Clarisse Cruz continua imparável rumo a Londres.
A segunda edição da Corrida Pela Vida ajudou este ano a causa da Acreditar, que esteve representada e que viu todos os premiados a doar 10% do prémio.
Foi num fim de tarde, que se avizinhava chuvoso, com o São Pedro a mostrar-se também solidário com esta causa, a Acreditar, dando o seu contributo para esta edição da Corrida pela Vida. A Associação Acreditar é uma associação de pais e amigos de crianças com cancro que tem como lema “Tratar a criança com cancro, não só o cancro da criança”. O evento foi da responsabilidade da Junta de Freguesia Nossa Senhora do Pópulo, na cidade das Caldas da Rainha, com o apoio técnico da equipa do Atleta-Digital.
A prova saiu da sede do município das Caldas da Rainha a tempo e horas (18:30) e os atletas percorreram três voltas a uma cidade marcada pelas compras natalícias, logo, com público nas ruas que foram apoiando a passagem dos atletas. O fim da prova foi naturalmente em frente da sede da freguesia de Nossa Senhora do Pópulo, sede que chegou a ser de município no passado. O público que se aglomerou na recta da meta acabaria por ser o manter do cartão de visita que a prova já tinha proporcionado em 2010.
HERMANO FERREIRA VOLTA A TRIUNFAR, CLARISSE CRUZ MELHOROU
Os vencedores do dia foram Hermano Ferreira (Conforlimpa) e Clarisse Cruz (Sporting). Estes dois atletas já haviam marcado presença na primeira edição e voltaram para confirmar o seu valor, numa altura em que ambos sonham com a presença nos Jogos Olímpicos de 2012. Ambos os atletas terminaram felizes com o resultados, apesar dos imprevistos desta prova...
A prova de Hermano Ferreira não foi tão tranquila como há um ano, onde na altura rapidamente se isolou. Este ano a companhia de atletas como Sérgio Silva, Marco Pinto, Hugo Pinto, Roman Prodius, José Moreira, entre oturos, obrigaram o atleta a trabalhar mais, numa vitória que só se tornou mais fácil à segunda passagem na zona da meta. O atleta acabaria por triunfar com 38.07 minutos, completando o pódio Marco Pinto (38.51) e Hugo Pinto (38.52). Sérgio Silva, que fez questão de marcar novamente presença nas Caldas da Raínha, acabaria por desistir, já muito próximo da meta. Para o vencedor, Hermano Ferreira, “esta prova foi um bom teste para compreender como estava a recuperar”, falou relativamente à sua recente Maratona de Turim. “Neste momento encontro-me em preparação para a São Silvestre de Lisboa e a Taça dos Clubes Campeões Europeus de Corta-Mato”, numa época onde o o olhar de Hermano Ferreira está nos Jogos Olímpicos, sendo por isso provável que participe numa maratona em Abril.
Já a atleta Clarisse Cruz melhorou a sua prestação de há um ano, quando foi segunda, atrás de Mónica Rosa. Com a leiriense indisponível, Clarisse Cruz mostrou porque tem vencido provas pela Europa e que esta pode bem ser uma época para acompanhar. Hoje, cedo tentou isolar-se das suas adversárias, obtendo a vantagem necessária para acabar com cerca de meio minuto de diferença, depois de quase se ter perdido no percurso. “Estas provas de estrada têm servido como reforço da minha preparação para os obstáculos uma vez que ainda não pus de lado a minha presença nos Jogos Olímpicos”, disse no final, demonstrando que ainda luta por esse lugar. Sara Pinho (Sporting) terminou no segundo lugar, com 44.54 minutos, enquanto Carla Martinho (ADERCUS) finalizou a competição no terceiro lugar, com 45.14 minutos.
Apesar dos imprevistos ao nível do percurso esta prova terminou com um balanço positivo uma vez que além da angariação de verbas para a Acreditar, a organização teve um aumento no número de atletas, muitos mais que os classificados, numa edição onde praticamente esgotou as inscrições. Este sinal positivo terá força suficiente para este evento voltar a repetir-se, com a população da cidade a começar a habituar-se ao evento...
NO MELHOR PANO CAI A NÓDOA...
A prova deste ano teve apenas a vertente da corrida, apesar de ter decorrido uma prova paralela de exibição de um colégio local. O percurso foi anunciado como tendo 10 quilómetros e tinha de facto, pelas estradas da cidade, no mesmo sistema de voltas de há um ano, apenas evitando locais da cidade em requalificação. Numa situação que não é novidade em prova de estradas, o percurso acabou por ser alterado, por vontade alhei da Organização, que não teve o agrado de assistir a um erro das autoridades policiais. Num número mais que suficiente de efectivos, coube a estas autoridades o assegurar do percurso, falhando em alguns pontos que acabariam por trazer algumas consequências. A maior delas o facto do percurso ter passado a 12,5 quilómetros deixou os atletas naturalmente descontentes, alguns terminando em visível esforço, outros nem terminando...Restou o bom jantar oferecido aos atletas, como há um ano, passando já a ser um ritual deste evento.
Os mais de 200 atletas chegados à meta são recorde de participação, não se podendo este ano comparar os resultados, pela diferença da distância. Dentro do ano o evento espera voltar à distância dos 10 quilómetros, como sempre se habituou a preparar, este ano não foi excepção...
RESULTADOS (12.5 Km) -> RESULTADOS COMPLETOS
Masculinos
1.Hermano Ferreira (Conforlimpa) – 38.07
2.Marco Pinto (CA Seia) – 38.51
3.Hugo Pinto (RB Running) -38.52
4. Roman Prodius (Individual) – 39.50
5.José Moreira (Cyclones Sanitop) – 40.10
6. Pedro Rodrigues (GC Bragança) – 40.27
7.Bruno Fraga (GDR Reboleira/Gab.Fis.Desporto) – 41.11
8.Jorge Aires (CA Barreira) – 41.18
9.Nuno Lorvão (Individual) – 44.50
10. Hugo Barra (Maduro Athletic’s AD) – 44.56
Femininos
1.Clarisse Cruz (Sporting CP) – 44.23
2.Sara Pinho (Sporting CP) – 44.54
3. Carla Martinho (Adercus) – 45.14
4. Maria Madalena Carriço (CS Marítimo) – 45.25
5. Ana Mafalda Ferreira (GD Estreito) – 45.38
6. Carina Matias (CA Barreira) – 52.06
7. Sara de Brito (CA Barreira) – 53.18
8. Patrícia Gomes Rosado (ACD Recreativa Arneirense) – 53.37
9. Ângela Alexandre (Individual) – 54.19
10.Adelindina Lopes (Individual) – 55.03
Enviados Especiais : Filipa Oliveira (texto) e Joana Oliveira (fotos)
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Para terminar em grande esta (des)organização, só controlou as minhas 2 voltas, a 3ª n existe tempo, daí não tenho lugar na classificação geral..
Lamento que a prova tenha sido assim, pois até acho a cidade das Caldas da Rainha muito bonita, uma prova tamb´me bonita, só lamento que a (des)organização tenha "borrado a pintura".
- O trajecto foi bem marcado pela Organização, foi bem explicado às forças policiais, foi bem explicado ao grupo de voluntários ;
- As forças policiais quiseram assumir toda a responsabilidade da segurança e da boa condução da prova pelas estradas correctas, negando por completo os voluntários que estavam destinados para essa tarefa de auxílio ao percurso ;
- Os voluntários, ainda assim, foram para vários cruzamentos e evitaram várias confusões que foram criadas pela intransigência das forças policiais ;
- A Organização esteve atenta a várias das ocorrências e tentou resolver as que eram possíveis de ser resolvidas ;
- A equipa de cronometragem (Atleta-Digital) fez o seu trabalho, cronometrou, orientou o local de meta e resolveu casos muito pontuais ao nível das classificações, alguns por má utilização dos chips (ou ausência de utilização) por parte dos atletas, um problema que é recorrente por todo o Mundo ;
Posto isto, todos lamentamos o sucedido, nós incluídos, sendo que todos estiveram disponíveis a resolver problemas que, repito, foram maioritariamente criados por forças externas à Organização e que deviam garantir ausência de problemas, em vez de os criar.
Não tendo estado presente na zona do parque, chegou-me também aos ouvidos o problema ao nível da iluminação nesse local e ao nível do próprio terreno e isso, claramente, é também de lamentar, sendo muito provavelmente um sítio a não utilizar no próximo ano, até por alguns problemas logísticos associados.
Por outro lado a mudança do percurso, fazendo-o passar dentro do parque, ocorre pelas várias obras de requalificação na cidade e, mais uma vez, pela intransigência das forças policias em passar a prova por outras estradas que podiam ser alternativa...
Julgo que era importante o esclarecimento da nossa parte. Mais uma vez o nosso pedido de desculpas, não porque tenhamos demasiada culpa no cartório, mas porque estamos solidários com a Organização, ela também sem grande culpa própria. Esta edição correu mal, esperamos que as próximas melhorem significativamente.
Edgar Barreira,
Atleta-Digital