa prova onde Dulce Félix mostrou a raça de campeã e só não conseguiu atingir a irlandesa vencedora. 

Foi um início de tarde brilhante para as cores nacionais, que não atingindo o sucesso do ano passado, chegou a elevados níveis desportivos. Não era óbvio como se desenrolaria esta prova, onde se é verdade que Dulce Félix era candidata, depois do terceiro lugar de Albufeira, atingido nas mesmas condições, ou seja, depois da disputa da Maratona de Nova Iorque, também era óbvio que nenhuma ex-campeã europeia estava presente. Portugal também não podia contar com algumas das suas melhores atletas, que provavelmente hoje tornariam possível mais do que foi alcançado. Sem ter medo da luta, Dulce Félix foi hoje bastante visível e andou sempre no encalce das suas adversárias. A partir do meio da prova a fugida de Fionnuala Britton (Irlanda) e Nadia Ejjafini (Itália) trouxe dificuldades e o grupo partiu-se mais tarde por completo, com as quatro primeiras por si só, a lutar pelo melhor lugar. Dulce Félix acabaria por cair para o quarto lugar, após uma boa recuperação da britânica Gemma Steel, mas na última volta a portuguesa foi “guerreira” e não só ultrapassaria a italiana, como a britânica. Na linha de meta apenas Britton se escapou da ferocidade do ritmo de Dulce Félix, limitando-se a portuguesa a gerir o esforço, numa fase de recuperação de Steel. A prata estava garantida e com ela um dos melhores resultados de sempre...

Atrás de si a selecção portuguesa comportou-se muito bem com a “velha guarda” a garantir uma prata colectiva tranquila, que ao longo da prova chegou a ter empate pontual com a equipa britânica, na liderança. Leonor Carneiro voltou em grande, com um oitavo lugar prestigiante, depois da enorme fase de ausências das selecções nacionais, enquanto Anália Rosa (17ª) e Ana Dias (24ª) fechavam a selecção. Ana Dias atingiu a 12ª internacionalização em Europeus de Corta-Mato e continua a ser parte da alma desta equipa. Mas mesmo que Ana Dias não conseguisse terminar, Doroteia Peixoto (31ª) e Ercília Machado (36ª) estiveram em muito bom nível e teriam garantido na mesma a medalha de Prata.

A vitória da prova foi, finalmente, para a irlandesa Fionnuala Britton, que há muitos anos andava em busca deste título e que teve o desgosto de não o conseguir há dois anos, quando o Europeu decorreu em Dublin. A irlandesa aguentou o forte ritmo imposto e as diversas trocas de lugares pelas restantes medalhas nunca a afectaram. A seguir a Dulce Félix foi a britânica Gemma Steel a finalizar o pódio, uma atleta que tem a característica de ter começado a sua carreira como velocista e que hoje confirmou os dotes de atleta de corta-mato, depois de há um ano ter ficado em 27º.

Pela segunda vez na história da competição a Grã-Bretanha acabou por arrecadar o título colectivo, com um total de 42 pontos, o que mostra a competição aberta neste escalão, menos nove ponto que Portugal, que ficou distanciado da Alemanha (83 pontos), terceira equipa classificada. Longe de qualquer aspiração ficou a Espanha, no sétimo lugar colectivo, onde a primeira atleta chegada foi apenas 22ª (!).

RESULTADOS:

1. Fionnuala Britton (Grã-Bretanha) – 25.55
2. Dulce Félix (Portugal) – 26.02
3. Gemma Steel (Grã-Bretanha) – 26.04
4. Nadia Ejjafini (Itália) – 26.13
5. Adrienne Herzog (Holanda) – 26.34
...
8. Leonor Carneiro (Portugal) – 26.39
17. Anália Rosa (Portugal) – 27.02
24. Ana Dias (Portugal) – 27.32
31. Doroteia Peixoto (Portugal) – 27.44
36. Ercília Machado (Portugal) – 27.56


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