Grã-Bretanha e Irlanda do Norte formam sempre conjunto coeso.
A liderança histórica em Europeus de Corta-Mato faz desta formação insular sempre candidata aos melhores lugares, porque afinal a tradição ainda é o que era...
O clima húmido, a forte ligação do povo britânico à relva e aos vales e montanhas pintados de verde numa boa parte do ano, leva a um forte poderio no corta-mato. Afinal o Europeu de Corta-Mato tem o seu berço em Alnwick, localidade britânica que acolheu as duas primeiras edições, onde curiosamente Paulo Guerra alcançou duas medalhas de Ouro.
O que dizer das 32 medalhas de Ouro, das 29 medalhas de Prata e das 19 medalhas de Bronze, que somam um total de 80 medalhas, pouco menos que se somadas as medalhas das selecções de Espanha e Rússia e mais 30 que Portugal, que ocupa o segundo lugar na história das medalhas do evento. No total de medalhas de Ouro em individuais, a Grã-Bretanha possui 11, número só igualado pelo contributo forte do sucesso histórico de Sergey Lebid, que faz com que a Ucrânia também possua 11 medalhas de Ouro individuais. Exceptuando isto não se comparam as 21 vitórias colectivas, com Portugal e França a partilharem 12 vitórias colectivas, mais abaixo.
Feito o preâmbulo do papel da Grã-Bretanha, que no atletismo se associa também com a Irlanda do Norte, o momento é de análise às equipas deste ano. Os séniores masculinos , há um ano na quinta posição da classificação colectiva, não apresentam o seu melhor fundista, Mo Farah, mantendo metade da equipa de há um ano. Os melhores de há um ano, Tom Humphries e Phil Nicholls também não marcarão presença em Velenje. A revolução ocorre também no escalão sub-23, onde Ricky Stevenson, nono há um ano, não estará na Eslovénia. Já da primeira equipa júnior que competiu Albufeira, resta na equipa deste ano Jonathan Hay, 14º há um ano, sendo que nenhum dos júniores de há um ano integra a equipa Sub-23. Quando há um ano foram campeões, será esta uma boa abertura para Portugal tentar ser campeão neste escalão, ou poderão as selecções francesa e russa baralhar estas contas?
O lado mais forte das selecções de corta-mato britânica tem sido em femininos e este ano não deverá ser diferente. Apesar de tudo a única que estará este ano, em relação há um ano, será Harriet Dean, sétima em Albufeira, não participando neste escalão atletas como Helen Clithero, Hayley Yelling e fundamentalmente Stephanie Twell, que depois de há um ano ter subido directamente para a equipa sénior, baixará este ano para o escalão de sub-23. Essa descida à equipa sub-23 abre uma forte probabilidade de um “massacre” britânico neste escalão, já que a terceira classificada de há um ano, Emma Pallant, também estará presente nesta equipa, reforçada pela ex-junior Lily Partridge, nona desse escalão em Albufeira. Em júniores quem parece ter o caminho aberto à medalha é Emelia Gorecka, terceira há um ano e este ano sem Charlotte Purdue, ausente por indicação médica, que poderá enfraquecer ligeiramente esta equipa.
Falar das cores britânicas também pode ser visto como um produto construído pelo forte combate com portugueses e espanhóis, quando nas camadas júniores ocorrida o Crosse Internacional de Juniores, na região de Loures, altura em que estas selecções se batiam juntas...E por cá passaram alguns dos grandes nomes desta equipa, entretanto séniores...
CONVOCADOS
Seniores masculinos - Andy Baddeley, Mark Draper, Ryan McLeod, Frank Tickner, Andy Vernon, James Walsh.
Seniores femininos - Elle Baker, Julia Bleasdale, Hatti Dean, Freya Murray, Gemma Steel, Emily Wicks.
Sub-23 masculinos - Philip Berntsen, Matthew Gillespie, Mitch Goose, Matthew Graham, Derek Hawkins, James Wilkinson.
Sub-23 femininos - Lauren Howarth, Emma Pallant, Lily Partridge, Naomi Taschimowitz, Stephanie Twell, Hannah Walker.
Juniores masculinos - Kieran Clements, Niall Fleming, Richard Goodman, Jack Goodwin, Jonny Hay, Mark Shaw.
Juniores femininos - Beth Carter, Emelia Gorecka, Annabel Gummow, Katie Holt, Gemma Kersey, Laura Muir.
|