|
Vizinhos levam à Eslovénia equipas completas.
O corta-mato é para Espanha um dos principais momentos da época, como em Portugal, apesar de ainda estar longe do historial nacional no evento.
Iniciamos a ronda pelas selecções que historicamente têm marcado os Europeus de Corta-Mato, além da selecção portuguesa. E o começo é exactamente pela vizinha Espanha, o país que se encontra na quarta posição das medalhas, com 42 medalhas, treze delas de Ouro. Na Europa este foi o país, em conjunto com Portugal, que impulsionou o corta-mato e pode-se mesmo considerar que foi no ninho da Península Ibérica que se formaram algumas das melhores equipas europeias de corta-mato.
Para esta edição outra semelhança entre Portugal e Espanha prende-se com a imagem do evento, onde ambos os países têm presenças de cartaz, de atletas que não estão convocadas para Velenje : Jéssica Augusto (Portugal) e Alessandra Aguillar (Espanha). Apesar disso, o grande destaque do evento é mesmo Sergey Lebid (Ucrânia), que é de forma merecida o maior destaque deste cartaz.
Mas falemos das equipas espanholas e das suas possibilidades para Velenje. Olhando à primeira vista a equipa sénior masculina pode muito bem regressar aos grandes momentos vividos entre 2007 e 2009, com uma equipa relativamente jovem, mas com ambições. Da equipa que há um ano foi bronze, constam o medalhado Ayad Lamdassem e ainda Ricardo Serrano, David Solis e Javier Guerra. Este sucesso colectivo de Espanha pode ser mais facilitado com a eventual queda de classificação de Portugal, embora seja na terra que a prova vá ter a sua disputa. As equipas sub-23 e junior são também candidatas à medalha colectiva e mesmo sem um dos seus melhores atletas, Gabriel Navarro, podem lançar outros candidatos às medalhas individuais, como Abdelaziz Merzougui, Ouro há um ano em Albufeira e este ano o mais novo da equipa de sub-23...
Mais experiente parece ser a equipa sénior feminina, embora com ausência de algumas das referências, como Alessandra Aguillar, Núria Fernandez ou Natalia Rodriguez. Das convocadas a mais bem colocada há um ano foi Diana Martin, no 14º lugar e este abaixamento de qualidade, também na equipa espanhola, pode prometer um bom duelo com a selecção portuguesa, além da selecção britânica. O terceiro lugar de há um ano é, provavelmente, o mínimo que a selecção espanhola poderá atingir...A estrela da equipa sub-23 é Cristina Jordan, segunda há um ano, numa equipa que foi 4ª em Albufeira, mas que marcando na generalidade presença em Velenje poderá muito bem alcançar o pódio colectivo. Menos forte continua a parecer a selecção junior, que há um ano ficou no 6º lugar e este ano apresenta metade da equipa de Albufeira.
Interessante é também analisar o tamanho da equipa técnica, com o departamento médico incluído, da selecção espanhola. A dezena de acompanhantes para esta selecção é diferente dos sete elementos que vão estar na comitiva portuguesa em Velenje, onde Portugal leva metade do número de treinadores que leva Espanha...Da mesma forma não se compara a ênfase dada por esta federação às suas selecções, porque também certamente os orçamentos de ambas diferem significativamente! Será que “com mais ovos” Espanha chegará dentro de poucos anos ao top-3 dos países mais medalhados em Europeus de Corta-Mato?!
Seniores masculinos: Ayad Lamdassem, Javier Guerra, Youssef Aakaou, David Solís, Ricardo Serrano, Álvaro Lozano.
Sub-23 masculinos: Abdelaziz Merzougui, Roberto Alaiz, Sebastián Martos, Daniel Mateo, Aitor Fernández, Carlos Alonso.
Juniores masculinos: Daniel Arce, Víctor Puyuelo, Fernando Carro, Unai Arroyo, Ángel Ronco, Víctor Ruiz.
Seniores femininos: Estela Navascués, Elena Espeso, Lidia Rodríguez, Marta Silvestre, Jacqueline Martín, Irene Pelayo.
Sub-23 femininos: Cristina Jordán, Ana Isabel Gutiérrez, Estefanía Tobal, Solange Pereira, Carolina Robles, Sandra Mosquera.
Juniores femininos: Beatriz Caspar, Blanca Fernández, María José Pérez, Marta Pérez, Beatriz Esteban, Irene Sánchez-Escribano.
|